Pessach: A Travessia

Pessach: A Travessia Carlos Heitor Cony




Resenhas - Pessach: A Travessia


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Déborah Capel 04/03/2010

Carlos Heitor Cony, nesse livro faz um paralelo fascinante entre a ditadura militar brasileira e o período em que os hebreus ficaram cativos no Egito. Mostra o quanto a falta de liberdade coloca o homem na posição de um escravo do Estado. Mas, ao mesmo tempo, evidencia a nossa incompetência em desfrutar da liberdade que por vezes gozamos.

Me identifiquei muito com o personagem Paulo Simon(Simões) no início do livro quando ele diz: "Não gosto do governo atual, mas jamais gostei de governo algum. Politicamente, sou anarquista, mas sobretudo sou comodista. Por isso mesmo, me considero inofensivo e covarde. Não estou disposto a dar ou a receber tiro por causa da liberdade, da democracia, do socialismo, do nacionalismo, do povo, das criancinhas do Nordeste, que morrem de fome. O fato político não me preocupa, é tudo."
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Juliana 28/06/2011

Achei meio piegas demais em alguns momentos.
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Elder F, 08/07/2012

Resenha - Pessach: a travessia
http://oepitafio.blogspot.com.br/2012/07/resenha-pessach-travessia.html
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DSaes 07/10/2018

Agradável surpresa!
Ganhei este livro dentre outros de um tio que estava desocupando sua estante, não conhecia o autor e nem do que se tratava. O nome "Pessach" que refere-se a um errado judaico a princípio não me despertou interesse, porem durante uma madrugada de insônia resolvi ler a primeira página e a coisa empolgou.

O personagem narrador/protagonista inicia com uma auto reflexão sobre sair da cama em seu aniversário de 40 anos, que por coincidência refletia meu próprio sentimento nesse ano de 2018 em que tenho 40 anos, e depois pesquisei que a obra foi escrita nos autos dos 40 anos do autor, o imortal Carlos Heitor Cony. Desde o início, o protagonista é um escritor carioca de razoável reconhecimento que lida com problemas cotidianos familiares de um homem divorciado, com uma filha adolescente em um colégio interno, seu pai um idoso judeu paranoico, e suas obrigações editoriais em meio a um cenário político represssivo durante o início da ditadura.

Nada de extraordinário até que após recusar o convite de um antigo amigo para se juntar a um grupo revolucionário de esquerda, o protagonista se vê arrastado a uma trama de perseguições, sequestro e se torna prisioneiro ao ponto de se envolver intimamente com a causa.

Uma obra sobre a ditadura escrita no auge destes acontecimentos com um retrato perceptivo e fiel aos fatos conhecidos mais de 50 anos depois dos acontecimentos, um final surpreendente com uma fuga desesperada, luta de guerrilhas contra o exército, drama e sacrifícios.

Super recomendo a leitura!
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jota 26/10/2018

Paulo Simões: antes e depois
Não li muita coisa de Carlos Heitor Cony (1926-2018) mas tenho boas lembranças de Quase Memória (1995) e melhores ainda de Pilatos (1974). Sobre este último, penso ter ouvido o autor dizer (num programa da TV Cultura, SP) que era seu livro favorito. Pessach: A Travessia (1967) é anterior aos dois, mas já marcava uma tendência em sua obra: a de sair do reduto burguês retratado em suas histórias até ali e cair no mundo. É isso que faz seu personagem, o escritor Paulo Simões, aos quarenta anos, na segunda parte do livro.

Como diz a sinopse, "mediante uma série de escolhas imprevistas e graduais", depois de algum tempo convivendo forçosamente com militantes contra o regime militar de 1964, Paulo supera seus conflitos pessoais e toma a decisão de se engajar no movimento dos guerrilheiros, derrubar o governo ou morrer. O título dialoga com o episódio bíblico da passagem do anjo da morte do Senhor sobre o Egito (uma das dez pragas), que feriu de morte todos os primogênitos, até mesmo os filhos do faraó. Este, ao final liberta os judeus de seu jugo, e a conduzi-los para a terra prometida estava Moisés; no livro há o personagem Macedo a guiar os militantes em direção à liberdade. Ou à morte, que também é uma forma de libertação.

Cony escrevia muito bem, claramente, é um dos nossos melhores autores contemporâneos e se Pessach: A Travessia não é tão interessante quanto Pilatos e Quase Memória, também é um grande livro em sua carreira, especialmente por sua primeira parte. A rotina de vida de Paulo Simões, tirando o fato de que ele é um escritor, faz do personagem um homem comum, com todos os problemas que os homens comuns podem ter, e nesse sentido ele é bastante próximo dos leitores. Penso que o mesmo não ocorre com o guerrilheiro Paulo Simões...

Lido entre 13 e 25/10/2018. Minha avaliação: 3,5.
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Nicoletti 05/03/2021

Mais uma vez surpreendido
Segundo livro que leio de Cony e mais um deleite garantido.
Em Pessach, acompanhamos um escritor que gradativamente vai se envolvendo na luta armada, num paralelo simbólico com a passagem da diáspora judaica.
Cony cria personagens que nos cativam e prendem da primeira à última página.
Excelente leitura.
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Mateus Guilherme 18/01/2023

Interessante, mas somente interessante.
Pra mim, o livro foi mais interessante por mostrar a dicotomia entre o partido comunista e os guerrilheiros na luta contra a ditadura militar do que pelo enredo em si; além disso, ver como muitos termos antes eram aceitos e hoje em dia foram lidos com tanto incômodo também foi interessante. A escrita do autor é fácil e rápida, o livro em si é gostoso de ser lido, mas a história não é nada revolucionária (rs).
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