Pablo Eggscobar 11/09/2024
Carisma e vingança
A primeira parte é a minha favorita, amo livros sobre tramas políticas e todo o raciocínio do que dizer e não dizer, me fascina. Estávamos sempre cientes do que os personagens falavam e pensavam e porque agiam como agiam.
A descrição da chegada, mesmo que para muitos seja tedioso, para mim um bom livro deve começar com descrições de tudo para realmente imergir na história.
A história é interessante de ler, você se apega aos personagens e entende suas intenções.
Será que entende mesmo?
Posteriormente a leitura li sobre o autos da história e ele diz:
?Bem, nunca confie que líderes estarão sempre certos. Eu trabalhei para criar um líder, neste livro, que seria atrativo, uma pessoa carismática, por todas as boas razões, não pelas razões ruins. Aí ele ganha poder. Ele toma decisões, algumas das quais feitas pensando em milhares e milhares de pessoas, que, na real, não foram muito boas?
Pensei que gostaria de ter lido isso antes da leitura do livro, porque muitas vezes me peguei pensando que o mito era verdade e que talvez Paul seria o messias, Lisan Al Gaib.
Assim, eu tinha que constantemente me lembrar que a história foi criada pelas bene gesserit e que Paul não fez nada de especial.
Isso me fez refletir bastante sobre liderança, esse messias não tinha nada de especial, não era mais duque, não tinha familia, dinheiro, completamente dependente dos Fremens aceitarem ele. Mesmo assim, as próprias pessoas que ele dependia se tornaram dependentes de sua palavra. Se jogaram a guerra, no fogo e na morte por ele.
Ele apontou o caminho e a cada momento viamos ele perdendo cada vez mais o senso de humanidade, ele enxergava a vingança.
?seu pai teria se importado mais com as vidas?
Gurney Halleck diz a ele já em um momento de guerra, e assim se concretiza, o poder corrompeu suas mãos e possibilitou suas vontades. Não existiam mais o Fremens, e sim os liderados.