Iniciação ao Violão  - Vol. 1

Iniciação ao Violão - Vol. 1 Henrique Pinto




Resenhas - Iniciação ao Violão - Vol. 1


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Pedro 02/03/2022

Um dos melhores métodos para iniciantes?(!)
O livro descreve detalhadamente como o iniciante deve se portar com o violão, a técnica correta e as informações necessárias para entender como ler a partitura para o violão. Entretanto é interessante que se tenha conhecimento sobre leitura de partitura, pois nesse quesito o livro não é detalhado e não tem certas informações, pois esse não é o foco do livro.
Apesar de descrever a técnica, Henrique Pinto não era defensor da "técnica pura", trazendo uma abordagem mais prática e interessante para iniciantes: aprender e desenvolver a técnica já tocando peças. Ele traz peças maravilhosas e simples, com melodias que agradam e "grudam como chiclete" e repertório que ajuda no desenvolvimento gradativo do violonista.
O livro também é indicado para quem quer aprender sem auxílio de professor, porém, nesse caso, é preciso sensibilidade musical e foco em sempre melhorar e perceber seus erros. Nesse sentido gravar-se tocando e ouvir grandes mestres e suas interpretações é fundamental.
Em alguns aspectos não é tão detalhado quanto alguns métodos antigos, mas tem todas informações necessárias, incluindo tamanho e corte das unhas. Um aspecto de peso do livro é a escolha do repertório, que no viés de iniciação violonística, é melhor do que muitos métodos clássicos.
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Azaghurl 24/08/2024

O caderno mais difundido no Brasil sobre iniciação ao violão erudito
"Iniciação ao Violão – Princípios básicos e elementares para principiantes", inicia uma série progressiva que conta com um "segundo volume" e um "Curso Progressivo de Violão (Nível médio – para 2º, 3º e 4º ano)", nele o violonista Henrique Pinto, que é reconhecido mundialmente como um dos maiores didatas do instrumento, começa esta série didática em 1978 com este exemplar, que trata sobre questões teóricas, técnicas, histórica, e exercícios preparatórios para o repertório progressivo.

O caderno tem como proposta condensar os avanços técnicos e teóricos, resultado do acúmulo de pesquisa no instrumento desde o séc. XIX, em textos sucintos que explicam de forma direta a problemática atual — da qual o autor vai chamar de "adaptação natural físico-instrumental —, entre outros aspectos como a mitificação da "Escola Tárrega"; postura; mão direita e esquerda; polegar etc. A brochura lembra muito a organização dos métodos instrumentais do séc. XX, como o de Fernando Sor, ou Dionísio Aguado, com traduções em paralelo, que no caso deste material é espanhol. Em uma rápida pesquisa no "YouTube" é possível ver como o livro foi difundido também em países hispanófanos.

Os exercícios contidos no livro trabalham as questões técnicas que serão abordadas logo em seguida na "Coletânea de estudos melódicos e peças", há sempre, em todos os exercícios, descrições e lembretes de como tal ou tal técnica deve ser abordada no exercício em questão, o que é extremamente importante para o iniciante ser relembrado constantemente para uma maior fixação do conteúdo. É importante lembrar que este material não é um curso de "Teoria Musical", há nele até um esforço em relacionar o diagrama do braço do violão às notas na partitura, mas isso não é o suficiente, e o leitor dever ter um conhecimento, no mínimo introdutório, para conseguir, efetivamente, usufruir da brochura.

Após as explicações técnico-teóricas e os exercícios preparatórios, há então uma "Coletânea de estudos melódicos e peças, usando todas as notas estudadas" que são, em sua maioria, um compilado de excertos de grandes didatas do violão como: Antonio Cano, Napoleon Coste, Matteo Carcassi, Ferdinando Carulli, mas há também peças originais do autor. Essa coletânea trabalha os aspectos técnicos apresentados anteriormente, e progressivamente aumentado a complexidade, com uma diversidade de andamentos também.

Na segunda parte do livro, o Henrique Pinto faz acréscimos sobre questões já discutidas anteriormente, e apresenta novas técnicas, como o ligado e a pestana, há também mais alguns exercícios de reconhecimento de notas nas regiões mais aguda do instrumento. Apesar do autor tratar sobre estas técnicas com mais profundidade nos outros volumes, ele poderia ter aproveitado esta seção para enriquecer mais o conteúdo, com mais explicações, dicas, exemplos e exercícios sobre os elementos específicos em questão.

A terceira parte do livro é a "Coletânea de Peças Progressivas" onde enfim o autor traz "peças acabadas" do repertório erudito do violão, como a "Espagnoleta" de Gaspar Sanz, a canção inglesa "Greensleeves", "Lágrima" de Francisco Tárrega, o "Bourreé" de J. S. Bach, as peças completas do excertos já vistos, além de belas composições autorais.

Este material, há quase 50 anos após sua publicação, continua fazendo parte do currículo de graduações, cursos técnicos e conservatórios de música, sendo o principal material adotado por professores de violão erudito por todo o Brasil, para a iniciação de novos violonistas.
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