A Mansão do Rio

A Mansão do Rio Pat Conroy




Resenhas - A Mansão do Rio


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Rose 16/02/2023

Tocante
#Resenha A MANSÃO DO RIO - Pat Conroy - @editorarecord

Este livro acompanha a história de 10 jovens que tem seus destinos cruzados através de Léo King em 1969.

Léo é um adolescente problemático que nasceu e cresceu em Charleston. Após a morte traumática de seu irmão mais velho  sua vida dá uma guinada para baixo. O período que já não seria fácil, torna-se mais difícil ainda por conta de sua mãe. Aliás que mulher insuportável...

A mãe de Léo o incumbe de "receber" 9 jovens de origens distintas (Ike, Starla e Niles Whitehead, Sheba e Trevor Poe, Molly Huger e Chad e Fraser Rutledge) que começarão a estudar na escola onde ele estuda e a mãe é diretora.

Todos chegam até lá por motivos diferentes. Cada um com suas histórias. Isoladamente, eles não seriam amigos, mas Léo, de uma forma única, conseguiu que este grupo tão diferente se tornasse amigo.

Apesar da mãe achar Léo um zero a esquerda, a verdade é que ele é um rapaz único, de um caráter excepcional. Ele tem um amor incondicional por sua cidade, apesar dos problemas morais e sociais de uma cidade elitista e racista.

Léo consegue transitar por todas as camadas de Charleston, e com isso, torna-se a cola deste grupo.

Em um período que Leo está se reencontrado e fazendo as pazes consigo mesmo, o último ano do ensino médio acaba sendo um divisor de águas para todos estes jovens.

Através das lembranças dele, vamos conhecer a história deste grupo de amigos.

Um enredo tocante que fala sobre pedofilia, racismo, depressão, suicídio, Aids, homossexualismo, bullying, alcoolismo, violência doméstica, homofobia, transtorno de personalidade, amizade entre outros. Apesar disso, a leitura não é pesada, mas é mais lenta em algumas partes.

Não é um livro que você vai sentar e devorar, é uma ótima  história que vai te conquistar aos poucos.

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Rebeca W.S 16/01/2023

Classificação..?
É um livro realmente muito bom que trata sobre situações de vida e coisas que a gente realmente deveria saber é um romance assim eu gostei mas eu sinto que a classificação desse livro não poderia uma criança ler por conter palavrões e coisas associadas então eu não recomendo para crianças mas realmente um livro ótimo.
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myreadings_ 21/04/2022

Mais reconhecimento
Há uma tristeza em saber que esse belo livro não é muito conhecido.
Agradeço a Americanas por ter me feito conhecer esse belo livro.
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Kaah Vicente 11/09/2021

Uma leitura marcante
Em A Mansão do Rio, Pat Conroy aborda de forma poética vários temas difíceis, porém importantes de serem narrados, como: racismo, bullying, homofobia, depressão, suicídio, pedofilia, entre outros.

Por ser uma escrita poética, e por abordar temas um pouco difíceis de serem lidos, meu tempo de leitura foi um pouco arrastado. achei que o autor poderia ter deixado algumas cenas de fora, sem causar alterações significantes na história.

Apesar desses fatos, eu gostei muito do livro, me apeguei muito ao Leo e a outros personagens, e estou sentindo dificuldade em me despedir.
Acredito que este, seja um daqueles livros que todos deveriam ler, pelo menos uma vez na vida.
Edméia 12/09/2021minha estante
*Gostei da sua resenha, Ka ! Parabéns !!! Também já li este livro e gostei muito do casal que era policial !




maisdigo 04/03/2020

Lindamente Tocante
Quando me deparei com A Mansão do Rio, eu não esperava pelo impacto que teve em mim.

Léo é dentre todos os garotos da belíssima Charleston, o mais feio e problemático. Em muitas coisas destoa totalmente da cidade e de seus habitantes. Apesar disso têm um amor incondicional e intenso por sua cidade.

A sua história começa a mudar quando chegam a sua vida 9 jovens tão deslocados quanto ele. Os belíssimos e talentosos gêmeos Sheba e Trevor, os irmãos caipiras Starla e Niles, os aristocráticos Chad, Molly, e Fraser, assim como os negros Ike e Betty. Esse 16 de junho irá mudar para sempre a trajetória da vida de Léo e seus amigos, muito embora nenhum deles se dê conta naquele momento.

A Mansão do Rio é um livro tocante, empolgante e cheio de vida. Onde as palavras saltam das páginas, e te enlançam conduzindo por caminhos marcados pela amizade, companheirismo, ansiedade, medos e depressões. É uma história que precisa ser lida e contada. Dividida, repartida, pois se reinventa em nossos imaginários. Lindo, pungente e envolvente. Especial
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Edméia 17/04/2019

*O poder da amizade !!!
*Resenha do livro "A Mansão do

rio" de Pat Conroy; tradução de

José Roberto O'Shea; ed. Record.

Este livro narra a história

da vida de Leo King e seus amigos

: Starla, Niles, Trevor, Sheba,

Molly, Chad, Fraser, Ike e Betty ;

todos morando em Charleston (a

mansão do rio ) , cidade do

interior do estado da Carolina do

Sul nos E.U.A. !
A narrativa começa exaltando

a beleza de Charleston e contando

sobre o suicídio de Steve, irmão

mais velho de Leo ! Suicídio este

que quase acabou com a vida dele e

dos pais dele !!!
A mãe de Leo King é uma

senhora severa, culta, muito

religiosa e ... que não se

entendia muito bem com Leo , não !

A paixão dela era o filho mais

velho ! Não gostei dela ! Era uma

chata de galocha !
Niles e Starla, os irmãos que

ficaram órfãos , são adolescentes

tristes, sofridos, cheios de mágoa

!
Ike e Betty foi o casal que

mais gostei na história ! Achei-os

perfeitos !!!
Fraser e Chad são irmãos e

fazem parte da elite, das famílias

aristocráticas de Charleston ! De

início, considerei Chad um

tremendo idiota, babaca ... mas

... depois ... fui compreender

porque assim se tornou !
Sheba e Trevor são os

adolescentes lindos, artistas e

muito sofridos ! Eles vivem um

drama !!!
Molly é amiga de Fraser e

namora Chad ! Ela é aquele tipo de

moça que nasceu para viver

conforme os padrões impostos pela

sociedade na qual ela está

inserida ! (Outra babaquinha, na

minha opinião !!! ).
Dos personagens terciários,

gostei muito do jeito ranzinza,

sincero, hostil do senhor

Harrington Canon , o dono de uma

loja de antiguidades ! Dei muitas

risadas com os diálogos dele com o

Leo ! Foi divertido !!!
O livro versa sobre vários

temas : discriminação racial;

bullying; homofobia; pedofilia;

suicídio ... mas, nem por isso se

trata de uma história muito

triste, pesada ... pelo contrário,

até a tristeza de alguns

personagens é narrada, às vezes,

com poesia ! São 582 páginas de

muitos acontecimentos; linguagem

rica; citações ...
Gostei do texto da placa que

Leo colocou na porta da sala dele

na redação do jornal, (página 159

) :

"Na porta tenho um cartaz com os

seguintes dizeres : "Leo King está

ocupado com a coluna que o tornou

famoso em Charleston enquanto seus

colegas labutam em merecida

obscuridade. Ou seja, estou

ocupado escrevendo literatura que

jamais perecerá enquanto houver

homens e mulheres que amem o

espírito humano. Mantenha

distância até eu terminar." O

cartaz estava assinado, com uma

caligrafia rebuscada : "O homem

divino Leo King."

A Dra. King, mãe de Leo,

doutora em literatura, apaixonada

por James Joyce e sua obra famosa

Ulisses, colocou o nome no Leo de

Leopold Bloom King e no irmão dele

, de Stephen Dedalus King ! No

livro o Bloomsday ( dia instituído

na Irlanda para homenagear o

personagem Leopold Bloom,

protagonista de Ulisses de James

Joyce !) é sempre citado com

reverência ! (O interessante é que

o pai de Leo , o senhor Jasper

King, comenta que James Joyce era

anticatólico e ... a mãe de Leo

era uma católica fervorosa ! Ela

ia à missa diariamente !!! Vai

entender !!! Hehehe.)
Este livro foi importante

para mim porque foi fácil

constatar algo óbvio : a

importância da presença de pessoas

verdadeiramente amigas em nossas

vidas ! Pois, constatamos que

todos se salvam , de uma forma ou

de outra, graças ao amor, à

atenção, à compaixão que existe

entre eles !!!(Cada um possui a

sua prisão, suas amarras ! Ninguém

se salva ! A vida é assim !!! ).
Tornei-me fã de Pat Conroy

porque ele conseguiu falar de

tristezas profundas com suavidade

e poesia e ... convenhamos, isso é

uma obra de arte !!!
Quero também comentar aqui

como a hipocrisia das nossas

sociedades torna as pessoas

infelizes e as sufocam ! Triste

isto.
Li livro físico ! Fiz uma

leitura muito boa e por isso, não

pretendo reler este livro !Foi uma

leitura calma, com muitas

anotações, atenta mesmo ! Foi

muito bom para mim !
Dou nota nove para este

livro e o recomendo para qualquer

pessoa de qualquer idade e/ou

classe social !!!

*Guaratinguetá, 16 de Abril de

2019.




site: www.mesadeestudo.blogspot.com
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Raquel 20/03/2018

De maluco a joia a cidade Charleston
Quando tinha 9 anos, Leo king, encontrou seu irmão e inspiração na banheira da sua casa, logo após se matar. Steve era o irmão, filho e amigo perfeito. Ninguém entende porque ele se matou e em consequência disso, Leo teve um colapso nervoso, ficou louco e foi internado em um hospício por vários anos.
A história começa a ser contada no ano de 1969, quando Leo tem 17 anos, é entregar de jornal na perfeita cidade de Charleston, sem amigos e cumpre pena por posse de drogas. Apesar de tudo é impossível não se apaixonar por Leo, é bonzinhos, ajuda a sociedade, é educado, cavalheiro, obedece pai e mãe (embora essa última seja uma megera), sabe cozinhar, costurar, engraçado embora seja irônico, resumindo é um fofo (mas sua mãe não vê nada disso).
No dia que conhecemos nosso mocinho, a Dra. King, mãe de Leo, pede para ele executar uma série de atividades socias: levar cookies aos novos vizinhos que se mudaram para a casa da frente: os gêmeos Sheba e Trevor Poe. Visitar o orfanado São Judas para conhecer os novos órfãos Starla e Niles. Conhecer o novo técnico de futebol negro e dois novos alunos (Molly e Chad) que ingressarão na escola, que graças ao posse de drogas foram expulsos da antiga. Assim ele conhece aqueles que se tornariam seus amigos.
Todos esses eventos, fazem com que a vida de Leo mude totalmente. De excluído, passa a ser o elo que une todos os personagens: Sheba, Trevor, Starla, Niles, Ike, Betty, Molly, Fraser e Chad. De sapo (apelido) passa a ser quase um príncipe.
É uma história muito bem escrita, cativante e nos faz gostar de todos os personagens que devemos gostar. Porém, o desfecho poderia ser melhor.
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Felipe - @livrografando 24/10/2017

Cidade de mistérios
Uma cidade tem muita história para contar, mas no caso de Charleston, espaço principal da história do livro “A Mansão do Rio”, tem muito a esconder e que ao longo das quase 600 páginas, o leitor mais atento vai descortinando. Uma trama com todo um toque norte-americano, não foge do clichê, mas mesmo com todas essas previsibilidades, foi um marco na história das minhas leituras.
A história dura 21 anos, de 1969 a 1990, iniciando e terminando no dia do Bloomsday, comemorado no dia 16 de junho, em referência ao romance do inglês James Joyce, Ulysses. O centro da narrativa é Leo King, um garoto de 18 anos que come o pão que o diabo amassou na vida e passa por maus bocados. Ele não se conforma de ter visto o irmão Stephen King (Steve) com os pulsos cortados, denotando que ele se suicidou. Para variar, a mãe, Lindsay King, culpa o menino pela morte de seu filho querido e têm com Leo uma relação de gato e rato. Os ânimos só são acalmados graças a mediação e neutralidade de Jasper King, pai de Leo e esposo de Lindsay, um homem tranquilo e brincalhão, que brinca até nas horas mais sérias. Leo King, por causa da morte do irmão, enfrentou um período obscuro no qual se envolveu com coisas erradas. No início da história, ele está prestando serviços comunitários graças a uma armação da qual ele foi vítima. No entanto, o garoto trata isto como se fosse uma terapia e um paliativo para os seus problemas, fazendo o seu serviço de entregador de jornal com a maior naturalidade.
No dia 16 de junho de 1969, Leo conhece uma série de pessoas que irão ajudá-lo a crescer como pessoa e uma série de circunstâncias em sincronia começará a alterar a vida do rapaz. Nesse mesmo dia, ele conhece os irmãos gêmeos, os divertidos Trevor e Sheba Poe, os aristocráticos Chad e a enérgica Fraser Rutdlege, os órfãos Niles e Starla Whitehead, o indisciplinado e desbocado Ike Jefferson e a também bem-nascida, Molly Hugger. Juntos, esse grupo de amigos irão passar por provas desafiadoras de amizade, no qual eles terão que encontrar uma alternativa para superar seus limites.
Pat Conroy mescla ficção e realidade na trama de “A Mansão do Rio”. Temas como segregação racial, revolução sexual, diferenças sociais, preconceitos torna o romance norte-americano único e peculiar de todos os outros do gênero. A epidemia de AIDS no início dos anos 1980 entre os homossexuais, do qual Trevor é vítima e o furacão Hugo, de 1989, são exemplos de momentos em que no livro de Conroy, ficção e realidade se encontram.
O leitor mais atento a uma trama recheada de acontecimentos perceberá alguns furos na trama. Mesmo assim, a história ambientada em Charleston, para mim, se torna a segunda melhor que eu já li. O ponto alto da trama é retratar com frieza e crueza a situação dos aidéticos, principalmente quando Leo entra num quarto e vê um garoto, já em estado terminal, falecer. A emoção que a escrita de Conroy passa ao leitor é indescritível, pois é um tema que pouco vejo ser abordado em romances tão clichês, como são os norte-americanos.
A Mansão do Rio é a história de vidas que foram destruídas por circunstâncias ou de traumas de infância, mas, mesmo assim, esses personagens encontraram maneiras de tentar sobreviver e superar esses obstáculos que a vida lhes impõe. Sem dúvida, para mim, é um dos grandes romances do autor, no entanto, essa obra não é muito conhecida, mas merece ser divulgada por apresentar uma história tão peculiar e única, materializado na escrita poética e particular de Conroy.
PS. Li de 29/08/2017 a 20/10/2017.
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Danilo Barbosa Escritor 03/05/2012

A canção do sul
Confira mais resenhas minhas no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.com.br

"Meu pai se referia a cidade de Charleston, na Carolina do Sul, sua terra natal, uma cidade tão linda que faz os olhos de qualquer transeunte arder de prazer apenas ao caminhar por suas ruas estreitas e charmosas. A mansão do rio, como ele a chamava, era seu hobby, sua paixão inconfessa, o grande amor de sua vida. Seu sangue contagiou o meu pela cidade que jamais esmoreceu e jamais esmorecerá."

Pat Conroy já havia me surpreendido uma vez, quando li há muitos anos, a Canção do Mar, uma pérola literária de um homem atormentado pelo homicídio da esposa que deve confrontar com o seu passado na Carolina do Sul. Passaram-se muitos anos, mas a impressão que ele deixou em mim persistiu, mesmo após ter lido tantas obras. Seu nome ficou quieto, adentrado no meu âmago, esperando a hora de suscitá-lo novamente em minha vida.

Um dia desses estava navegando pela internet e vi que a Editora Record estava lançando um livro novo deste americano baixinho e invocado. Solicitei a obra e, assim que chegou passei a degustá-la, antecedendo que iria me apaixonar pela sua narrativa como da outra vez.
Mas assumo que foi mais intenso...
A Mansão do Rio (584 páginas) narra a história de Leo King, o jornalista de fofocas mais conhecido de Charleston. Suas crônicas diárias falam com maestria da vida da cidade, dando uma visão completamente nova à acontecimentos corriqueiros.

Mas quem o conhece atualmente não sabe como ele conviveu com a insanidade. E nem como ele foi salvo do abismo que ameaçava cobri-lo. Aos 9 anos, ele encontrou seu irmão Stephen, o menino mais admirado da cidade, deitado em uma banheira, com os pulsos e a garganta cortada. Com o seu suicídio, a insanidade tomou conta daquela pequena criança, o simples patinho feio da sua casa, olhado com tristeza pela sua austera mãe e seu pai tomado pela dor. A partir daí, ele passa a circular por institutos psiquiátricos e acaba sendo obrigado a prestar serviços para a comunidade por algo que ele não fez.

Mas o destino sempre intervém e quando todos o veem como um caso perdido, eis que surgem 7 adolescentes que vão mudar a sua vida: Sheba e Trevor, o casal de gêmeos que vai morar em frente a sua casa, despertam ele para o amor e o sexo - ela é uma deusa em forma de garota e o seu irmão gêmeo é um gay bem à frente do seu tempo; Starla e Niles, dois orfãos que vão mostrar o significado da lealdade e de como lidar com a dor, mesmo nos momentos mais extenuantes; Molly, a perfeita dama do Sul e seu jeito meigo de conquistar o mundo, junto ao hipócrita Chad, perfeito exemplar de um cavalheiro de Charleston, ou seja, mimado e preconceituoso. Temos também sua irmã, Fraser, a talentosa atleta que poucos observam como a mulher corajosa e vencedora que verdadeiramente é. E para finalizar este quadro, não podemos nos esquecer de Ike, o filho do primeiro treinador negro do colégio de Leo, que vai ensinar para ele a verdade sobre o racismo sulino.

O leitor acompanha 30 anos da vida desse grupo, aprendendo com estes jovens o significado dos piores defeitos e das maiores qualidades da humanidade. E não consegue ficar isento tamanho o talento do autor. Sorri, chora, pensa, reflete, fica em êxtase ou tenso. Se choca com as reviravoltas e não sabe o que imaginar no final. A trama tem todos os elementos de um clássico: sedução, ação, drama, suspense, crimes, traições e muitos risos. Os elementos se entrelaçam junto com a vida de cada um deles na medida certa, sem exageros, o que torna tudo muito mais gostoso.

Sou obrigado a reconhecer que é o livro que eu começava a ler neste exato instante. Cada página realça a mais triste e bela realidade, com um primor de texto, beirando à poesia. Mais do que narrar as ações, ele aborda as almas de cada um deles, principalmente as de Leo (afinal, ele é o nosso herói - sem força, beleza, títulos ou qualidades, apenas muita vontade de fazer o melhor). Ler a trajetória de cada um é como acompanhar um amigo conhecido, com se convivêssemos com ele durante todos os dias, Juro para vocês que o livro me cativou por completo.

Ao mesmo tempo em que falo tanto, sinto que estou sem palavras. Por que, na minha opinião, por mais que eu fale, não será suficiente para detalhar a minha experiência em conviver com esta mansão maravilhosa. E, mesmo sem nunca ver Charleston, por um momento eu a amei com a mesma intensidade do personagem principal do livro. Quis andar por suas alamedas, sentir o aroma de suas flores, perder-me em seus amores e dores.
E deles nunca mais sair...
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Literatura 03/05/2012

A canção do sul
"Meu pai se referia a cidade de Charleston, na Carolina do Sul, sua terra natal, uma cidade tão linda que faz os olhos de qualquer transeunte arder de prazer apenas ao caminhar por suas ruas estreitas e charmosas. A mansão do rio, como ele a chamava, era seu hobby, sua paixão inconfessa, o grande amor de sua vida. Seu sangue contagiou o meu pela cidade que jamais esmoreceu e jamais esmorecerá."

Pat Conroy já havia me surpreendido uma vez, quando li há muitos anos, a Canção do Mar, uma pérola literária de um homem atormentado pelo homicídio da esposa que deve confrontar com o seu passado na Carolina do Sul. Passaram-se muitos anos, mas a impressão que ele deixou em mim persistiu, mesmo após ter lido tantas obras. Seu nome ficou quieto, adentrado no meu âmago, esperando a hora de suscitá-lo novamente em minha vida.

Um dia desses estava navegando pela internet e vi que a Editora Record estava lançando um livro novo deste americano baixinho e invocado. Solicitei a obra e, assim que chegou passei a degustá-la, antecedendo que iria me apaixonar pela sua narrativa como da outra vez.
Mas assumo que foi mais intenso...
A Mansão do Rio (584 páginas) narra a história de Leo King, o jornalista de fofocas mais conhecido de Charleston. Suas crônicas diárias falam com maestria da vida da cidade, dando uma visão completamente nova à acontecimentos corriqueiros.

Mas quem o conhece atualmente não sabe como ele conviveu com a insanidade. E nem como ele foi salvo do abismo que ameaçava cobri-lo. Aos 9 anos, ele encontrou seu irmão Stephen, o menino mais admirado da cidade, deitado em uma banheira, com os pulsos e a garganta cortada. Com o seu suicídio, a insanidade tomou conta daquela pequena criança, o simples patinho feio da sua casa, olhado com tristeza pela sua austera mãe e seu pai tomado pela dor. A partir daí, ele passa a circular por institutos psiquiátricos e acaba sendo obrigado a prestar serviços para a comunidade por algo que ele não fez.

Quer saber mais desta emocionante história? Acesse o Literatura:
http://bit.ly/IoxWLs
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