Jefferson Nóbrega 03/05/2022
...Iô-ho-ho e uma garrafa de rum...
?A Ilha do Tesouro? de Robert Louis, lançado em 1883 é um clássico da literatura internacional. Com certeza em algum momento você já se deparou com algum elemento dessa obra, seja como um dos diversos filmes lançados ou como o estereótipo do pirata que a literatura e o cinema abraçaram. Isso mesmo, sem ?A Ilha do Tesouro? não teríamos um Jack Sparrow ou um Monkey D. Luffy. Mas, antes de entrarmos nesse detalhe vamos saber um pouco do que se trata.
Com a morte do pirata Billy Bones na Almirante Benbow, a hospedaria de seus pais, Jim Hawkins, um menino de 12 anos, abriu o baú do velho lobo do mar e descobriu, além de moedas de várias nacionalidades, o mapa de uma ilha onde haveria um tesouro enterrado pelo terrível Capitão Flint.
Jim mostrou o mapa para o Dr. Livesey e Lorde Trelawney, homens influentes da região. Logo partiram, no navio Hispaniola, para uma expedição à ilha. A tripulação tem, como cozinheiro, Long John Silver, veterano no mar que havia trabalhado no barco de Flint. Silver os ajuda a escolher o restante da tripulação, homens experientes, entre os quais alguns aliados de Long John ? que, como tantos outros piratas, queria mesmo era pegar o tesouro.
A partir daí, começa uma eletrizante aventura, com lutas, armadilhas, mortes sangrentas, barcos à deriva, tempestades, descobertas impressionantes.
Como eu disse no início, essa obra de Robert Louis é essencial para o que hoje conhecemos com a aura mitológica da pirataria. Claro que o autor não inventou os piratas, mas em a ?A Ilha do Tesouro? ele criou o estereótipo de história de pirataria que conhecemos com o homem mal, beberrão, com perna de pau, papagaio no ombro, perseguindo um mapa com um ?X? marcando o tesouro. Essa é a contribuição da obra para a história da literatura.
A escrita do livro é simples, flui bem e sem muito aprofundamento é ótimo para quem quer algo rápido, não pretensioso, para quem deseja apenas uma história para entreter e nesse quesito o livro cumpre perfeitamente o papel, não é a toa que venceu o tempo e ficou marcado nos anais da literatura infanto-juvenil mundial.