As Três Irmãs

As Três Irmãs Anton Tchekhov




Resenhas - As Três Irmãs


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Gláucia 28/07/2012

Ah, o tédio...
As três irmãs vivem sua vida tediosa numa enfadonha cidade do interior da Rússia e em sua solidão alimentam todas a mesma ideia: fugir da monotonia indo viver na efervescente Moscou. Mas o destino às vezes é inexorável.
Marta Skoober 28/07/2012minha estante
É uma novela ou um romance?


Letícia 26/06/2013minha estante
É um texto teatral.




Guilherme 05/04/2024

Corriqueiro
As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, é uma narrativa simples com foco nos problemas e dificuldades da vida. Sinceramente, não causou grande impacto em mim, mas sinto que essa era a ideia original do autor, subverter as noções de texto dramático vigentes. Ainda assim, não é algo que eu tenha apreciado e, se me perdoam a comparação, fez com que eu me sentisse assistindo um filme da sessão da tarde. Corriqueiro, cotidiano...
Cat Lu 05/04/2024minha estante
Acho que um filme da Sessão da Tarde é mais emocionante. Mas as pitadas de ironia e reflexões sobre a vida me fizeram gostar do livro, no final, apesar de que não me impactou também e vou esquecer dele eventualmente.




renandb7 25/01/2019

Sei que é um clássico, mas a leitura não me prendeu muito. Alem disso a divisão de capítulos e parágrafos pode dificultar as vezes. No mais, vale por não ser muito longo.
Manuella_3 03/07/2019minha estante
Oi, Renan, te mandei msg




Cat Lu 24/03/2024

Primeiro livro dramático e russo que li.

Enrolei bastante para começar, pois não me interessava muito por esse gênero e achei que não fosse gostar. Contrariando minhas expectativas, a leitura não é difícil, muito pelo contrário. Mesmo tendo sido escrito em 1900 achei ele bem atual e só me perdi um pouco no que diz respeito à cultura russa (e alguns diálogos que achei meio sem sentido).

O drama conta a história de três irmãs que moram no interior da Rússia, mas sonham em voltar para Moscou. Os personagens são muito sofridos (e o motivo eu não entendi bem). Há várias reflexões sobre a vida durante a história e achei ela leve e interessante. O contexto banal do cotidiano aproxima ela do leitor (apesar de que, como eu disse, a diferença de cultura, época e linguagem fizeram com que eu não compreendesse o drama tão profundamente).
Guilherme 04/04/2024minha estante
Começarei a ler agora mesmo, debateremos em breve.




fallchord 18/11/2022

nós vamos ser esquecidas.
eu queria muito começar a ler literatura russa e livros curtos são uma boa aposta para isso. comecei a ler as três irmãs para começar a ter contato com esse tipo de escrita e não me arrependo.
eu gosto muito quando um livro explora a infelicidade e a raiva de mulheres, e esse faz isso com maestria. além de exibir outra característica que eu gostei que é a união entre irmãs mulheres, acho divino.
tive certa dificuldade em entender alguns pontos do livro, mas em um geral, consegui entender tranquilamente, afinal, a literatura russa é amedrontadora. portanto, entender um livro RUSSO é demais!!
a escrita é MUITO BOA, fiquei de cara com a pontuação extremamente correta em tudo.
as reflexões filosóficas também são interessantíssimas.
em um geral, é um livro com uma história cativante e legal, com certos tópicos complicados, mas compreensível. muito bem escrito :)
vale ressaltar que é uma peça! mas isso não impede seu raciocínio, acho que inclusive ajuda!
fallchord 18/11/2022minha estante
dei 3.5 pela dificuldade de compreender algumas passagens, acho que isso atrapalhou o decorrer do livro.




Lis 13/08/2009

Uma boa representação da vivacidade do povo russo.
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Lucas Ferreira 30/11/2009minha estante
Vivacidade? eu diria morte em vida ante a modernidade. Diálogos sem sentido para representar o quanto estas bestas frente a este movimento que arrasta a todos.




Ricardo Santos 30/12/2012

um mestre obrigatório
Tchekhov é considerado o pai do conto moderno. Ele revolucionou a narrativa curta (e o teatro) na virada do século 19 para o século 20. Abandona-se um estilo moralizante e onisciente para um texto mais aberto e ambíguo. Tchekhov é o mestre do silêncio, das entrelinhas. Para ele, menos era mais.
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Fabio Michelete 17/05/2014

O que é o Homem sem seu trabalho?
Admirado por Tolstoi, James Joice, George Bernard Shaw, e outros nomes importantes, Tchekhov foi médico e famoso escritor russo. Sua literatura se destacou ao representar técnicas modernas para sua época, como a desconsideração por um final ou fecho para a história, e a elaboração psicológica das personagens e a representação de seu fluxo mental.

Foi por isso que “furei a fila” de meu planejamentos de leituras, iniciando o quanto antes “As três irmãs”. Para quem está habituado a romances, ler uma peça de teatro gera um estranhamento inicial. Foi assim que me senti também ao ler “O amor do Soldado”, peça de Jorge Amado. Tchekhov nomeia as personagens, faz uma descrição simples do cenário, e parte para o ato, com variadas interações se alternando, gente entrando e saindo, mas o ambiente intacto, sem descrição de mudanças. Como alterna entre os nomes e os apelidos (Maria torna-se Macha, ou Machenka), algumas vezes tive que reler os trechos, buscando entender a quem uma fala se dirigia. Tudo o que acontece - e não espere muita ação - é descrito nas falas deles. Não há recursos descritivos para o que está acontecendo. Não há uma voz do autor, outra característica deste tipo de obra.

Não cheguei a sentir falta de um fecho. Não há essa necessidade. Estamos acompanhando a história como alguém que observa pela janela, despercebido. Não sabemos o passado, e tampouco o futuro daqueles que se manifestam, e entendemos o que acontece com base em dicas de suas falas, ou em lacunas que preenchemos com nossas teorias. Não estamos testemunhando um acontecimento atípico, apenas o fluxo da vida, suas conclusões e insatisfações.Fiquei suficientemente entretido com o fluxo ao longo da peça. As personagens bem descritas fazem você querer acompanhar as cenas, digerindo o que cada uma pensa, analisando e mergulhando em seu contexto de vida.

Os temas envolvem desde os costumes russos e interação entre familiares e conhecidos, a uma crítica social. Formado médico através de seu esforço, Tchekhov viu e tentou ajudar os pobres de sua cidade. Critica a aristocracia russa, tanto quanto Tolstoi tenta fazer com seu Liêvin (Ana Karenina). Mostra-lhes a futilidade e falta de propósito de vida. O tédio irremediável, e seu combate por meios duvidosos, como o acúmulo de cultura, brigas pueris, a bebida, ou o jogo.

Talvez tenha sido o cenário que antecedeu às revoluções que ocorreram naquele país, e que tanto alteraram o panorama político e econômico mundial. Ainda assim, não é explícito ao abordar o tema, não torna o livro panfletário. Escolhe como meio de entrada nesse assunto o drama de pessoas hábeis e inteligentes, que não conseguem ver seu valor e sentido para vida por não constituírem sua identidade social através do produto de algum trabalho.

“Ah! A nostalgia do trabalho! Como a compreendo, meu Deus. Nunca fiz nada, em toda a minha vida. Nasci em São Petersburgo, uma cidade fria e ociosa. Nasci de uma família que jamais conheceu trabalho e preocupações. (...) Já se está preparando uma boa e formidável tempestade que avança, que já está perto, que muito breve vai cair sobre nossa sociedade e vai ´varrer´ a preguiça, a indiferença, a podridão do tédio, os preconceitos contra o trabalho. Um dia, trabalharei.”

Como primeira leitura, provou seu valor (como se pode atestar nos trechos selecionados abaixo), mas talvez se deva começar por uma de suas crônicas. Numa pesquisa rápida, a mais famosa é “O Jardim das Cerejeiras”.

Frases selecionadas:

“Muitas vezes penso: e se recomeçássemos a vida, desta vez conscientemente? Se vivêssemos uma vida como quem faz um rascunho, e pudéssemos vive-la de novo passada a limpo? Então cada um de nós teria sobretudo tentado não se repetir e tentado criar condições d evida diferentes, uma casa florida, como esta, cheia de claridade.”

“Depois de nós, os homens viajarão de balão; as roupas terão mudado de forma; descobrirão, talvez, um sexto sentido e o desenvolverão, mas a vida continuará a mesma, uma vida difícil, plena de mistérios e feliz. Daqui a mil anos o homem suspirará como hoje: “Ah! Como a vida é dura!”. Mas, da mesma maneira que hoje, terá medo e não quererá morrer.”


“A vida é pesada para se carregar. Muitos entre nós a consideram silenciosa e desesperada e no entanto devemos confessar que ela se torna dia a dia mais luminosa, mais fácil e tudo nos faz crer que não está longe o tempo em que ela se iluminará inteiramente.(...) Hoje tudo isso já foi vivido, deixando para trás um enorme vazio que não sabemos evidentemente como preencher. A humanidade procura apaixonadamente e encontrará, é certo, Ah! Mas que ela se apresse!(pausa) Se se juntasse a cultura à capacidade de trabalho e a capacidade de trabalho à cultura, então...”
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Dose Literária 21/05/2014

As Três Irmãs - Anton Tchekhov
Admirado por Tolstoi, James Joyce, George Bernard Shaw, e outros nomes importantes, Tchekhov foi médico e famoso escritor russo. Sua literatura se destacou ao representar técnicas modernas para sua época, como a desconsideração por um final ou fecho para a história, e a elaboração psicológica das personagens e a representação de seu fluxo mental.

Foi por isso que “furei a fila” de meu planejamentos de leituras, iniciando o quanto antes “As três irmãs”. Para quem está habituado a romances, ler uma peça de teatro gera um estranhamento inicial. Foi assim que me senti também ao ler “O amor do Soldado”, peça de Jorge Amado. Tchekhov nomeia as personagens, faz uma descrição simples do cenário, e parte para o ato, com variadas interações se alternando, gente entrando e saindo, mas o ambiente intacto, sem descrição de mudanças. Como alterna entre os nomes e os apelidos (Maria torna-se Macha, ou Machenka), algumas vezes tive que reler os trechos, buscando entender a quem uma fala se dirigia. Tudo o que acontece - e não espere muita ação - é descrito nas falas deles. Não há recursos descritivos para o que está acontecendo. Não há uma voz do autor, outra característica deste tipo de obra.
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glhrmdias 15/11/2015

3,5
Apostando no subentendido, nas entrelinhas e nas relações entre os personagens transparecidas através do diálogo, Tchékhov consegue transmitir a sensação de tédio inerente à vida das três irmãs protagonistas e, mais importante, deixar sempre no ar a eterna esperança, ou a crença que uma mudança para um local diferente representará uma mudança efetiva e positiva para o futuro dos personagens. Neste momento, a identificação do leitor pode pesar e é aí que reconhecemos a sutil habilidade do escritor como dramaturgo, justificando sua fama, bem como a da peça.
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Biblioteca Álvaro Guerra 06/11/2024

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8535105026
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Julio.Argibay 06/09/2017

Simples e eficiente
Primeira obra que li deste escritor russo. As três irmãs eh uma estória simples e interessante. A mesma retrata uma sociedade aristocrática com suas mazelas e a falta de propósito dos seus ricos personagens, uma superficialidade sem fim. Gostei, representa muito bem os escritores russos. Recomendo.
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Codinome 10/01/2018

Um pouco sobre "O Beijo e outras Histórias"
Hoje é dia de um autor russo: no caso, Anton Tchekhov (nome difícil de se pronunciar), um escritor que viveu e escreveu na segunda metade do século XIX e comecinho do século XX. Fez parte do grupo de escritores da era de ouro da literatura russa, como o grande Fiódor Dostoiévski (que já tive a oportunidade de ler algumas de suas obras), Liev Tolstói, Alexander Pushkin, Nikolai Gogol, entre outros. Esses três últimos eu ainda preciso ler algum livro deles para conhecê-los melhor.

Anton Tchekhov escreveu um vasto material: seu foco era peças teatrais, contos e novelas. Particularmente não gostei muito da peça "As Três Irmãs"; como diz o título, vou preferir falar dos contos inclusos no livro: uma pequena amostra de sua grande produção em contos. O livro possui quatro contos e duas novelas. Vou fazer uma rápida e despretensiosa análise sobre cada um:

1) O Beijo: conta a história de um sujeito que acaba dando um beijo em uma festa e depois fica fantasiando aquele fato, só pensando naquilo. Uma narração bem lírica.

2) Kaschtanka: conto sensacional de uma cachorrinha. O nome dela, Kaschtanka, ao ser traduzido para o português significa Castanha, um nome bem espirituoso na minha opinião. E a cachorrinha também é bastante espirituosa e somos levados por suas aventuras com seu antigo e novo dono. História bem divertida, mostrando uma faceta diferente do escritor, que pode evidenciar que ele gostava de variar suas temáticas.

3) Viérotchka: mais um nome feminino, também conta com o olhar sentimental do primeiro conto.

4) Uma Crise: fala a respeito de um estudante de direito que sente profunda náusea com as coisas que vê nas ruas e becos que vai com os seus amigos. Aqui inicia-se uma viagem ao interior do indivíduo que será marcante nas novelas finais.

5) Uma História Enfadonha: me chamou a atenção pelo tamanho ao início, pois comecei lendo pensando que era um conto, mas se tratava de uma novela, ou seja, uma narrativa mais longa. Bem interessante a abordagem do ambiente acadêmico, é muito bem descrito e mostra o domínio que o autor tinha. Fala sobre um professor universitário e que critica a sociedade e aquele seu micro-cosmo.

6) Enfermaria n.°6: novela final que conta a história de duas pessoas que ao início possuem filosofias contrárias de vida, mas que acabam se aproximando pelo sabor das adversidades da vida.

Escrevi bastante, melhor parar por aqui. Gostei de conhecer o trabalho de contos e novelas do autor! Ao fim do livro ainda temos curiosidades interessantíssimas sobre cada um dos contos do livro!
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Adriana1161 22/08/2019

Além do palco
Confesso que tenho um pouco de dificuldade para ler peças teatrais, principalmente com os nomes em russo, rsrs! Fico um pouco dispersa, mas não atrapalhou a leitura desta peça de Tchékhov. Vemos uma modernização em suas peças, como a importância do subtexto, e uma falta de ação, os protagonistas com dramas íntimos e diálogos não reveladores. A peça retrata também um tema da época, que era a falência da estrutura familiar, a falência da burguesia.
Enfim, a conclusão é a de que preciso ir mais ao teatro!
Personagens: Olga, Maria, Irina, Andrei, Natalia, os militares
Ah, e só pude compreender melhor essa leitura, depois da maravilhosa aula da professora Raquel Toledo @ratoledo no @lugardeler
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