Quem Disse Que Não Tem Discussão?

Quem Disse Que Não Tem Discussão? Alberto Carlos Almeida




Resenhas - Quem Disse Que Não Tem Discussão?


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Rebekah 30/10/2019

É... quem disse... para tirar a cabeça da zona de conforto e refletir sobre a estrutura social e política do Brasil.
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/05/2019

Quem Disse Que Não Tem Discussão?
"Baseado no aforisma que não se discute política, religião e futebol, Alberto Carlos Almeida se propõe a discutir exatamente isso, tendo como base os vários dados empíricos disponíveis sobre os mais variados assuntos."

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

Link da resenha completa: http://caminhadafilosofica.com/sociedade/resenhas/outros/quem-disse-que-nao-tem.html

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501086266
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Marcos 29/08/2012

Muitas idéias interessantes
Baseado no aforisma que não se discute política, religião e futebol, Alberto Carlos Almeida se propõe a discutir exatamente isso, tendo como base os vários dados empíricos disponíveis sobre os mais variados assuntos.

Na parte política, toma como tese básica que o principal fator para eleição de um político é a avaliação do governo. A partir de uma série de dados existentes, mostra que o que aconteceu com Dilma estava longe de ser uma novidade na política brasileira. Um governo bem avaliado, e o de Lula inegavelmente era, consegue sim eleger qualquer poste.

Coloca o PT como um legítimo herdeiro da social democracia européia, cujos partidos começaram radicais e foram se alinhando na centro-esquerda quando começaram a ganhar votos e eleições. Segundo ele, o PT já ocupou esse espaço na política brasileira e de lá não mais sairá.

O maior partido de oposição, o PSDB, só tem uma saída. Assumir a posição de centro-direita, tornando-se o partido conservador que a esmagadora maioria dos seus eleitores imagina que seja. Para isso, deveria ter como maior bandeira a redução de impostos para aumento do poder aquisitivo de todos os brasileiros, justamente uma idéia que desagrada seu principal nome, o ex-candidato José Serra.

Se no campo político o livro é muito interessante de ler, no religioso é próximo de um desastre. Alberto Almeida se prende a suas próprias idéias estreitas do que seja religião e principalmente o catolicismo. O que se lê é uma coleção de clichês e desconhecimento, principalmente sobre a Idade Média. Chesterton estava certo, o pior cristão, aquele que tem a imagem mais errada da fé, é justamente aquele que se criou na margem do catolicismo. Almeida se define como católico não praticante, justamente o que Chesterton estava tentando dizer.

Por fim, o futebol não compromete, mas mostra que foi só um apêndice para justificar o título, e talvez a inclusão de sua crítica ao catolicismo.

O livro vale pela sua parte política e econômica, por evidenciar determinados aspectos das eleições e da política no Brasil. Poderia ter terminado por aí e seria um excelente livro. Como se estendeu mais do que devia, fica apenas como um bom livro.
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Ricardo_PA 13/08/2012

Uma boa coletânea de ensaios sobre política brasileira recente
O livro reúne 48 artigos publicados pelo autor no jornal Valor Econômico. O subtítulo é um pouco enganoso, já que quase todos são sobre política e/ou economia (apenas os últimos 8 artigos tratam de religião ou futebol).
Entre os temas tratados estão a eleição de Dilma em 2010, o bolsa-família, impostos, o potencial de transferência de votos nas eleições e pesquisas eleitorais. Gostei muito das reflexões sobre a direita no Brasil: só lendo esse livro percebi como o Brasil carece de uma "verdadeira" direita, que defenda menos impostos e um Estado menor.
Gostei do estilo do autor e de como ele defende seus argumentos com dados concretos, o que aumenta muito sua credibilidade (diferente daqueles colunistas "engajados" que apelam para linguagem tendenciosa anti-esquerdista ou anti-direitista). Recomendo até para quem não gosta muito de política, pois o livro consegue aumentar de forma indolor nosso interesse por esse assunto tão mal visto no Brasil.
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