Boca de Luar

Boca de Luar Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Boca de Luar


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Anny 09/09/2024

Crônicas... ZzZzZz
Algumas são boas, outras meio "blé". Um pouco entediante pra ler, li na força da fé em terminar do que realmente quis ler. Não vou dizer que são ruins, tbm não são tão boas assim...
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Maria19240 26/06/2024

Crônicas rapidinhas, leitura bem leve e gostosinha. Algumas das histórias tem um cunho mais ?filósofico? sabe, que nos faz pensar além do que está escrito, mas nada demais. É um bom livro
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leti 02/03/2024

Boca de Luar, de Carlos Drummond de Andrade
Foi minha primeira experiência com crônicas, assim como com a escrita de Drummond.
Ótimas histórias com ótimas críticas, reflexões e a quantia certa de humor. Não me prendo tanto, provavelmente por não ser uma narrativa contínua, mas são crônicas muito boas, gostosas de ler e que agregam na vida.
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Manu 18/01/2024

O conjunto das crônicas se torna mto interessante, mas se você pegar elas individualmente muitas são vazias e não são tão cativantes quanto as crônicas mais marcantes do livro.
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jota 22/05/2023

BOM: Drummond escrevia poesias por prazer; as crônicas eram encomendadas pelos jornais; ele se saiu melhor como poeta, claro
Lido entre 11 e 21 de maio de 2023. Avaliação da leitura: 3,7/5,0

Primeiro vamos ao título dessa coletânea de crônicas dos anos 1980, a última que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) publicou em vida (em 1984) e a que chamou de Boca de Luar: o que seria isso? A explicação vem no trecho abaixo, da crônica homônima, uma das cerca de cinquenta delas que fazem parte do livro:

“Você tem boca de luar, disse o rapaz para a namorada, e a namorada riu, perguntou ao rapaz que espécie de boca é essa, o rapaz respondeu que é uma boca toda enluarada, de dentes muito alvos e leitosos, entende?”

Isso posto, é desnecessário dizer muita coisa acerca de Drummond, um patrimônio da cultura brasileira, então vamos diretamente às crônicas propriamente. São todas inesquecíveis? Não, porque dependendo do assunto ou do modo como ele é tratado, uma crônica já nasce sob o signo da efemeridade. Ou seja, crônicas podem ser perecíveis. Elas quase sempre padecem desse mal, se não envelhecem com o passar do tempo, por outro lado, podem, digamos assim, desbotar, perder as cores.

Ou pior, certas referências necessárias para entender e usufruir um texto (você sabe quem foi Fig?) podem não ser do conhecimento de todos os leitores, especialmente dos mais jovens (Fig foi o presidente Figueiredo, de triste memória, aquele que preferia cheiro de cavalo ao do povo). Penso que isso ocorreu com várias delas aqui, lembrando também que eram publicadas em jornais diários quase sempre sobre assuntos do momento - no caso, no Jornal do Brasil, onde Drummond trabalhou como cronista durante mais de quinze anos.

Recentemente li O Gato Sou Eu, de Fernando Sabino (1923-2004), contemporâneo de Drummond, que trazia crônicas mais antigas do que as de Boca de Luar, mas que me pareceram mais saborosas do que as deste livro. Penso, mas posso estar enganado, que uma crônica escrita há sessenta ou setenta anos (caso das de Sabino) está mais cristalizada no tempo, é mais fácil de digerir do que algo que foi escrito mais próximo de nossa época e ainda não adquiriu ares de literatura ou adquiriu isso apenas parcialmente.

Vou tentar dizer isso de outra forma, sou apenas um leitor não um crítico literário, então talvez eu não saiba me expressar corretamente, mas uma crônica ou um conto de Machado de Assis (1839-1908) parecem leitura mais fácil de ser assimilada do que outros textos mais recentes, porque aqueles ganharam lastro com o passar dos anos. As coisas são mais ou menos assim na minha cabeça: no tempo de Machado se ouvia ópera, no tempo de Drummond também, mas igualmente um personagem deste podia estar ouvindo radinho de pilha. Radinho de pilha e máquina de escrever não me parecem objetos clássicos ainda (se é que serão algum dia), como uma bengala e a cartola de um dândi ou um bonde movido por tração animal, que Machado chamou de transporte “essencialmente democrático” numa de suas crônicas.

Da mesma forma, os usos e costumes dos personagens, que numa crônica não são desenvolvidos com profundidade por conta das características do próprio gênero. Também é bom lembrar que o próprio Drummond disse uma vez que crônicas ele fazia profissionalmente, enquanto “(...) poesias eu faço porque ninguém encomendou.” Quer dizer, crônica não era exatamente sua praia, a poesia, sim, tanto que ele é muito mais conhecido como poeta, um dos melhores da língua portuguesa.

De todo modo, há muita coisa boa em Boca de Luar, e destaco os seguintes textos: Casamento, Depois da Quarta Dose, Filósofo, Música no Táxi, O Velho etc. Para finalizar, tem o Posfácio do chato petista (também seria chato se fosse bolsonarista, claro) Francisco Bosco, Ao Fim, No Meio do Caminho da Escrita, empolado de Henri Bergson como ele só, mas sem a genialidade do filósofo francês, evidentemente.
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Calixto2 23/08/2022

Demorei tanto para começar a ler este livro e quando comecei de fato não consegui parar de lê-lo.
A forma com que Carlos escreveu crônicas sobre coisas rotineiras, coisas que acontecem em um dia normal de qualquer pessoa, me deixou bastante encantanda e fez com que eu tivesse a sensação que estava presente em alguns desses acontecimentos, como por exemplo em "Milho Cozido", onde consegui visualizar cada ato escrito ali e me imaginei na situação muita das vezes compartilhando a mesma sensação descrita. Confesso que tiveram duas crônicas que não entendi muito bem mas todas as outras conseguiram mexer comigo por pouco que fosse, uma das minhas preferidas é "Visitante Noturno", "Milho Cozido", "Não Faça Mais Isso, Dona" e "Amizade no Morro". É um livro que pretendo ler outras vezes pois sua leitura é fácil, satisfatória e algumas vezes até reflexiva. :)
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Emerson 22/06/2022

Um olhar ao comum
Foi a primeira vez que parei para ler crônicas desse autor tão marcante e pude conhecer uma faceta diferente dele, mais próxima de um jornalismo, mas ainda mesclado ao olhar poético. Como a maioria das antologias, esse livro também tem crônicas incríveis e crônicas não tão boas, mesmo escritas por um Grande. As crônicas são olhares ampliados do cotidiano, do real e do inútil da vida, o que não deixa de trazer muito da singularidade da poesia também. Assim, encontramos um Drummond muito mais descontraído, divertindo-se com o coloquial e informal, mas sem deixar de trazer uma luz viva a acontecimentos tão comuns e invisíveis ao nosso olhar. Algumas crônicas são muito engraçadas, outras acabaram se perdendo e sendo maçantes, por mais que fosse proposital que fossem, mais outras ainda são bastante críticas e manifestam um posicionamento político do autor, o que revela esse lado ativista e preocupado do Drummond. No geral é uma obra muito agradável e fácil de ler, com inúmeras crônicas curtas do autor que não envelheceram, mas continuam bastante atuais.
"Você tem boca de luar, disse o rapaz para a namorada, e a namorada riu, perguntou ao rapaz que espécie de boca é essa, o rapaz respondeu que é uma boca toda enluarada, de dentes alvos e leitosos, entende?"
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lhaints 17/02/2022

to apaixonada por esse livro.
Drummond tem uma escrita simples e cativante; histórias criativas que me fizeram sorrir e rir durante a leitura. ansiosa pra ler mais obras dele!
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Alexandre 28/11/2021

Crônicas de Drummond
Nesse livro tem umas crônicas que na minha opinião são bem rasas, mas o conjunto geral da obra é bem interessante. O autor retrata a vida com sua ironia e reflexões até que engraçadas. Primeiras crônicas que li do autor. Recomendo.
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Luís Otávio 11/06/2020

O frívolo cronista
Boca de Luar é daqueles típicos livros de sebo, que te atrai pelo título e pelo o autor: o grande Carlos Drummond de Andrade! Mas o livro surpreende por fugir de toda a genialidade e profundidade a qual estamos habituados no poeta. Existem crônicas interessantes, crônicas divertidas e muitas crônicas banais, desinteressantes, que apenas cumprem a função de preencher uma página em branco. E tudo bem. A grandiosidade também é sobre saber que não dá pra ser grandioso o tempo todo.
Alexandre 20/11/2021minha estante
Muito boa opinião




jade martins 21/02/2020

Primeiro contato com o autor, gostei muito da escrita e dos assuntos da maioria dos contos, como o "Visitante noturno" que é o primeiro dessa coletânea. Alguns bem divertidos outros um pouco chatos, mas no geral é uma ótima coletânea.
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Henrique Fendrich 04/09/2019

A frivolidade nada inútil de Drummond
Octogenário, Drummond continuava fazendo crônicas leves e joviais – talvez até frívolas, sem que vá aí nenhum demérito. Pelo contrário, o cronista sabia que o inútil tem a sua forma particular de utilidade. Por isso reivindicava o espaço descompromissado no jornal, sem necessidade de esclarecer problemas, orientar leitores, advertir governantes ou ditar normas aos senhores do mundo. Até pede desculpa por não se ocupar de notícias, mas se justifica dizendo que “tudo que se passa no coração da gente é notícia”. E o que seria de nós se tudo o que pudéssemos ler seguisse os critérios de eficiência, produtividade e rentabilidade! Mas vem aí um Drummond, junta um punhado de crônicas, organiza um livro como “Boca de Luar” (Companhia das Letras, 2014) e consegue até esclarecer problemas do coração da gente.

De fato, o cronista se ocupa de assuntos domésticos, cotidianos, triviais, tão característicos do gênero. Muitos episódios nascem no ônibus, no táxi, em um encontro informal na rua. São bastante frequentes os diálogos, aparentemente nem todos reais, mas todos reveladores da grande sensibilidade do escritor. O cronista se detém diante dos pequenos dramas humanos e existenciais de uma cidade superpovoada. No meio do “descompromisso” é possível perceber uma latente inquietação social, uma preocupação maior com os mais humildes, normalmente os personagens de suas crônicas. Há mesmo uma ironia frente a algumas convenções sociais e aos interesses do jet set, e um certo desconforto com os rumos da civilização.

Embora nenhum texto seja eminentemente político, é curioso observar, aqui e ali, algumas pequenas insinuações de Drummond em relação ao momento em que pais vivia nos primeiros anos da década de 80, quando se ansiava pela reabertura democrática. Também os problemas municipais, no Rio de Janeiro, interessam a ele, mas sempre pelo viés mais poético – e não era de se esperar outra coisa vindo de quem vem. Há crônicas arrebatadoramente líricas, como “Carta de amor” e, sobretudo, “Agora pensei em Rosa”. O escritor faz ainda alguns pequenos contos, exalta alguns tipos curiosos, relembra alguns episódios do passado, e promove até mesmo algumas experiências formais. Tudo de forma muito bonita e permitindo ver muito do que pensava o nosso maior poeta, também um dos nossos grandes cronistas.

site: http://rubem.wordpress.com
Anthony Almeida 17/11/2021minha estante
Eu quase chorei quando li "Agora pensei em Rosa"




Ronaldo 13/11/2017

Saboreie cada crônica
Confesso que nunca tinha lido C.Drummond, e neste ano devido alguns motivos estou empenhado em ler mais literatura nacional, depois de ter lido alguns (M. De Assis, C. Lispector, J. Alencar, M. De Andrade, E. Veríssimo...). Fui mt empolgado para lê-lo, como sou mt mais apreciador de prosa do que de poesia, fui em busca de algo relacionado. E neste livro, podemos verificar inúmeras crônicas (ou como o próprio Drummond gostava de denominar "histórinhas"), nessas histórinhas percebemos bem a característica de texto de Drummond (eu particularmente achei bastante semelhante a de M. De Assis), histórias do dia a dia, ou até msm detalhes do dia a dia que passam despercebidos pela maioria, e que são contados com brilhantismo, sarcasmo, crítica, e ironia.
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