spoiler visualizarLisG0 20/09/2024
Muita empatia e comoção pela progressão do câncer.
Não chorei com o livro. Mas cacete, ele me pegou em alguns pontos. Ver a transformação do gus doeu bastante, saber que no início ele era um cara tão cheio de vida e no final ele ter ficado doente ao ponto de não ter controle sobre si mesmo. Estar na pele da hazel e ver isso acontecer com seu parceiro deve ter sido a pior coisa do mundo, mesmo que ela inicialmente achasse que os papéis seriam outros. Tadinha, fiquei com muita dó dela. A forma que você vê a pessoa se degradando pela doença me faz lembrar dos meus familiares que passaram pela mesma coisa. Uma coisa que sempre vai me marcar foi minha vó, que perdeu meu avô para um câncer cerebral: "Mesmo que ele tivesse sobrevivido, não seria mais ele. O estrago já tinha sido feito. Se ele ainda estivesse entre nós, ele teria tido sequelas graves". Isso me faz pensar que as vezes amar é deixar ir, e que mesmo que o gus tivesse sobrevivido, não seria mais ele ali. É meio paia comparar pessoas reais a pessoas fictícias mas histórias que abordam câncer me tocam por causa de todo o histórico familiar que eu tenho. Talvez algum dia eu passe pelas mesmas dificuldades? Talvez. Senti muita empatia pela hazel e pelos pais dela. Por todo mundo no livro, em geral. Enfim, sobre o livro em geral: achei a leitura chata até a metade do livro, mas dá viagem até o final foi a parte que eu realmente me fixei na leitura. Muito comovente como a história progride junto com o câncer do gus. Sofri os estados de luto por todos eles (gus, hazel, e até mesmo pelo olho do Isaac).