Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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johannbsf 11/09/2024

Borges consegue ir do mais simples e cotidiano até o mais complexo e conceitual em poucas páginas. Borges é científico, esotérico, religioso, investigativo, heroico e traidor em poucas páginas.

Um dos melhores escritores da América Latina sem dúvidas.

Fiquei feliz pelas menções ao Brasil e ao Rio Grande do Sul nos contos
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Carina143 17/08/2024

Este foi meu primeiro livro do autor.
Vim com altas expectativas, mas elas não foram atingidas. Alguns contos são muito confusos, outros são muito interessantes, alguns são muito previsíveis, outros não.
Acho que é o tipo de leitura que tem que ser feita por cada um pra que tirem suas próprias conclusões.
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Luiz 17/07/2024

Blow
O Borges tinha bastante tempo livre pra pensar em contos tão indecifráveis, é difícil, mas fazer o que se é foda
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Camila Polonio 02/07/2024

O primeiro de muitos que virão.
Essa foi minha primeira experiência com Borges e simplesmente amei. Cada conto foi desfrutado, decantado e me abriu a curiosidade imensa de conhecer quem foi Borges (já comprei a biografia rs). Dos contos do livro ?Ficções? os que mais gostei foram: tlön, uqbar, orbis tertius. O milagre secreto, três versões de judas e o sul. Experiência de leitura impecável.
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Georgeton.Leal 22/06/2024

Explorando os labirintos da realidade e imaginação
"Ficções" é uma coleção de contos que desafia habilmente as fronteiras da realidade e da imaginação. Com sua prosa intricada e erudita, Borges cria mundos labirínticos que exploram o infinito, a temporalidade, universos paralelos e até o caráter da própria narrativa. Seus contos são repletos de referências literárias, filosóficas e históricas, que se entrelaçam de maneira magistral para questionar a natureza da percepção e da existência.
Nisso o autor é enigmático em essência, mas não a ponto de ser inacessível. Os "jogos intelectuais" de Borges são uma marca registrada da sua escrita e conduzem facilmente o leitor a enigmas, paradoxos e profundas reflexões. Além disso, embora ele não seja estritamente um autor de literatura fantástica, seus contos frequentemente flertam com esse gênero, criando atmosferas misteriosas e inquietantes.
Gostei muito dessa minha primeira experiência com o autor e já estou curioso para ler "O Aleph". Borges realmente é diferenciado e me pergunto o porquê dele nunca ter ganhado um Nobel de literatura.

site: https://senso-literario.blogspot.com/2024/06/explorando-os-labirintos-da-realidade-e.html
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Edu 09/06/2024

Uma biblioteca em labirinto.
Uma coleção de 17 contos que não foram feitos para serem lidos apenas uma vez. É um texto de revisita, de paciência e de leitura densa.

Como é uma coleção, tem histórias que são simplesmente incríveis(10/10) e outras nem tanto. Muito provavelmente cada leitor se identificará com partes diferentes.

Valeu cada engilhada de testa para tentar entender o que estava rolando.
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luizrantunes 07/06/2024

Explorando Borges: Gostos e Dilemas
Me senti culpado ao terminar de ler este livro e perceber minha falta de referências. Ao buscar outras resenhas, vi que não estava sozinho nessa.

Posso ser sincero: gostei do pouco que entendi, mas não gostei do que não compreendi. Não sei se a maturidade literária me trará uma futura compreensão desta obra ou se simplesmente o gênero não se encaixa comigo. Que dilema!

Reforço que os contos não são ruins. Indiretamente, Borges me fez entender que não precisamos e não somos obrigados a gostar de tudo.
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Léo 28/05/2024

Borges?
Contos intensos, alguns difíceis, mas todos envolventes. Recomendação de uma grande professor, talvez fã número um
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Caio.Monegate 21/05/2024

"A poética da leitura"!

Um livro sobre a beleza das possibilidades do discurso literário e, em borges, a partir também de outros grandes livros.
Durante a leitura me peguei bem mergulhado nas ficções tão grudadas em elementos reais que me permiti acreditar em tudo - ainda tô acreditando em tudo - e é legal. Me ajudou bastante a perceber a grande literariedade da realidade. Por que, tipo, a minha realidade é um monte de coisas que lembro pra ir lidando um dia após o outro. Encaixar nessas memórias uns tons ficcionais não faz muito mal além de divertir.
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Vinícius Tyrone 17/05/2024

Com certeza, li na hora errada
Futuramente vou ter que voltar nesse livro e na mente de Borges. Acredito que ainda não estou preparado para essa obra e a complexidade da mente de Borges. Diferente de O livro da areia, esse é muito mais complexo e difícil. Provavelmente a leitura mais difícil de compreender que já tive. A mente de Borges é um labirinto e infelizmente eu não soube decifrar esse labirinto.
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Rute31 17/05/2024

Nem sei dizer o que mais me agradou nesse livro, mas ele é impressionante. É um livro sobre tempo, eternidades, repetições. Mais do que um livro de contos, é um monumento coeso de ficção.
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Guilherme Amin 27/04/2024

Uma leitura do primeiro conto: ?Tlön, Uqbar, Orbis Tertius?
Segundo Borges, este conto é uma nota sobre livros imaginários: ?The Anglo-American Cyclopaedia? e ?A First Encyclopaedia of Tlön. Vol. XI. Haer to Jangr?.

A meu ver, a escolha de enciclopédias para constituírem os livros fantasiosos revela a pura paixão de Borges pelo conhecimento enciclopédico, algo que ele próprio buscava ter.

Um dos ?personagens? é o escritor também argentino Adolfo Bioy Casares, de quem Borges foi amigo inseparável na vida pessoal e profissional, tendo sido até padrinho de casamento dele com a escritora Silvina Ocampo.

A passagem adiante é uma pista que Borges nos dá para informar que uma das coisas que mais importam nestes escritos, neste livro, é a forma, o estilo como ele o escreveu. Isso serve de conforto para o leitor não esmorecer diante da aridez do conteúdo dos textos (p. 14):

?No dia seguinte, Bioy me ligou de Buenos Aires. Disse-me que tinha à vista o artigo sobre Uqbar, no volume XXVI da Enciclopédia. Não constava o nome do heresiarca, mas, sim, a referência a sua doutrina, formulada em palavras quase idênticas às que repetira, embora ? talvez ? literariamente inferiores.?

Ainda assim, Borges pressupõe ou ao menos não subestima a inteligência de seu leitor (p. 15): ?Essas quatro páginas adicionais compreendiam o artigo sobre Uqbar; não previsto (como terá notado o leitor) pela indicação alfabética.?

E aparentemente do nada, na página 18, Borges não resiste a inserir um dado sobre o islamismo e o mundo árabe em geral, pelos quais ele se interessava muitíssimo ? o que se constata claramente na coletânea ?O Aleph? (1949), por exemplo.

Em ?Tlön, Uqbar, Orbis Tertius?, Borges cria um mistério em torno de dois livros enigmáticos para construir uma espécie de aventura de intelectuais que saem em busca da possível verdade sobre: 1) uma estranha enciclopédia (?The Anglo-American Cyclopaedia?) que contém verbetes sobre um falso país chamado Uqbar; 2) uma segunda enciclopédia inaudita (?A First Encyclopaedia of Tlön. Vol. XI. Haer to Jangr?) que trata inteiramente de um planeta imaginário, de nome Tlön.

Inicialmente, Tlön aparece na primeira enciclopédia como mera região que já era imaginária e citada nos livros daquele país ignorado (Uqbar) ? páginas 15/16 do conto.

Depois, Tlön aparece como um planeta imaginário na segunda enciclopédia: ?A First Encyclopaedia of Tlön. Vol. XI. Haer to Jangr?, na qual Borges encontra o ?vasto fragmento metódico? de um planeta imaginário: Tlön, agora não mais uma região fictícia de Uqbar. A partir disso, examina a linguagem e especula as possibilidades da linguagem nas nações desse planeta, inclusive em relação a como os idiomas de lá constroem as próprias realidades locais, de um ponto de vista metafísico ? como no filme ?A Chegada? (2016), por exemplo. Desenvolve então uma complicada narrativa filosófica, associada à lógica, à matemática e à arqueologia, de difícil compreensão, que por enquanto não suscita meu interesse (páginas 22 a 28).

É em algum momento não descrito no conto que Tlön ascende da condição de ?região? mítica do país Uqbar para se tornar, Tlön próprio, um país. No pós-escrito de 1947, Borges explica que a posterior conversão de Tlön, de país em planeta, deu-se pela proposta do milionário Ezra Buckley, um megalomaníaco como muitos estadunidenses. A sociedade secreta e multigeracional que inventara Uqbar e Tlön então empreende o projeto sugerido por Buckley e designa essa revisão das falsas enciclopédias pela expressão ?Orbis Tertius? (latim para ?terceiro mundo?).

Como se trata de um conto fantástico, Borges decide acrescentar relatos de duas intrusões do mundo fantástico no mundo real (páginas 30/31), justamente num ponto em que a narrativa, pela extensão e pelo teor, estava começando a parecer realista.

Na sequência, a ?Primeira Enciclopédia de Tlön? é descrita por Borges como ?Obra Maior dos Homens?, talvez em contraponto à Bíblia, que seria a obra maior de Deus. Aparentemente, há nisso alguma referência ao pedido do milionário financiador de ?Orbis Tertius?: ??A obra não pactuará com o impostor Jesus Cristo?. Buckley descrê de Deus, mas quer demonstrar ao Deus inexistente que os homens mortais são capazes de conceber um mundo? (página 29). Em todo o caso, ambos são textos escritos, e o que Borges quer dizer é que o poder da linguagem é capaz de alterar o mundo em que vivemos.

Ao fim, Borges conclui que, desde que haja uma aparência de ordem, tanto as piores ideologias (antissemitismo e nazismo, sem prejuízo de outras) quanto a irrealidade e a estupidez (a exemplo da disseminação de pseudo-conhecimentos sobre mundos inventados, que é o caso do planeta Tlön) podem inflamar a humanidade e, afinal, emburrecê-la. E o fazem por meio das diversas manifestações da linguagem. De fato, é mais fácil obedecer pacífica e acriticamente a leis e hábitos irracionais, quando hegemônicos, do que questioná-los. A alegoria de Tlön é a da domesticação das sociedades por meio da prevalência do senso comum, introduzida pela linguagem dos agentes dominantes (?o contato e o hábito de Tlön desintegraram este mundo? ? página 32). Por isso, quando submetida à autoridade de instituições que aparentam ser bem ordenadas, ?a humanidade esquece e torna a esquecer que é um rigor de enxadristas, não de anjos? (página 32) ? de poderosos e estrategistas, portanto, e não de forças sobrenaturais ou entidades espirituais. Tanto é assim que o megalomaníaco Ezra Buckley queria, com as enciclopédias, ?demonstrar ao Deus inexistente que os homens mortais são capazes de conceber um mundo? ? por meio da linguagem.

Na interpretação que faço do conto, a realidade, então, é ordenada pelos que detêm o poder, seja nas sociedades capitalistas, seja nas ditaduras de esquerda: eles é que determinam não só o presente, como as memórias do nosso passado ? basta ver as correntes revisionistas da história que ainda hoje grassam. Quando a estupidez generalizada enfim dominar a sociedade, ?aí desaparecerão do planeta o inglês, o francês e o mero espanhol. O mundo será Tlön? (página 33).

Mas será que podemos fazer algo para impedir isso? Que poder temos contra as nações hegemônicas, contra os monopólios empresariais, contra os Putin, Maduro, até os Elon Musk deste planeta? Ciente de sua impotência, de que morrerá sem conseguir parar essa escalada, Borges resolve sossegar a mente, finalizando o conto: ?nada disso me importa; continuo revendo, na quietude dos dias do hotel de Adrogué, uma indecisa tradução quevediana (que não penso publicar) do ?Urn Burial? de Browne?. ?Urn burial? pode ser traduzido, justamente, como ?urna mortuária?. De todo modo, essa acomodação, que Borges não consegue deixar de encarar (no espelho, metaforicamente), o assombra: ?os espelhos têm algo de monstruoso? (página 15).
Kassio Coimbra 27/04/2024minha estante
Estou encantado com seu texto. Não sei se conseguiria ler esta obra diante da complexidade, mas fiquei instigado a tentar! ???????


Guilherme Amin 28/04/2024minha estante
Obrigado, amigo! ??


Vania.Cristina 28/04/2024minha estante
Eu já estava querendo ler Borges, agora então...


Guilherme Amin 28/04/2024minha estante
Que bom, Vania!




Luana.Iannone 12/04/2024

Não sou mais a mesma
Não é exagero falar que esse livro me mudou. impressionante como é bem escrito, as infinitas referências do autor, os temas inesgotáveis que ele aborda. a criatividade ao tratar de temas já tratados sei lá, milhares de vezes na história da literatura. no começo senti dificuldade de entrar no modo borges, achei um pouco difícil a escrita, mas depois que eu engatei o livro foi incrível até o final.
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Paula.Brener 11/04/2024

Ficções de Borges
A obra possui escrita erudita, tornando a leitura difícil e cansativa. Mas vale o esforço. Alguns contos trazem reflexões impressionantes e marcantes. Destaco como os que me marcaram em especial: A Loteria de Babilônia; Funes, o memorioso; O Sul; Pierre Menard o autor do Quixote; e Tlön, Uqbar tertius.
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Marianacmraa 26/03/2024

Maravilhoso!
Não costumo ler contos, mas estes são perfeitos. De certa forma, me sinto um pouco simplista em dizer apenas que gostei e que são contos muito bons e que vocês deveriam ler, mas é isso mesmo.

É meu primeiro contato com Borges e estava muito ansiosa, e um pouco preocupada se iria entender ou não, mas foi muito tranquilo. Com certeza não entendi todas as referências e camadas do texto, mas nada que boas releituras e estudo não resolvam.

Recomendo muito! É um ótimo livro!
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