O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


1163 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Samyra33 10/08/2024

Contraditória
Rachel de Queiroz foi uma pessoa contraditória, ao mesmo tempo que criava livros com mulheres fortes, com mazelas sociais e muitas críticas, apoiava a ditadura e dizia não ser nada do que ela escrevia. Então ela cria em mim, um misto se sentimentos.

Esse sentimento de quebra de expectativa, mas ao mesmo tempo o sentimento de ter lido algo tão bom, algo que conta a história do meu povo (como cearense, que cresceu ouvindo as histórias das secas), conta uma história sofrida, mas ainda cheia de esperança.
Inclusive, como cearense, sei a alegria de quando vem a chuva, de como as pessoas rezam para São José, de como elas lutaram e continuam lutando... Morei por alguns anos no mesmo bairro em existiram os campos de concentração em Fortaleza, ler o esse livro é ler a história do meu povo, da minha família, e sentir como o passado moldou o presente.

As vezes prefiro pensar que quando alguém escreve um livro e ele é lido por alguém, esse livro passa a ser desse leitor, esse livro conta uma história diferente pra cada pessoa que lê. E ela pode ter sido contraditória, mas é inegável a importância desse livro ao contar a história de um povo, a dor, a fome, a seca.

Um livro que se torna parte da imaginação humana, um compilado de palavras que se tornam tão importantes, mesmo que só pra uma única pessoa, e dessa forma faz parte da história.
comentários(0)comente



Iasmim.Suzana 09/08/2024

E tudo se avermelhou
Esse livro é sobre a dona Maria e o seu José, e seus nove filhos e a jornada deles em busca de melhores condições de vida. Durante a jornada alguns ficaram, alguns sentiram fome (comiam até macaco), alguns se sentiram impotentes, porém todos sentiam esperança ou não.
Não, o livro não conta a história deles, mas as similaridades são muito fortes.
Rachel merece meu obrigada, obrigada por esse livro, que livro bom, uma obra que revela a perversidade de uma seca que assolou o nordeste brasileiro em 1915, e retrata duas histórias síncronas com situações totalmente diferentes. Duro, triste e regional.
comentários(0)comente



Carol 09/08/2024

Li para a escola
Esse livro é bem realista conta a história da seca no nordeste e como as pessoas eram animalizadas devido a sua condição de vida.Uma coisa que eu não gostei muito nesse livro são as trocas repentinas de personagens achei que deixou a história um pouco confusa.Apesar de querer saber o desfecho real das histórias do personagens da pra entender que a autora quis um final em aberto para trazer um ar de realidade ao livro sem aquilo de um final feliz pra todos como em um conto de fadas e sim como as coisas realmente funcionam na vida real.Como é um livro que eu li pela escola não é algo que me interresse muito e não li por livre e espontânea vontade oque eu acho que acaba tirando um pouco o divertimento da leitura
comentários(0)comente



ari 09/08/2024

Era uma leitura para a escola e no fim até que gostei.
Achei interessante, retratar algo real e verdadeiro tanto para a época quanto o que podemos ver nos dias atuais, porém achei a escrita um pouco difícil e confusa.
comentários(0)comente



Amadeu.Rebouças 09/08/2024

O impacto da seca em diferentes classes sociais em O Quinze.
O livro mostra um panorama da seca de 1915, no Sertão nordestino gerando um fluxo migratório no Ceará e determinado o destino das pessoas.

Dividido em dois núcleos, um com a jovem Conceição levando a avó para capital, deixando seu primo Vicente, com quem terá um flerte amoroso cuidando de tudo no interior para fugir da seca, e em outro núcleo, sem opção, Chico Bento, a mulher Cordolina, e cinco filhos partindo em uma jornada angustiante em busca da sobrevivência, e todos vão se conectar nessa saga emocionante.

O contraste de uma história romântica, vivida por uma professora culta e um proprietário de terra rude, fica em segundo plano, o foco mesmo é o impacto da falta de água nas diferentes classes sociais de um povo resistente, cheio de fé contada de forma direta, crua, e poética.

Narrativa em terceira pessoa, linguagem coloquial, ágil, realista, personagens fortes, multifacetados, uma protagonista com ideias avançadas numa sociedade conservadora.

O Quinze veio pra impactar, escrito por uma mulher jovem, num momento literário predominante masculino, dando pioneirismo feminino a Raquel de Queiroz que se tornou primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, recebeu vários prêmios e se consagrau como uma das maiores escritoras do país.

A complexidade humana e seus dilemas morais diante da miséria é sintetizada com maestria nessa obra, leiam!

Ah! E o nome O Quinze foi devido ao ano de 1915, o ano da grande estiagem.

Raquel de Queiroz (17/11/1910 - 04/11/2003)
Elton.Oliveira 09/08/2024minha estante
Ótima resenha Amadeu ! Já ADC devido às suas impressões. Tô sempre tentando mesclar minhas listas com grandes obras brasileiras !


Amadeu.Rebouças 12/08/2024minha estante
Obrigado, eu procuro mesclar tb minhas leituras.




Otto Antonello 08/08/2024

É um livro curto, com uma linguagem acessível e clara, o que torna a leitura relativamente rápida (coisa de uma tarde, se você se dedicar a concluir logo). Apesar disso, é uma obra que deixa um impacto, um ?gosto? por um bom tempo depois de fechá-lo.

Algo que admirei na obra é a capacidade da autora de gerar imersão de forma simples. A narrativa não é cheia de enredos complexos ou metáforas excessivas. É direta e nítida, e talvez por isso retrate de forma tão viva o que se quer apresentar: as agruras dos retirantes.

Como o tema é o mesmo e são ambos clássicos da literatura, a comparação com ?Vidas Secas?, de Graciliano Ramos, acaba sendo inevitável. A principal distinção é que a obra de Rachel envolve muito mais diálogo; os personagens efetivamente ?falam?, o que deixa uma impressão mais vívida sobre o que pensam e sentem. Graciliano, por sua vez, foca (indiretamente) justamente no silêncio e na escassez de palavras trocadas entre os personagens de "Vidas Secas", passando a impressão de que as dificuldades são tamanhas e o foco tão grande em apenas sobreviver que as pessoas mal têm tempo ou condições de desenvolver ambições ou personalidades. Essa não é tanto a abordagem de Rachel, na minha opinião, justamente pela predominância de diálogos, falas e pensamentos explícitos, ao invés de presumidos em atitudes descritas pelo escritor.

Na versão que li, há uma introdução por Adolfo Casais Monteiro que sugere, entre outras coisas, algo que de fato notei na obra e achei interessante: não é um livro com propósito direto de ?militar?. A autora não procura encaixar o que tem a dizer dentro de um discurso específico ou particularmente maniqueísta de ?pobre bom, rico mau?, o que acaba sendo refrescante também.

Isso não quer dizer que não se extraia uma crítica social da obra, claro, mas a sensação que fica é a de que a autora só quis falar sobre algo e te deixa livre para observar uma cena de forma um pouco mais neutra ou isenta. Essa isenção não é total, evidentemente, mas o texto fica natural e agradável de ler. Você percebe que não é uma história de ?bem contra o mal?, e sim uma situação que afeta todos. Não sendo todos iguais, cada um é afetado conforme os recursos que têm para empregar em sua defesa e sobrevivência. Há quem não tem nada e morre ou quase morre; há quem tem um pouco e se vira; há quem está materialmente bem e ajuda; há quem está bem, mas vira o rosto. As pessoas são diferentes, e há espaço para altruísmo e egoísmo.

Outro ponto da história que chama a atenção é a forma como as agruras enfrentadas pelos retirantes são tão profundas e os efeitos da fome tão devastadores que a morte, ainda que muito sentida pelos personagens, soa quase como algo ?aceitável? e natural, a que ao mesmo tempo não se dá tanta atenção. Me causou uma sensação curiosa pensar que alguém possa passar pela situação de enterrar um dos filhos que caiu morto no meio do caminho e só ter que seguir viagem depois de enterrá-lo no chão seco. Em outro ponto, uma passagem que me marcou foi o comentário do pai em resposta à proposta de dar o filho mais novo para a madrinha, com mais recursos, que se ofereceu para cuidar dele: ?É? dê? Se é da gente deixa morrer, para entregar aos urubus, antes botar nas mãos da madrinha, que ao menos faz o enterro??. Imagine por um momento enterrar um filho no caminho e, depois, ser forçado a ?dar? o mais novo para não vê-lo definhar de fome. Terrível! E tudo isso transmitido sem pompa, apenas com uma narrativa direta, sem dramatizações e circunlóquios.

Bem, como nem só de seca trata a obra, podemos aproveitá-la para outras coisas também, como uma imersão nas conversas e preocupações que caracterizavam as relações pessoais na época. Por exemplo, há alguns trechos em que Conceição e dona Inácia discutem sobre o fato de aquela estar lendo livros que não são ?romance que o padre mandou?. Esse e outros momentos e diálogos mostram uma transição geracional de mentalidade: Conceição não se interessa tanto em ser uma esposa prendada, dedicada ao lar; possui aspirações mais parecidas com as de hoje em dia (estudar, ter independência), e enfrenta uma certa resistência conservadora da geração anterior, que acha que ficar lendo tanto livro só serve para ?ficar queimando os olhos, emagrecendo??. Eu acho particularmente curiosa a ideia de o estudo e a leitura ser encarado como um male, um problema! Isso é algo que lembro de ter visto em ?Triste Fim de Policarpo Quaresma? também, quando alguns personagens expressam preocupação com os estudos excessivos do protagonista. Parece que era corriqueira, entre o povo (e não necessariamente só entre as classes mais pobres, ressalte-se), a ideia de que ler muitos livros deixava maluco.

Terminei de ler o livro com muita fome, mesmo tendo acabado de jantar.
comentários(0)comente



lin3araujo 06/08/2024

O Quinze
Esse livro é muito importante, conhecer sobre a seca, fenômeno que marcou a história do meu Nordeste, é essencial para conhecer a história da região e a história do país como um todo
Li o livro por obrigação pela escola, por isso acho que não consegui aproveitar a experiência do jeito que deveria, mas mesmo assim não tem como negar o quão necessárias são as questões sociais trazidas e como a forma que as mesmas são apresentadas é tocante
Vale lembrar que a Raquel de Queiroz publicou o livro com só 19 anos, diva demais!
comentários(0)comente



julia 06/08/2024

?
A história em si é interessante, com reflexões acerca da situação social da época, mas repetitiva, chegou um ponto que ficava mais do mesmo. Além da confusão entre as histórias, sempre ficava perdida sobre quem era quem rs.
comentários(0)comente



Marianny17 04/08/2024

Brutal
É impressionante que ela só tinha 19 quando escreveu esse livro. Texto com linguagem simples comparando a época e com outros autores.
Que espetáculo de narrativa ???
Só leiam.
comentários(0)comente



Maria.Barreto 02/08/2024

O quinze
Esse livro me transportou direto para minha infância no sertão. Relembrei as expressões, chorei muitooooo e ri.
comentários(0)comente



vana 01/08/2024

Surpreendeu
Comecei por conta da escola, tenho uma apresentação com esse livro e precisava ler, não gosto
de levar a leitura como obrigação, então tentei dar uma chance de me interessar.
O livro possui um linguajar diferente, não é tão fácil de entender, mas vale a pena tentar, no início você se perde facilmente por conta disso, mas se ler e tentar bastante entende a situação em que eles vivem.
Um livro de pesar, a cada capítulo se torna uma necessidade ver as coisas darem certo, mostra a realidade passada antes e até nos dias de hoje por um grupo de pessoas do interior que tomam rumos diferentes ao lidarem com a seca.
comentários(0)comente



Lau.nyr 30/07/2024

?O comer era quando Deus fosse servido?
Publicado em 1930, a Rachel de Queiroz através da obra "O Quinze" vai retratar temas importantes e sensíveis de forma crua e realista. Ao trabalhar com a fome e a miséria apartir da seca de 1915, Rachel demostra a consequências da seca apartir dos personagens, em ênfase, Chico Bento e sua família. A Rachel vai trabalhar com outros personagens sem vitimizar nenhum deles, porém a forma em que cada um lida com situação nítida pois faz jus a classe social à qual participam.

Creio que o objetivo da autora era mostrar o lado cruel da seca, em até onde o homem se submete pelo desespero da fome. É um livro com uma escrita fluida e detalhista, que retrata a cultura e falar nordestino, li por influência da escola, mas gostei do enredo e em como a narrativa não se perde na história, pelo contrário, se caracteriza a ela. Ademais, é imperceptível não enfatizar a importância da valorização feminina que a Rachel trás à personagens Conceição desde o início da obra, pois naquela época, ainda havia a ideologia em que toda mulher precisa de um homem.
comentários(0)comente



lauthz 30/07/2024

Li por causa do conteúdo trabalho na escola, mas acabei achando um desenvolvimento legal durante o livro, mesmo não sendo o que costumo ler. Rachel de Queiroz soube trabalhar bem as palavras, sem deixar de forma cansativa, mas marcante.
comentários(0)comente



Grande.Leitora 29/07/2024

Necessário
Esse livro pode ser classificado como um romance, mas seu objetivo principal é mostrar os principais acontecimentos durante a seca. A leitura é fluída, fácil de entender e muito emocionante. A única coisa que eu senti falta foi o fim que teve Chico Bento e Cordulina. Mas de resto foi muito bom.

site: file:///C:/Users/User/Documents/Isa/Livros/O%20Quinze%20-%20Rachel%20de%20Queiroz.pdf
comentários(0)comente



Bruna.Stedile 28/07/2024

Peculiar
Achei intrigante como Rachel conseguiu fazer um romance romântico com a seca devastadora como pano de fundo. Ao mesmo tempo que me vi torcendo pelo casal, me vi angustiada pela tormenta que a seca trazia a todos os personagens. O dano causado é descrito de forma bem detalhada e pessoal, que aproxima o leitor do cenário e te faz compartilhar das dores e temores dos personagens.
Vale falar também que, escrito quando ela tinha 19 anos, o livro é um retrato fiel da situação da época, tornando ainda mais intrigante, já que provavelmente os personagens possam ter existido, portanto podem ter sofrido como eles sofreram no livro.
Ainda, vê-se uma pincelada de ideais feministas, o que é surpreendente para uma mulher brasileira em 1929.
comentários(0)comente



1163 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR