Ana 10/12/2021
Começo a acreditar que o livros possuem mesmo um instinto secreto que os leva aos leitores perfeitos para si, como nos diz a personagem Juliette Ashton, do filme A sociedade literária e a torta de casca de batata. Encontrei esse livro por acaso, numa das estantes da biblioteca pública que frequento e foi amor à primeira vista, pois é um conto que dá pra ler em uma tarde, e é muito prazerosa a leitura do mesmo.
Terpsícore, o título, faz referência à uma das nove musas da mitologia grega, a que se deleitava com a dança. Por que tal título? Por causa do casal protagonista, que se conhece graças a um baile onde o rapaz vê sua futura esposa dançando, se apaixona por ela, e assim, se casam. Mas a vida deles é muito difícil pois ambos não possuem muitos recursos, e aí acontece quase sempre de deverem aluguel, a venda da esquina, etc. Vivem assim se queixando da má sorte, sendo quase despejados da casa onde moram, até que um dia o marido aposta um valor e ganha quinhentos mil réis, e feliz, conta sua ventura à esposa. Pagam as dívidas atrasadas, e ele diz que mandará fazer para a mulher um belo vestido de seda, que ela usará numa festa de arromba que os dois promoverão sem se importar com o dia de amanhã. O conto parece simples, e mesmo assim nos faz refletir sobre alguns ditos populares: mais vale um gosto do que um tostão no bolso? Alegria de pobre dura pouco?
Enfim, leiam.