Almoço Nu

Almoço Nu William Burroughs




Resenhas - Almoço Nu


21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Gustavo Kamenach 13/10/2024

O beatnik lisérgico
O almoço nu pode ser considerado a magnus opus de William S. Burroughs e a representação máxima da contracultura da geração Beat. Nessa obra escrita em 1959 que causou grande furor na época e não é para menos, pois ainda hoje ela causa espanto, repulsa e estranhamento nos puritanos e conservadores de plantão (que não são poucos dada a onda de conservadorismo que temos vivenciado). O texto explora abertamente o consumo de drogas dos mais diversos tipos e suas consequências, homoerotismo, linguagem explícita com muitos termos chulos, crítica social e política. Tudo isso misturado numa trama rocambolesca e surreal, com empresas e corporações, detetives e traficantes drogados não necessariamente nessa ordem. Situações para lá de bizarras como o clássico trecho em que Bill Lee conta sobre "um cara que ensinou seu c* a falar que foi adaptado de forma impecável por David Cronenberg em Mistérios e Paixões (recomendo fortemente esse filme, ele conseguiu o impossível, adaptar uma obra tão aberta e bizarra e um filme mais ou menos linear e coerente na medida do possível.

Além da temática polêmica já citada, a estrutura do livro é dividida em capítulos ou vinhetas como sugere a sinopse. Capítulos esses que podem até ser lidos de forma aleatória dada a descontinuidade do enredo. Não são contos por que nao se encaixam nessa denominação. Dentre essas vinhetas/capítulos, os que mais me impressionaram estão:

• Benway
A burocracia kafkiana embebida em heroína. A homossexualidade como fator determinate do sofrimento do autor, a pressão social a que ele estava submetido e sua vida marginal regrada a drogas são sintetizadas nesse trecho que remete tanto a Kafka quanto ao totalitarismo de Orwell.

• A festa anual de A.J:
Um texto altamente lascivo, chocante e escatológico... vai em uma crescente de teor erótico leve e até prazeroso de ler e imaginar culminando em bizarrices e narrativa surreal que confunde e enoja ao mesmo tempo.

• Corporação Islã e os partidos da Interzona:
Uma das melhores partes do livro, aqui temos:
Liquefacionários, divisionistas, emissores e fáticos. São os partidos que compõem a Corporação Islã, uma entidade que controla tudo e nada ao mesmo tempo e sua onipresença oprime, com seu caráter burocrático e maligno. Esses partidos lutam entre si, o que envolvem réplicas de si mesmo disfarçadas, seres insetoformes, corruptos, muita orgia e consumo de drogas junk. Entendeu algo? É... eu também não, mas é uma viagem incrível!

Definitivamente não é uma leitura indicada para os mais sensíveis, conservadores e reacionários... ou melhor talvez seja para esses indivíduos mesmo. O intuito da geração Beat que descortinou a hipocrisia da sociedade norte americana, deu origem ao movimento hippie dos anos 60 e abriu as portas para toda a criatividade e cultura dos anos posteriores.
edu basílio 14/10/2024minha estante
??????




Maurino 14/02/2011

A viagem do poeta beat.
Muita atenção, incauto leitor, nem sequer se aproxime deste livro se você for uma pessoa particularmente sensível ou se sofrer de problemas estomacais! Caso contrário, esse "Almoço nu" será a leitura mais indigesta de sua vida. Entretanto, se você tiver a coragem de se aventurar nesse clássico da literatura marginal, dispa-se de toda a sua semântica e da sua sintaxe, pois as representações, que até então o ajudaram, de agora em diante não lhe serão mais de nenhuma serventia. De longe o mais pirado protagonista da tresloucada Geração Beat, William Burroughs (Bill Burroughs para os íntimos), apresenta aqui a sua obra prima - que inspirou o conceito de "corpo sem órgãos drogado", do filósofo francês contemporâneo Gilles Deleuze.Narrando as suas experiências de junky pesado,através de um discurso indireto livre, delirante e intestinal, o autor ao mesmo tempo em que expõe as suas entranhas, deslinda uma das mais lúcidas e brilhantes análises do que ele chama de "lógica da droga". Aviso-o desde já que você não gostará desse livro assim tão facilmente; provavelmente nem passará do primeiro capítulo, mas caso queira se deixar assombrar pela fúria deste poeta beat, leia-o com coragem e humildade, pois ele é, como diria Nietzsche, humano, demasiado humano.
Cassio 09/12/2013minha estante
Maurino, indico o Caos do Acaso (Mauro Nunes) pra você ler.


Emme, o Fernando 03/02/2015minha estante
Obrigado, não vou ler !!!!


Aline 15/04/2016minha estante
Discurso intestinal?! Whataf*ck?


Aline.Rodrigues 17/04/2021minha estante
Não é para mim. Abandonei a leitura.


vicareno 05/01/2022minha estante
Até passei dos primeiros capítulos, mas não é para mim no momento: ando prezando mais do que o costume por um mínimo de coesão na escrita, e Burroughs, nesta obra emblemática, subverte muito.
Retomarei um dia, sem dúvidas!


Claudia.Pinto 13/09/2023minha estante
Quase morri de tédio já no inicio do livro. Insisti mas realmente... não deu. Abandonei.




Omo Felipe de oxalá 27/03/2024

Esse livros traz uma confusão que parece que o leitor tambem esta drogado, é um livro alucinante e alucinado, ele não é retilinio, não existe historia, so pedido de socorro do autor
comentários(0)comente



Phelipe Guilherme Maciel 09/12/2012

Que o livro fale por si...
"E agora voltemos novamente ao campo de batalha. Um jovem penetra em seu confrade, enquanto outro jovem amputa a parte mais orgulhosa do estremecido desse caralho, sendo beneficiário que o membro visitante se proteja para encher o vácuo que a natureza abomina, e ejacula na Lagoa Negra onde piranhas, impacientes, abocanham a criança não nascida; aliás em vista de certos fatos bem estabelecidos , é pouco provável que nasça."


Será que está escrito isso mesmo? Tento focalizar as palavras mas elas se separam em mosaicos sem sentidos
comentários(0)comente



Rafaele Albanezi 26/04/2017

Um almoço nu e cru junto a realidade que não conhecemos
A sensação nua e crua de ter o estômago socado com força. Essa é a principal reação que a leitura de O Almoço Nu, de William S. Burroughs, suscita naqueles que se aventuram desavisadamente por sua mais famosa obra.
Burroughs é um dos grandes autores que compõe a Geração Beat, movimento de artistas boêmios surgido no final da década de 1950, que valorizava o prazer pelo prazer, que cultivavam a criatividade espontânea e celebravam o fato de não se enquadrarem nas normas sociais impostas no período.
O romance não é linear e não possui um enredo definido, com uma cadência de acontecimentos. A ação transcorre em forma de mini narrativas, que vão apresentar em sua maioria a ótica do personagem William Lee e suas viagens, no sentido físico e figurado, que nos trazem as vivências de viciados em drogas, delírios, paranoias, sadismo e relações homoafetivas.
Uma viagem sem volta pelas sensações despertadas no organismo de um usuário de cocaína, o caos mental instaurado pela ausência da droga e a busca frenética e alucinante pelo componente que aplaca o vício. Relatos de relações sexuais que permeiam o sadomasoquismo e orgias regadas a entorpecentes. Esses são alguns dos cenários em que se encontram os muitos personagens dessa trama não costurada.
A obra se tornou um dos romances mais importantes do nosso tempo e redefiniu a literatura e a cultura americana. As narrativas se inspiram na vida do próprio Burroughs, que por muito tempo foi usuário de diversas drogas e algumas viagens que fez pelo México, Tânger e Estados Unidos.
Minha experiência com a narrativa não foi das melhores. Não sendo uma grande conhecedora do autor, do movimento ou mesmo das vivências abordadas, me vejo compelida a recolher-me a minha visão de mundo suburbana e tento de forma insatisfatória compreender a mente fragmentada de um dependente químico.
Em minhas aventuras literárias por autores com temáticas underground, admito, o mais longe que já fui se limita ao velhinho safado, também conhecido como Charles Bukowski, em um de seus romances nem tão safados assim. Kerouac e seu On the Road constam da minha lista mental de leituras obrigatórias da vida, mas ainda não tivemos a oportunidade de nos cruzar nessa estrada.
De volta ao almoço, sua narrativa emblemática ainda rendeu um filme, de gosto duvidoso e fama ao revés, de 1991, corajosamente dirigido por David Cronenberg, conhecido no Brasil como “Mistérios e Paixões”. A película é uma relíquia cult dos anos 1990, que já tive o prazer de assistir, e cujo enredo não sobreviveu ao crivo do tempo em minha mente, mas que encontrei à venda despretensiosamente na bancada de DVD’s das Lojas Americanas em um shopping de baixa circulação aqui da cidade. Quem efetua a distribuição desses catálogos nas unidades da loja, é coisa que me pergunto até agora.
Sendo uma obra tão marcante para a história da literatura americana, é de se questionar porque demoraram cerca de 10 anos para reeditar o romance no Brasil. Anteriormente publicado pela finada Ediouro, hoje se apresenta sob o guarda-chuva da Companhia das Letras, que pretende republicar o trabalho do autor.
Os temas do romance podem parecer triviais hoje em dia, mas em 1957, ano do lançamento, o livro causou muito incômodo, a ponto do próprio autor lançá-lo através de um pseudônimo, para não comprometer o nome de sua família. Apesar de não ter simpatizado, acredito, obviamente, que vale a aventura.

site: https://omenuliterario.wordpress.com/2017/04/26/um-almoco-nu-e-cru-junto-a-realidade-que-nao-conhecemos/
comentários(0)comente



lemesleu 19/07/2022

ALMOÇO NU
Literatura marginal americana, autobiográfica, política e social. Uma contra-cultura do século XX. Narrativa conturbada e marcada pelo naturalismo literário que expõe detalhes da rotina de um sujeito viciado em drogas, enquanto traduz uma sociedade imperialista com suas influências e a resistência ao sistema. A escrita foge um pouco das estruturas ocidentais, romanescas, sendo quebrada, desordenada, relacionando-se à ideia de fluxo de consciência desestrutural. A linguagem denota o sentido de ambição cultural, que molda facilmente sujeitos e sociedades. A intensidade voltada ao discurso capitalista gera a fragmentação do Eu, a alienação, o ser consumista e a liberdade da polarização das mídias. Há uma assiduidade no caráter erótico, sexual em suas fantasias e desejos, retratando situações sem qualquer resquício de pudor. O texto possui três grandes ambientes, visando uma tríade espacial familiar aos sujeitos: prisão, liberdade e contenção. É um ataque aos sentidos. "O viciado é imune ao tédio. Ele pode olhar para o próprio sapato durante horas, ou simplesmente ficar na cama. Não necessita de nenhuma descarga sexual, nem de contatos sociais, nem de trabalho, nem de diversão, nem de exercício? nada além de morfina. A morfina pode aliviar a dor, emprestando ao organismo algumas das qualidades de um vegetal."
comentários(0)comente



Na Literatura Selvagem 01/10/2015

Almoço Nu, de William Burroughs
Trago para vocês mais um clássico da literatura beat: Almoço Nu, escrito em 1959, de autoria de William Burroughs. Confesso que chega a ser um desafio colocar em palavras as sensações que essa leitura me trouxe... A linguagem não chega a ser difícil, mas seu entendimento, sim... Talvez ele nem seja para entender, mas para sentir...

A obra é uma verdadeira viagem alucinógena pelo mundo dos viciados. Ler Almoço Nu é algo como estar num sanatório, rodeado de loucos conversando com você, e mesmo sem entender ou enxergar uma lógica nas palavras e diálogos, ao mesmo tempo o leitor não consegue abandonar a poltrona e quer ouvir aquele papo surreal sem pressa de findar... É quase uma viagem de ácido ou a alucinação que um pico pode causar [os viciados me perdoem a comparação, caso seja algo que passe longe...]...

Para aqueles que apreciam leituras limpas e românticas, aconselho passar longe desse livro. A narrativa confusa retrata um mundo junkie', repleto de situações que beiram o aterrador, situações que podem causar repugnância nas mentes mais sensíveis. Burroughs não poupa o leitor de trechos escatológicos e degradantes, escritos com uma maestria perturbadora e quase hipnótica...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/09/almoco-nu-de-william-burroughs.html
comentários(0)comente



Jaime.Azevedo 15/06/2018

Desnudando a própria literatura
Um livro desafiador, do tipo piscou/perdeu. Uma prosa poética, anárquica, delirante e provocativa. Burroughs detalha, de uma forma livre, homoerótica e decadentemente surrealista, seus vícios em drogas variadas: ópio, heroína, cocaína, maconha, babitúricos, mescalina... A linguagem é difícil como deveria ser: não existe enredo, os personagens se liquefazem junto com o cenário e com as palavras. Nunca é simples de se ler; é preciso tempo, compromisso - mas o resultado é uma viagem tão alucinante como os transes artificiais do autor.

Em um "prefácio" pós-livro Burroughs narra muitos dos fatos da vida real que se transformaram em delírios espalhados pelo romance. E escancara suas intenções malignas: "O escritor só pode escrever sobre uma coisa: o que está na frente dos seus sentidos no momento em que ele escreve... Sou um aparelho de gravação... Não pretendo impor "estória", "enredo", "continuidade" a ninguém... Na medida em que obtiver sucesso nesta gravação direta de certas áreas do processo psíquico, poderei ter uma função limitada... Não pretendo entreter ninguém." Tudo isso em 1959, antes (mas quase lá) da revolução sexual e de costumes dos EUA, terra natal do escritor. Um livro ainda arriscado, mesmo agora, 60 anos depois (tempos ironicamente prisioneiros do neoconservadorismo).
comentários(0)comente



Rafael.Garrote 19/01/2024

Almoço nu - Muito nu e muito doido
Sexo, drogas e rock n roll !!
Dedo 🤬 #$%!& e gritaria!
Impossível definir almoço, foi a leitura mais difícil que já fiz em toda minha vida, o grotesco, descarnado e todas as espécies de gatilho fazem presença, forte presença. Mas não é por isso que esse clássico marginal se torna ruim, diferente de muitos livros que acrescentam cenas assim para atrair espectadores pelo choque, este faz o contrário, o seu choque muitas vezes afasta os espectadores, mas muito disso é de um cotidiano real como o do nosso protagonista viciado em diversas drogas, e em vendê-las.
Uma narrativa indireta, inconstante, lírica, real, muitas vezes musical, e cheia de histórias e acontecimentos perdidos em uma não linha narrativa e em uma não temporalidade.
Sem dúvida uma leitura difícil, pra quem tem estômago ( sério mesmo) e mesmo assim enjoa e choca, mas uma ótima leitura, que denuncia muito do nosso mundo e tem a coragem de poucos para falar do problema de muitos.
comentários(0)comente



Lucas Ferreira 27/11/2009

Um junky Joyce?
Burroughs, neste "almoço nu", nos remete às narrativas ao estilo joyciano, mas sobre o mundo do viciado em substâncias sintéticas (e outras como o peiote) e ao homossexualismo como um comportamento dito "desviante". Ao menos, tive a impressão de que o autor não domina tão bem assim esse fluxo de consciência como o autor de Ulisses.



O ponto alto do livro são suas descrições e análises do vício e do viciado, além de suas considerações acerca de todas as drogas que experimentou.



Vale a leitura da introdução e do apêndice, em especial.
comentários(0)comente



Celso Filho 31/01/2024

Quando o feio é feio por ser feio
"Almoço Nu" é um livro escrito por William Burroughs em 1959, um escrito pós-moderno que sofreu por muitos anos de sua vida com adicção por diversos tipos de drogas, como heroína, morfina e oxicodona. O livro é estruturado através de vinhetas não cronológicas, recurso literário que expressa uma narrativa curta em um breve período de tempo. Assim, o livro tem como foco principal as sensações que o leitor passa ao navegar na história, muito mais do que uma narrativa bem estruturada.

Não posso negar que Burroughs distingue-se na capacidade de transferir o leitor para o ambiente degradante dos drogadictos. Para mim, entretanto, isso não é um ponto positivo. A escatologia presente no livro, do começo ao fim, torna-o completamente insuportável de ser lido, e não consigo extrair pontos positivos ou reflexivos da história. Você poderia conseguir uma sensação comparável ao ver um filme como "O poço" (2019), de Galder Gaztelu-Urrutia, que é completamente direto ao ponto e não abre muito espaço para indagação, por ser ironicamente raso, mas ainda consegue ser melhor que o livro.

No fim, a experiência da edição da Companhia das Letras lembra um pouco um camelo. Você tem como maiores pontos a introdução do livro, que aborda a vida do autor e a maneira que o livro foi escrito, e a parte final, em que o livro é brevemente discutido. Esse lugar intermediário entre os dois picos, que chamarei de vale, é todo o resto do livro.

Não recomendo a leitura e evitarei ao máximo ler outra coisa do autor.
comentários(0)comente



Elizandra 20/10/2016

"Quando você olha para a colher e ela está vazia"
Almoço Nu é um livro visceral, cru, pra quem tem estômago. Nessa obra Burroughs descreve os tortuosos caminhos percorridos pelos viciados em drogas "junk". A leitura é fluída, agradável, embora tenha temática tão pesada. A narrativa é feita pelo personagem William Lee, que percorre vários trechos entre Estados Unidos e México, contando suas experiências com vários tipos de drogas, encarnando personagens diversos. A obra de Burroughs faz parte do Movimento Beat, que surgiu em meados da década de 1950, tendo Jack Kerouac - como pai do movimento beat com sua obra On the Road.
comentários(0)comente



Minho - @shootinggbooks 27/02/2019

Se você nunca entrou na mente de um viciado, nunca conhecerá uma viagem tão alucinante! Almoço nu é uma mistura sádica e chocante de experiências ilógicas e de fazer seu coração e mente pararem. Nosso protagonista, William Lee (alterego do próprio autor William Burrougs), nos apresentará um mundo escondido nas vielas escuras e bizarras, onde o sexo e as drogas reinam.

Publicado em 1959, Almoço nu foi proibido logo em seguida. Sua narrativa surpreendente e repleta de duplos sentidos deixou as autoridades de cabelo em pé, mas após uma onda de leitores perceberem a grande importância dessa obra, o livro foi novamente colocado em circulação.

O que você vai encontrar em Almoço nu? William Lee está mergulhado na junk, mais conhecida como droga, diante de uma cultura gay mal vista pela sociedade (e continua sendo mal vista até hoje), desfrutando os prazeres da carne e do vício em ópios. O que difere a cultura citada no livro com a que conhecemos hoje, é a representação sexual de criaturas inimagináveis, que matam, abusam, fornicam e mantém esse fluxo bizarro para obter prazer. Loucura!

Não se preocupe caso não entenda nada que Lee observa. O propósito de Almoço nu é te fazer seguir a onda de um viciado e como ele (possivelmente) vê o mundo normal. Claro que nem tudo é regado a sexo e drogas, vemos também posicionamento político e críticas sociais que, se levadas ao pé da letra, entenderemos o motivo dele ter sido proibido numa época um tanto “tradicional”.

Os capítulos não seguem uma ordem cronológica, então você terá total liberdade para ler essa viagem. Personagens como A.J. e o Dr. Benway mostram que o bizarro pode ser mais bizarro, fazendo com que sua capacidade de enxergar a realidade nas coisas seja questionada.

Podemos citar um comportamento um tanto cômico do autor ao criar esse livro, mas saber que boa parte da história teve como base as próprias experiências do autor, me deixou bem assustado! Viver a mente de um viciado foi uma experiência alucinante, e ao mesmo tempo perturbadora, e me tirou totalmente da minha zona de conforto.

Lembrando que Almoço nu faz parte da trilogia de William Le, não necessariamente é obrigatória a leitura dos três livros, mas se você quer uma experiência completa, se joga, pois eu recomendo!
comentários(0)comente



João 04/03/2022

difícil de ler, acredito que só consegue quem já teve experiências com cocaína e heroína, ou seja entende que não precisa ser entendido e sim sentido
comentários(0)comente



21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2