Resenhas - Crime e Castigo

Gregory.Faguaga 29/09/2024

Crime e castigo
Meu caro senhor pobreza não é defeito isto é uma verdade sei ainda mais que bebedeira não é virtude mas a miséria meu caro a miséria é defeito na pobreza o senhor ainda preserva a nobreza dos Sentimentos inatos na miséria porém ninguém consegue e nunca por estar na miséria o indivíduo não é nem expulso mas varrido do convívio humano a vassouradas para que seja mais ofensivo O que é justo porque na miséria sou o primeiro a estar pronto para ofender a mim mesmo

Nicoly686 29/09/2024

Uma obra prima
Crime e Castigo de Dostoiévski é uma obra-prima da literatura russa, mostrando uma profunda análise psicológica dos conflitos internos de Raskólnikov, que comete um assassinato e enfrenta o peso de sua culpa. Dostoiévski explora a moralidade, o arrependimento e a busca por redenção, criando uma trama envolvente e filosófica. Porém livro é denso e, às vezes, desafiador de acompanhar devido às suas longas reflexões e diálogos introspectivos. Embora seja difícil em alguns momentos, a riqueza de seus temas e a complexidade dos personagens fazem dele uma leitura inesquecível.

Arthur2411 29/09/2024

Uma discussão sobre racionalismo
Essa foi minha primeira experiência com o Dostoievski ,o que apesar do que muitos falam eu não achei um livro inadequado para se iniciar a obra do autor, definitivamente é um livro difícil, muitos personagens , nomes esquisitos, monólogos incrivelmente longos e eu não vou mentir, em muitas partes as páginas demoram pra virar, definitivamente não é um livro que eu considere fluido de ler ,mas apesar disso eu acho que é um livro que consegue representar a filosofia e o modo de escrever do autor muito bem, antes de eu ler a obra eu achava que crime e castigo ia focar muito mais nos acontecimentos dentro da cabeça do raskolnikov, não que o livro não entre dentro da psique do protagonista, mas tem muito mais do que apenas uma análise psicológica de um assassino, o livro apresenta uma narrativa que em muitas vezes flerta com um thriller policial, em que a análise psicológica do Raskolnikov se dá por meio da relação e dos diálogos dele com os personagens que o rodeiam.
O protagonista é um personagem é facilmente descrito por uma palavra: revolta, ele é completamente inconformado com a própria situação e com a condição do mundo no geral (tipo taxi driver e outros personagens de obras nessa vibe), isso aliado a um racionalismo extremo e um nihilismo tão extremo quanto , levou o personagem a criar a teoria em que afirma que pessoas “extraordinárias” ( o que obviamente ele se considera) possuem uma superioridade perante a lei , o que legitima qualquer ato que visa algo maior, teoria essa que causou o desenrolar da história, com Raskolnikov matando a velha acreditando que ele pegaria esse dinheiro para fazer o bem para família dele. É um personagem que exemplifica a toxicidade de um racionalismo excessivo e como a falta de princípios norteadores deixa o ser humano muito propenso a cair refém de um nihilismo opressivo .
Enquanto Sônia, personagem que o protagonista mais admira, é o completo oposto dele, uma personagem com uma religião e princípios morais muito fortes e que mesmo passando literalmente a obra inteira se fud**do 3x4 , não cai nem tende para um pensamento obscuro e deturpado igual o Raskolnikov ( que nem tava no pior dos cenários). A Sónia é uma personagem que representa como uma fé e princípios morais são o principal pilar para o ser humano se manter são em um planeta indiferente.
Definitivamente na minha visão a relação do raskolnikov com o Razumíkhin, é onde é mais visível a crítica que o Dostoievski quis passar na obra, o Razumíkhin é um personagem que assim como o Raskolnikov é racionalista e lógico, só que ao contrário do amigo, ele usa desse pensamento para navegar pelos caminhos que a vida da apresenta a ele de maneira ética , Razumíkhin é a exemplificação de que o racionalismo não é por si só uma coisa ruim, e sim que esse pensamento desacompanhado de princípios e moral é o que leva o ser humano a seguir caminhos obscuros enquanto justifica seus atos por meio dessa racionalidade distorcida, assim como o protagonista fez.
Outro personagem que é muito interessante de se analisar é o Porfiri, que desempenha o papel na história de detetive do assasinato cometido pelo protagonista, eu acho que o porfiri funciona quase como a consciência do Raskolnikov personificada, o que leva ele a emplacar as cenas mais empolgantes do livro, uma vez que no diálogo entre o protagonista e ele , há um embate direto entre a justificativa promovida pelo racionalismo tóxico do assassino e o que eu imagino ser a culpa gerada pela moral inata ao ser humano (representada por porfiri), acho que o Dostoievski representa essa moral intrínseca do ser humano por meio da doença e dos delírios que o Raskolnikov tem após crime, uma vez que mesmo tentando com todas as forças justificar as suas ações, o protagonista cai para uma paranoia que dirige ele para confissão.
Acho que Crime e castigo é uma obra que tem como pilar de sua argumentação o contraste entre o racionalismo ateu e a fé em algo maior, é um livro complexo e bem complicado de digerir, mas a argumentação sobre as nuances e a necessidade do pensamento racionalista vai acompanhar o autor em inúmeras de suas obras, acho esse livro uma ótima obra para começar a leitura de dostoiévski porém tem que estar ciente de que não é uma leitura fácil.

laurxleft 28/09/2024

Seu maior pecado foi ter se destruído e se traído por nada
Nesse livro, o Dostoiévski conseguiu escrever tão bem os sentimentos, sensações e a percepção da realidade de uma pessoa com ansiedade que eu abandonei o livro 2x porque chegava a ser desconfortável.

Mas que bom que eu tentei pela terceira! porque esse é facilmente um dos melhores livros que eu já li.

No livro, Raskólnikov, um estudante pobre que se encontra com sérios problemas financeiros, arquiteta um plano que parecia "simples" de ser executado - matar uma velha agiota.

Rodya, como era chamado, achava que fazer aquilo não seria tão ruim, afinal, ele era um grande intelectual, que poderia mudar o mundo se tivesse os meios. Já ela, era uma velha sem importância, que ninguém sentiria falta.

Porém, apesar dos meses de planejamento e da certeza de que faria aquilo direito, nada sai como o planejado.

A velha não estava sozinha, então, além daquela pessoa "descartável", ele também precisou matar sua doce sobrinha. Fora isso, ele não acha o dinheiro, e acaba levando joias que não teria como vender sem levantar suspeitas, principalmente com a policia o vigiando de perto.

A maior parte do livro se passa dentro da mente do Rodya e a gente consegue sentir suas agonias, o medo, a culpa, a constante vigilância, o arrependimento e a raiva de ter feito tudo aquilo a troco de nada.

Durante os capítulos, as coisas que ele achava impossíveis de serem resolvidas por falta de dinheiro, são solucionadas por pessoas de fora, e ele percebe que nada era tão impossível assim.

A questão é que ele ficou tanto tempo preso à própria mente e a ideia de ser superior, que nunca cogitou fazer nada prático a respeito daquilo que o incomodava.

Até porque ele sempre quis que as coisas lhe viessem fáceis, sem cogitar que estragaria a própria vida cometendo um crime para solucionar questões que poderiam ser superadas com planejamento e trabalho duro.

E ele continua tão preso à própria mente durante o livro que tudo que ele transmite ao leitor é um desespero tamanho que eu, particularmente, acharia a cadeia um castigo muito pior.

E, como ele mesmo reflete, o maior pecado que ele cometeu não foi contra a velha, mas sim contra si mesmo. Afinal,

"o seu maior pecado é que você se destruiu e se traiu por nada."

GuiB. 28/09/2024

O castigo é a culpa
Crime e castigo acompanha o protagonista Raskolnikov, que planeja inicialmente cometer um crime que "tornaria o mundo melhor".

O protagonista, devido ao seu grau de intelecto, por muitas vezes se julga superior aos demais, fazendo distinção do valor entre as vidas das "pessoas grandiosas" e as "pessoas comuns". No entanto, falhou ao não cogitar que também poderia ser alguém comum.

Percebe-se ao longo do livro que o maior sofrimento acabou sendo o mental. Adoeceu, enlouqueceu e não conseguiu sequer ficar próximo de quem amava sem se autoflagelar pelo que houve.

Me desagradou um pouco o final do livro, esperava consequências mais pesadas dos eventos que se seguiram.

Apesar disto, foi uma grande leitura, que conseguiu me prender por muitas vezes.

Recomendo o livro.

Benjamin Há 28/09/2024

Dostoiévski revela as verdades sobre a natureza humana por meio de uma das melhores obras que já li. Em um livro conciso, consegue criar uma narrativa que nos prende e nos leva a refletir. Com certeza, é um dos maiores clássicos, não apenas da literatura russa, mas da história.

maraiamendes 27/09/2024

Eis um Napoleão incompreendido?
Ráskolnikov é jovem e pobre, tendo que largar seus estudos de Direito devido a sua condição financeira precária.
Sua pobreza deixava-o de certo modo frustrado, o que levou a cometer um assassinato, porém não havia um motivo plausível para acabar com a vida daquela velha em especial. Diante desse assassinato, ele fica perturbado e delirante, nos levando ao seguinte questionamento: Até que ponto vai a moralidade de Ródia?

Considerações finais:

Esse é o segundo livro de literatura russa que eu leio, e é bem diferente do que eu costumo ler. Fiquei com medo de ser uma leitura um pouco difícil igual Noites Brancas, porém foi o contrário (super fácil de entender)

Não sei se gostei muito, talvez eu tenha colocado minhas esperanças em um possível plot mirabolante e fui frustrada com a falta de um. Porém, é impossível para mim a partir de agora pensar na Russia e não lembrar da melancolia presente nas ruas e vielas de São Petersburgo.

Finalizando com o que me fez refletir sobre esse livro é a maneira em que Dostoievski trouxe a psicologia criminal para a história, me deixando com a seguinte dúvida: Ródia era realmente uma pessoa ruim e criminosa ou somente uma pessoa que devido às influências de seu meio era apenas um jovem infeliz e sem perspectivas de futuro?

Por mais que alguém cometa um crime perfeito, é impossível fugir da própria mente

Ivis â 26/09/2024

Eu já tinha feito a resenha mas por algum motivo ela sumiu, enfim eu amos os livros desse veio e vale super a pena principalmente pra quem quer começar a ler esse é ótimo

Educez 25/09/2024

Clássico
Crime e Castigo é uma obra marcante, que nos introduz à uma mente criminosa, confusa, difícil de entender. Dostoiévski é um gênio em nos apresentar o psicólogo dos personagens. Vale demais a pena ler

Alessandro 23/09/2024

Tempo para tudo
Crime e castigo, penso eu, é um livro que deve ser lido em seu momento próprio. se você ler cedo demais ou tarde demais pouco aproveitará. suspeito que lhe cedo demais.

Cris Aguiar 23/09/2024

Genial, Psicológico e cheio de sofrimento.
Depois da leitura de Gente Pobre agora de volta ao universo de Dostoiévski.
Posso dizer que com certeza gostei desse clássico, uma leitura densa, filosófica, com dilemas morais e os retratos da miséria de São Petersburgo.
Ao conhecer a vida de pobreza do nosso protagonista Raskólnikov acompanhamos ele cometendo um duplo assassinato e depois desse evento a teia de acontecimentos psicológicos em sua mente.
Um livro filosófico e totalmente psicológico. E nos mostra a dualidade envolvida na nossa existência e as nossas bússolas morais.
Vamos acompanhando a progressão da loucura do nosso protagonista, o castigo como fortemente impactos psicológicos.
Ao final com a confissão de Raskólnikov e o início do seu castigo real na vida na prisão de trabalhos forçados, Dostoiévski nos mostra as possibilidades de regeneração e redenção de Raskólnikov e do ser humano na busca de redenção para possibilidade de contrução de uma nova vida.
Com tramas e personagens interligados Crime e Castigo constrói uma narrativa surpreendente e atemporal.
"Mas esse é o começo de uma nova história - a história da renovação gradual de um homem, a história de sua regeneração gradual, de sua passagem de um mundo para outro, de sua iniciação em uma nova vida desconhecida. Isso pode ser o assunto de uma nova história, mas nossa história presente acabou."

Eduardo1263 22/09/2024

Mesmo tentando esconder os erros de tudo e de todos, não há como fugir da própria mente, querendo ou não a consciência pesa. E esse livro diz muito sobre isso!

Larissa.Savassi 19/09/2024

Experiência
Eu sou uma jovem adolescente de quase 22 anos, e costumo ler livros mais atuais do famoso booktok. Resolvi ler esse pois queria realmente sair um pouco da minha bolha.
Confesso que foi um pouco difícil abrir a minha mente pra isso, mesmo sendo um texto adaptado tenho dificuldade pra focar na leitura desse tipo de obra, apesar de que, fora os nomes em russo (que depois descobri que no FINAL do livro tem um guia dos personagens, que teria me ajudado desde o início), essa versão tem uma leitura bem fácil.
Não sei dizer se essa adaptação é fiel ou não à tradução original, espero um dia poder descobrir, mas achei a leitura bem significativa. Uma história interessante que nos incentiva a querer saber mais, e consegue transmitir a profundidade dos sentimentos e sofrimento das personagens, ao mesmo tempo em que aborda assuntos interessantes dentro da sociologia e filosofia, além de elementos ótimos pra entender um pedacinho da história nesse período da Rússia.
Pra quem tem dificuldade assim como eu, super recomendo a leitura dessa versão.

Beatriz3345 17/09/2024

Clássico Russo
Demorei muito pra engatar no livro e quando estava ficando bom, voltou a ser super chato.
Lendo em outro momento, talvez eu aproveite melhor a leitura. Não é um livro ruim, porém achei bem melancólico.

Piazzarollo 17/09/2024

Excelente análise psicológica da fraqueza de ser humano.
Comecei esse livro por achar necessária a leitura de livros clássicos, já que só li aqueles que eram obrigatórios no ensino médio. Confesso que demorei bastante para dar esse passo, julgando que a leitura poderia ser monótona e pouco interessante.
Me vi repensando tais ideias logo nos primeiros capítulos! Que leitura incrível!
A narrativa é envolvente, me deixava cada vez mais curioso pelo próximo capítulo, pelo próximo passo de Raskolnikov, pelos seus sentimentos e angústias a cada nova ação realizada.
Tive até ansiedade lendo o livro.
É realmente muito bom, de fato uma obra clássica. Sobretudo uma excelente análise da mente humana e das nossas fraquezas.