Ibn.Al-Ahlam 22/07/2024
"[...] Só existiu um cristão, e esse morreu na cruz."
"A própria palavra cristianismo já é um equívoco."
Quando lemos Nietzsche, estamos nos desafiando, enquanto recebemos tapas e choques de realidade! Nietzsche, sem dúvidas, estava além do seu tempo e continua muito mais além do nosso. A ideia de progresso, que temos, há muito fora invertida: tornou-se decadência. Os valores morais modernos foram avessados; o cristianismo transformou o "falso" em "verdadeiro" e o "verdadeiro" em "falso", abstendo o instinto natural do povo, abstendo a ciência como fonte de evolução humana! O cristianismo como uma autodepreciação! ? Negação fatal da vida; tão antinatural que a crucificação de seu "salvador" é um símbolo de "amor" e "salvação". Ao contrário do que realmente pregou Jesus, os cristãos vivem a partir do ressentimento, rancor, imenso ódio aos seus "inimigos", o ódio os move, tal sentimento os trouxe à "criatividade" e, sem o devido tempo de experiência e decepções ? pois o que quaisquer projetos de leis necessitam é de demorado tempo, não só com êxitos ? criaram suas doutrinas e disseram "estas são as palavras de nosso Deus! Simplesmente obedeçam, pois há muito é obedecida e assim deve ser." Ser cristão é agir como Jesus Cristo agiu, pensou, fez e findou. Portanto, existiu apenas um cristão, e este morreu na cruz.
Esta é uma obra onde Nietzsche expõe a sua severa crítica ao cristianismo, posso dizer que expõe o seu ódio a tal religião. Apóstolo Paulo é duramente criticado por Nietzsche, alegando que há distorções nos ensinamentos de Cristo, criando uma forma de controle sobre as pessoas a partir do pecado, a partir do temor... De tal maneira os sacerdotes transformam o povo em um rebanho alimentado pelo medo e, como marionetes, são controlados com fios invisíveis.