Stephany.Santiago 21/05/2022
Assuntos sérios de uma forma leve
Como não ser cativada pela narradora Scout, uma criança que assim como todas as outras, vive por aventuras e descobertas, é impulsiva, um pouco teimosa e aprende com a vivência e amadurecimento sobre preconceitos, injustiça, bondade, gentileza e a lidar e compreender com o novo (que quase nunca é simples).
É essa perspectiva que temos em O sol é para todos, o dia a dia de uma menina em Maycomb, pequeno município do Alabama. Sua visão sobre os moradores, vizinhos, família e certamente dos assuntos e problemas que os aflingem.
Claro que tudo muda de uma hora pra outra na vida de Scout e seu irmão mais velho quando seu pai Atticus, um advogado, passa a defender um negro acusado de estupro, não demorando a despontar insultos dos moradores indignados desencadeando na vida de Scout e sua família diversos momentos conflitantes.
Em uma realidade onde é fácil odiar alguém (Isso serve também para os dias atuais). Tom Robinson é condenado apenas pelo que ele é, um negro. Em seu julgamento cabe a Atticus com toda sua sabedoria e discernimento entre o bem e o mal, buscar livrar o acusado, mantendo a fé na humanidade dos moradores de Maycomb.
Com um final surpreendente é fácil em diversas passagem, se emocionar, se surpreender, se enraivecer, se comover. A narrativa tem um gostinho de infância, não teria como ser diferente, já que o livro tem muitos traços da própria infância de Harper Lee, sendo quase uma autobiografia.