MARA 06/02/2013
O fidalgo da torre albarrã, Gonçalo Mendes Ramires, após formar-se em Coimbra, recebe, de um amigo editor, a tarefa de escrever uma novela narrando as valentias dos seus antepassados, principalmente o avô Tructesindo, para com isso içar a honra dos portugueses tão alquebrada! Apoiado por um poema épico escrito por um tio e mais livros remotos, toma da pena e inicia a tarefa que a princípio pareceu-lhe simples. As atividades de administração da quinta entrelaçam-se no romance e a fraqueza de caráter do fidalgo fica evidente. O arrepio que sente ante os perigos deixam-no miseravelmente constrangido. Até que um dia, após uma noite de pesadelos, ao ser afrontado pela terceira vez por um homem apelidado de "valentão das narcejas", toma de um chicote e surra-o. Ao ver sangue no chicote, já em casa, compadece-se do homem e evita que o mesmo seja preso. Ao final do livro, seu amigo João Gouveia diz que as qualidades e defeitos de Gonçalo unem-se à história de Portugal fazendo com que se fundam: pátria e patrício