Stella F.. 24/02/2021
Perdão
Apesar de denominada comédia, utiliza dos já conhecidos valores usados nas tragédias de Shakespeare, sem a morte.
Um rei usurpado pelo irmão, por estar sempre interessado em livros, principalmente de magia, é jogado ao mar com sua filha Miranda, mas um fiel serviçal, o coloca em um barco com seus pertences, e esse rei, Próspero, vai parar em uma ilha deserta.
Uma ilha com vários seres fantásticos, deusas, bruxas e lá ele reina, usurpa a ilha, de uma certa maneira, de Calibã, que a herdou de sua mãe.
Calibã e Próspero são amigos, mas o “monstro” (meio homem/meio peixe) comete o erro de tentar estuprar sua filha Miranda. A partir desse evento torna-se escravo de Próspero.
Há também um ser bom, Ariel, um tipo de anjo, que para ser livre novamente, deve seguir as orientações de Próspero com sua vingança junto à sua corte que está em alto mar, voltando da África.
Próspero encomenda uma tempestade, e deixa o mar revolto, e ilude com sua magia a todos, fazendo a todos os tripulantes prisioneiros em sua ilha, até que ele tenha completado a vingança.
Ferdinando, filho do rei Alonzo, chega à ilha, mas fica separado do grupo principal, e conhece Miranda, por quem se apaixona, fazendo que uma primeira parte do plano de Próspero se realize.
A segunda parte, é fazer acreditar a todos que Ferdinando está morto, e tentar reaver o trono.
Ele coloca em cena, seres mágicos, fórmulas para iludir os pensamentos, e no final se apresenta. Ficam todos admirados como ele ainda está vivo.
E no final ele consegue reaver o trono, perdoa a sua corte, e casa sua filha com Ferdinando com o aval de seu pai Alonso.
Vemos em mais essa peça de Shakespeare os ingredientes de ambição, poder, maldade, mas também perdão e amor.
“Somos feitos da matéria dos sonhos; nossa vida pequenina é cercada pelo sono”.
Gostei bastante!