Isa_04 10/04/2024
A vida dos intensos
Meu primeiro livro do autor. Antes de começar tive que saber um pouco sobre ele e sobre o que seriam as “Noites Brancas”. Enfim, é um livro curto, mas profundo. Creio que alguns não se identificaram muito com a história. Mas eu fiquei, por que me identifico tanto com esse moço? No seu sentir demais.
O moço não tinha nome, era apenas o “sonhador”, não sei se o não dar nome a ele, seria porque o autor quisesse que nós mesmos déssemos a ele um nome, ou ele fosse cada um de nós, não sei. Ou perdi algo pelo meio do caminho. Ele é um sonhador, solitário, observador, detalhista, melancólico, sente demais e as vezes sente de menos.
Sobre o desenrolar da história, o encontro dele com Nástienka, pela devida situação, de início achei eles emocionados demais, já fiquei pensando que aquilo não iria dar certo. Com o passar das noites, as conversas, os encontros naquela ponte, no fundo fez até eu torcer pelos dois (eu acho), esperando até que o outro moço não aparecesse, mas ele apareceu. O sonhador poderia não ter expressado seus sentimentos, mas quem sabe foi o melhor para ele, melhor falar do que guardar. E ela, poderia não ter alimentado os sentimentos dele, mas na verdade ele que se deixou alimentar sozinho, pois ela não o amava da mesma forma que ao outro moço. No final da história, me senti ‘tapeada’ igual a ele, mas é porque somos dois emocionados, fiquei triste por ele, mas é o andar da vida, tudo normal nesse mundinho. Acho que o “Sonhador” ficou como Estevão de A mão e a luva, sozinhos, mas não morreram de amor.
“Do acaso da vida, muitas experiências podem surgir.” CP
“Melhor falar o que sente, do que guardar...se for para se arrepender, que seja porque tentou.” CP
“Quantas vezes nos sentimos presos ao outro, e não fazemos o que desejamos, apenas porque não queremos magoá-lo. É preciso ter coragem de nos soltarmos e subir as escadas rumo aos nossos desejos.” CP
"A vida dos intensos, rapidamente chegam ao topo das emoções, mas se caem, a ferida demorará a se curar, restando apenas a cicatriz das lembranças." CP