Kath 07/06/2022
Não foi o que eu esperava, mas vale a leitura
"O sábio deve se apoiar na sabedoria da natureza, e não na inteligência dos homens."
Um recorte da milenar sabedoria chinesa em contos simples, cotidianos e, alguns, com metáforas bem elaboradas sobre política. Essas trinta fábulas são um retrato da sociedade chinesa antiga, todos com cunho moral e filosófico, alguns, inclusive, que vi referências em novels como Ashes of Love e Mo Dao Zushi, o que demonstra que é um conhecimento que continua a ser passado pelas gerações.
Os que mais me chamaram a atenção foram:
O homem que queria mover as montanhas, ele demonstra a perserverança que contagia todos e perdura nas gerações futuras se bem ensinada. Não há nenhum problema que dure eternamente e não possa ser resolvido com resiliência.
Esperando um coelho eu lembrei de ter visto em MDZS, inclusive, comecei a rir assim que iniciei a leitura. Fala sobre a preguiça, um homem morre de inanição por contar com a sorte de um coelho morrer ao se chocar com uma árvore ao invés de trabalhar para conseguir seu sustento.
Há também o do homem que sonhou que era uma borboleta e, ao acordar, começou a indagar-se se ele havia sonhado ser uma borboleta ou se a borboleta havia sonhado que era ele. Essa é mais uma fábula filosófica e existencial, inclusive, o anime Kuroshitsuji faz alusão a esse conto em um de seus episódios.
O lobo de Zhongshan conta sobre um monge maoísta que salva um lobo de ser assassinado por um oficial, mas depois acaba sendo ameaçado pelo próprio lobo que salvou, fala sobre ingratidão.
A direção errada é outro muito interessante que conta sobre um homem desejando invadir o estado de Chu, armado com um poderoso exército e riquezas, ele estava indo pela direção errada e um homem lhe diz que não importa o que ele faça ou tenha, nunca atingiria seu propósito se seguisse pelo caminho errado. É autoexplicativo.
Gostei muito, é uma maneira bacana de conhecer um pouco da fascinante cultura chinesa, embora quando comprei esperasse algo mais, valeu a pena.