Resenhas - O Sol é Para Todos

sugawaraa 04/06/2024

O sol deve ser para todos
Que livro bom de ler. Leitura fácil, fluída, que te traz várias sensações (chorei, ri muito e fiquei encantado). A narração feita pela Scout, uma menina de quase 9 anos, traz uma sensibilidade e simplicidade que perdemos com o crescer; Scout vê e responde o mundo sem se limitar com grandes dilemas sociais e políticos. São temas pesados (estupro, racismo, mortes, papéis sociais), tratados de forma cotidiana. É uma história progressista e revolucionária, e se colocarmos em paralelo, concluímos que: apesar de progredirmos (com muita luta), sobre as consequências de ideais tao cruéis, excludentes, preconceituosos e nocivos, hoje, ainda vemos muitos irem contra esses avanços.

Lore 04/06/2024

É um livro espetacular, as críticas a construção, a forma como tudo foi conduzindo para o ápice final muito legal. O que me incomodou foi ser narrado por uma criança.

vitoriafemelo 03/06/2024

Um clássico é um clássico, né! Livro lindo! Mostrar o racismo na visão de uma criança é forte! Chorei muito!

Retrata bem como os negros eram tratados antigamente. Não espere por um final feliz?

debora-leao 03/06/2024

A impotência do humano frente ao mundo e o que podemos fazer
Li O Sol é para todos para fugir de uma ressaca literária (a minha primeira) após ler Autran Dourado. Nada me parecia ser igual. Queria algo leve E realista, o que me parecia impossível. E foi aí que lembrei de O Sol é para todos.

Isso já deixa claro que entrei com expectativas. Não sobre a execução ou sobre profundidade, mas sobre ser algo leve mas não superficial. E o livro, mesmo assim, com tanta expectativa, não me decepcionou.

Sim, a obra é atual. Sim, ela é muito inteligente e sensível ao mostrar horrores e complexidades sociais pelo olhar de uma criança. Mas ela também tem algo de diferente: ela é misericordiosa. Ao fazer isso, ela te poupa. Ela permite fingir que você não entende o que está acontecendo.
Ela é misericordiosa na linguagem: é rápida, engraçada, ferina, no ritmo da fala. No ritmo da reflexão que vem do mundo aplicado. Scout pensa, reflete, mas o faz à flor da pele: sua reflexão ocorre enquanto ela anda, enquanto ela vê o mundo.

A história, ou seja, os eventos, o que acontece, é o mais importante nesse livro, mas eu destacaria também dois elementos de peso e muito idiossincráticos ao livro: o tempo, que é o tempo da infância, de longos períodos que passam rápido, e de pequenos momentos que são minuciosos, pormenorizados em nossa mente e em nossas lembranças... o livro faz isso também; e os pensamentos de Scout, que se misturam aos fatos, viram quase diálogo, enquanto os diálogos às vezes não revelam os pensamentos...

Amei os personagens de maneira geral. Atticus estará sempre em meu coração. Mas os demais também são reais em suas ficções: são partes de pessoas, são aspectos do humano, representam o conflito entre o mundo externo e interior, que muitas vezes apenas não sabe o que fazer, como ser. A tia de Scout, a vizinha, a professora, a vizinha idosa resmungona, a família Radley. Todos falam da nossa impotência na vida humana e de decisões difíceis que tomamos, mesmo quando são decisões impensadas, para lidar com o mundo dentro de nós.

Fica o aviso: apesar de recortado, os
acontecimentos do livro, contudo, são realistas. Você gostaria que terminassem de maneira diferente, mas é a vida como é. Não é só triste, é plausível. Continua cabendo a nós mudar isso e dar a chance da história ser apenas trágica um dia, quando o racismo deixar de ser uma questão. Mas hoje o que essa obra consegue fazer é falar do real sem deixar de ter esperança, falar do que é triste e também real antes dele ser inevitável, supremo, inexorável.

Que possamos todos olhar a vida como a Scout. Encaixar as coisas na sua justa medida, olhar as pessoas além das suas paixões, saber falar e saber não falar. Que não matemos um passarinho sem razão.

Brunorodma 02/06/2024

A gente só conhece uma pessoa quando se coloca no lugar dela
Bom, esse livro retrata muito bem as desigualdades vividas e o racismo da sociedade, o livro foca nos acontecimentos vividos em Maycomb na visão de Scout, uma criança de seis anos, o que na minha visão é o melhor tipo de narrativa que me agradou demais, gostei do desenvolvimento dos personagens e a forte relação de Jem e Scout que apesar de terem conflitos eles sempre se protegem e se preocupam um com o outro, e os diálogos que Atticus tem com eles e o quão ele passa segurança e carinho pra eles é lindo
O livro vai contando as histórias vividas até chegarmos no esperando julgamento de Tom, que deu um ar de tensão pro livro que eu achei o ponto alto da obra, mas me incomodou um pouco o fato de a resolução desse caso ter sido feita faltando umas 100 páginas pro fim o que me causou uma sensação de anti-climax. Outro ponto que me incomodou um pouco também foi a escrita se arrastar em certos capítulos desnecessáriamente.
O final foi ótimo dando um ótimo desfecho e deixou o mistério final em aberto o que na minha opinião deu foi um bom ponto que me deixou fazer algumas teorias, mas não deixando ponto sem nó.

Maria22510 01/06/2024

??
O livro é na perspectiva de uma menina de 6 anos chamada Scout que vive em uma cidade pequena no Sul dos EUA na década de 30 , filha de um otimo advogado chamado Atticus e irmã de um menino poucos anos mais velho chamado Jem, a obra mostra o crescimento dela e como ela descobre os comportamentos preconceituosos da sociedade.
O livro não tem a linguagem muito difícil por ser escrito por uma criança então é gostosinho de ler, tem uma linguagem mais inocente bem escrita, tmb faz pensar bastante sobre assuntos como os negros nao eram nada naquela época, tmb sobre a criação dos filhos e se matar alguem seria um "pecado" mesmo se a pessoa estiver lhe fazendo mal e se essa pessoa consegue ainda ser uma pessoa boa ( mas eu nao posso falar muito sobre isso kakakaka ?)
É bem divertido, engraçado e reflexivo, eu recomendaria pra qualquer pessoa

Giulia.Franceschi 01/06/2024

Exercício 1 de empatia e repulsa
Com os olhos ingênuos de criança - e uma personalidade forte e sensível, a menina narra uma história toda amarrada, cheia de detalhes, reflexões, dúvidas e conclusões feitas pela pureza da idade. Um mistério específico da vizinhança também serve de base pra construção dos personagens e aumentar a nossa curiosidade.

De um início um pouco lento, o livro é um exercício constante de empatia e de repulsa por todo o preconceito - junto com as crianças, e não com os adultos! Afinal, ninguém nasce racista, é ensinado a ser.

As últimas 50 páginas me entregaram sentimentos contrastantes, sempre acompanhados de lágrimas. Primeiro eu jurei que a sociedade não tinha mais jeito, odiando tudo e todos, depois recuperei minhas esperanças com o último acontecimento e diálogo da história. Atticus, eu só queria tomar uma cerveja contigo.

Veio aí mais um favorito. Nunca esquecido. Leiam, todos, e chorem. Bastante ansiosa pra assistir o filme e ler a continuação!

Ãquilla 01/06/2024

O Sol é Para Todos?, publicado em 1960, é um romance emblemático da literatura americana escrito por Harper Lee. Ambientado na pequena cidade fictícia de Maycomb, Alabama, durante a Grande Depressão, o livro é uma narrativa tocante e crítica sobre preconceito racial, moralidade e crescimento.

A história é narrada por Scout Finch, uma jovem curiosa e espirituosa que vive com seu irmão mais velho, Jem, e seu pai, Atticus Finch, um advogado respeitado. O foco central da trama é o caso judicial em que Atticus defende Tom Robinson, um homem negro acusado injustamente de estuprar uma mulher branca, Mayella Ewell. A acusação de Tom e o subsequente julgamento expõem a profundidade do racismo e da injustiça no sul dos Estados Unidos.

Lee magistralmente desenvolve seus personagens, criando figuras memoráveis e complexas. Atticus Finch emerge como um modelo de integridade e empatia, ensinando a seus filhos a importância da compreensão e da justiça. Scout e Jem, por sua vez, representam a inocência e a esperança de uma geração futura, aprendendo duras lições sobre a natureza humana e as injustiças do mundo adulto.

O título ?O Sol é Para Todos? reflete a mensagem central do livro: a ideia de que a justiça e a bondade deveriam ser universais, acessíveis a todos, independentemente da cor da pele ou da classe social. O julgamento de Tom Robinson serve como um espelho para a sociedade de Maycomb, revelando seus preconceitos e falhas sistêmicas.

Além da crítica social, Harper Lee tece com habilidade temas de compaixão, coragem moral e a perda da inocência. A amizade entre Scout e Boo Radley, um recluso vizinho que é alvo de rumores e medo, ilustra a necessidade de superar o desconhecido com empatia e compreensão.

A narrativa de Lee é poderosa e evocativa, combinando humor e tristeza de maneira que ressoa profundamente com os leitores. A prosa simples mas lírica e a estrutura bem elaborada fazem deste romance uma leitura acessível, mas ao mesmo tempo profundamente impactante.

?O Sol é Para Todos? não é apenas uma crítica contundente ao racismo e à injustiça, mas também uma celebração do potencial humano para a bondade e a mudança. Através da experiência de Scout, somos lembrados da importância de lutar por aquilo que é certo, mesmo em face de adversidades esmagadoras.

Essa obra continua sendo relevante e essencial para entender questões de justiça social e direitos civis, além de ser uma leitura profundamente humana e comovente.

samaraamin 31/05/2024

Embora não seja um estilo favorito, realmente fiquei curiosa sobre como a estória iria se desenvolver. Uma obra clássica que faz jus à fama.

Domi 31/05/2024

Aos olhos de uma menina
A narrativa em primeira pessoa na menina de 6 anos de idade começa como uma infância comum no sul do Alabama, com travessuras de crianças. No decorrer da história, vemos pelos olhos da pequena Jean Louise e sua inocência infantil as injustiças inerentes ao preconceito racial tomando forma. E seus questionamentos surgem de forma pertinente dos motivos que levam os negros a serem julgados inferiores aos brancos apenas pela cor de sua pele.

Uma história que se passa na década de 30, fictícia nos acontecimentos e personagens, mas que retrata um fato que verídico por se mostrar tão comum ao que acontecia.


?Coragem é fazer uma coisa mesma estando derrotado antes de começar. E mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo. Você raramente vai vencer, mas as vezes vai conseguir.?

um.alguém 31/05/2024

Rir, chorar e refletir:Experiência com 'O sol é para todos??
?IDADE DE LEITURA: 14 ANOS ACIMA (por mim)?
??ATENÇÃO| O livro aborda temas sensíveis, como: Assédio, estupro, racismo e morte a animais. Mas lembrando que se passa na visão de uma criança dos 6 aos 9 anos de idade, então não é nada muito explícito!
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Esse livro é aquele do tipo que você começa a ler e não dá nada por ele, mas ele te surpreende com a história, os acontecimentos e os destinos dos personagens. O livro é um clássico, sua linguagem é intermediária, existem muitas palavras que eu não sabia o significado por se tratar de uma época antiga, eu tive que pesquisar, então a depender do seu conhecimento pode ser que você demore mais para ler ele, mas isso não atrapalha de forma alguma compreensão da história, que é bem interessante. Tem bons momentos de suspense que são bem satisfatórios, tem um humor muito bom, te faz rir em vários momentos, te faz chorar(um pouco), te faz refletir. Você não precisa se preocupar em investigar nada, o livro entrega pra você. É uma leitura que vale a pena dar uma chance.
Temos como uma das protagonistas da história a Scout, ela é uma criança que foi criada pelo pai pois sua mãe faleceu quando tinha 2 anos. Uma criança de personalidade forte e rebelde vista por muitas vezes com maus olhos pela sociedade muito machista na época, que consideram seus comportamentos inadequados para uma menina, assemelhando a um "menino". A culpa disso cai sobre Atticus um advogado renomado, pai solo que tem dois filhos (Scout e Jem), que naturalmente "não serve" para educar uma menina e ao invés de colocá-la numa moldura e apagar a essência de sua filha como é esperado pela sociedade que diz que a única serventia dela no pequeno condado de Maycomb é ser uma dama, ele a incentiva a continuar sendo forte, corajosa, curiosa, ter controle emocional(principalmente) e inteligente. Pra ele poder ser uma Dama e qualquer outra coisa que ela quiser. Temos Tom Robson que para o seu azar decide ter pena de uma mulher branca e acaba tendo problemas levando a resolvê-los no Judiciário. Temos um vizinho esquisitíssimo, que lembra seu Epaminondas do desenho "A casa Monstro" que é responsável primordialmente pelo suspense inestimável do livro.

Filme: ?
O filme não é ruim, é bem parecido com o livro, só é bastante longo e por ser em preto em branco ele fica mais tedioso do que já é um pouco. Não se compara às emoções que você tem no livro e a personalidade de Scout é um pouco apagada também, mas gosto da atuação do Ator que interpreta Atticus. Na minha opinião vale a pena ver mais por uma questão de ter uma "noção visual" do julgamento de Tom Robson e a parte do Cachorro louco (que eu particularmente fiquei bem intrigada).

O livro aborda várias questões sociais, então não gostar não é uma opção!! Espero ter ajudado ??

thaisquecida 31/05/2024

Clássico
Gostei bastante de como a autora colocou o livro na perspectiva de uma criança o que torna o livro mais agridoce??? podemos dizer assim, todas as criticas apresentadas no livro são perfeitamente trabalhadas. O livro me prendeu o tempo inteiro claro que tinha partes mais monótonas da sua infância mas mesmo assim era muito bom ver as brincadeiras, esse com certeza é aquele tipo de livro que você tem que ler mais de uma vez na vida.

maglhaes 30/05/2024

Que livro maravilhoso. A escrita da autora é incrível, os personagens são muito bem descritos e principalmente a parte das crianças. Que parecia que eu tava ali com eles em todo o momento da leitura, as coisas que eles falavam e faziam era como as crianças geralmente se comportam e isso só fez com que a leitura ficasse ainda melhor. Tanto que me divertia muito com as coisas que os três, em especial a Scout fazia. A parte do julgamento também é bastante intrigante e te puxa pra mais perto dos personagens. E tem tantas camadas importantes nesse livro. Além de representar assuntos tão delicados e necessários de uma maneira que pudéssemos entrar na história e aprender. Escutei o audiobook e foi muito bom escutar a história do livro. Inclusive a narração foi o complemento que me fez gostar ainda mais. Enfim, é um livro que todos deveriam ao menos uma vez na vida ler. Porque pode acabar encontrando algo pra levar pra vida com essa leitura.

giovnnxs 30/05/2024

Me deixou pensativa
Esse livro sem dúvidas é muito bom para botar o leitor para refletir sobre como é feita a construção do preconceito dentro da sociedade.

Primeiro que o livro é narrado por uma criança, o que já é inteligente pois a menininha não entende o preconceito, foi criada em um lar 'menos preconceituoso' que os demais e sua ingenuidade faz com que ela questione o pensamento das crianças e dos adultos, também como o caso de racismo que seu pai acompanha.

Confesso que fiquei chateada com o final, não esperava que o homem fosse condenado mesmo tendo provas de que ele era inocente, mas entendo que é uma situação mais real e condizente com a época.

Minha crítica negativa é que acho o livro muito parado (não sou muito fã) e isso fez com que a leitura fosse um pouco cansativa, mas para quem gosta, super recomendo.

Wilde.Maxssuziane 30/05/2024

Cativante
Neste grande clássico da literatura americana, nós acompanhamos a história sob o ponto de vista de uma garotinha. É um livro cativante e que nos apresenta todo o racismo que permeava a época sob uma ótima infantil. Recomendo a leitura.