Bya 02/03/2023
Vicariamente...
"É sentir prazer através do prazer do outro." Pelo que me lembro, essa é a definição dada por Anthony...
(Pode haver spoilers implícitos, você foi avisado)
Como a Jojo consegue fazer isso cara? Depois de escrever um livro desse, como ela consegue viver depois? Porque o leitor fica sem chão. Aquela sensação depois de terminar o livro do tipo, "o que eu faço da minh vida agora?"
Não costumo gostar de histórias complicadas, em que o amor floresce entre compromissos. Como o Rory, quero ver a vida menos complicada e os relacionamentos mais simples, como sabemos que não o são. O que não justifica adultério a meu ver, porque os sentimentos não são mais fortes que nosso poder de escolha. A escolha de ceder a eles ou não, mas sempre há a escolha.
Comecei relutante justamente pelos meus princípios com relação a isso, e o livro me pegou desprevenida. Por mais que tivesse sido alertada que amaria o livro, no começo duvidei que o acontecesse. Não tinha empatia por alguns personagens, e a Jojo como uma boa autora nos mostrou perspectivas diferentes das mesmas pessoas, visões de olhos diferentes, o que só tornou tudo melhor.
Na medida que as peças vão se encaixando, o livro te consome de uma forma que é impossível parar de ler. Até chegar num ponto que desacelera, você recupera o fôlego, e logo vem mais emoção. Como uma montanha russa prazerosa, em que você chora e ri, e reflete a sua vida quando chega no topo antes do precipício.
Jojo apesar de fazer um romance romântico com todo o destino traçado para o final feliz, ainda nos mostra a complicação de uma vida real em que meros minutos de desencontro custam anos de uma vida.
Amei o decorrer do juntar de peças, acho que tornou tudo ainda mais interessante, e valeu tanto a pena que ao fechar o livro chorei. Estava com saudade do prazer de se sentir hipnotizada a devorar um livro.
A escrita dela ainda transborda em minhas palavras, embebendo minha mente, e faz eu me sentir impelida a ler mais livros dela imediatamente.
Agora vou ver o filme, já sabendo que será só a pontinha do iceberg de maravilhosidade que o livro é.
Já dá vontade de ler o livro de novo como se fosse a primeira vez.