spoiler visualizarstayawake 18/06/2024
Bom!
Essa leitura foi um pouco mais lenta do que o costume para mim, mas foi boa de qualquer maneira. Nela acompanhamos o Ródia, que acredita ser especial o bastante para estar acima de qualquer julgamento, e saber disso, logo em sua sinopse, me fez acreditar que teríamos uma espécie de protagonista calculista e misterioso, porém, na verdade, o Ródia só era.. burro. E não só burro em um sentido de falta de inteligência para programar o crime perfeito, mas emocionalmente instável demais. Ainda assim, não quis parar de ler, e tentei tirar o personagem do centro da história, seu ponto de vista, para olhar de fora, e entender melhor.
Vendo de fora, notei como a culpa ia o enlouquecendo, como a paranoia de ser pego o consumia tanto que ele sequer usufruiu do seu crime. Achei que o livro fosse contar sobre uma filosofia quanto a consequência de seus atos, e, até um certo ponto, ele conta mesmo, porém há mais que isso, é além dos julgamentos alheios, e sim mais sobre os internos, antes de qualquer condenação, a própria mente do Ródia o castigou, o prendeu e o adoeceu, desde o início do seu planejamento até o fim de tudo.
Não sei dizer se desejei ou não um final feliz a ele, não o considerei mau ou bom, e nem fiz disso um critério. Me senti indignada com suas ações imprecisas, com a forma desleixada que fez tudo, mas, ao mesmo tempo, achei que seu principal castigo sempre estaria dentro de sua cabeça. O fim foi bom o bastante.