mazin 21/02/2013
Perspicaz
O livro promete um retrato de Nova York dos anos 70, e ele cumpre, embora de maneira profunda, mas não abrangente. O livro não se enquadra no conceito de autobiográfico como muitos apontam, mas é sim um livro de memórias. O autor é muito perspicaz ao retratar a si mesmo, muito ponderado e crítico. O texto é permeado por dilemas, aventuras e conclusões de episódios de sua vida. O não tão prazeroso nesta leitura é que o autor traz inúmeros personagens que cruzaram seu caminho, em alguns ele dedica dezenas de páginas, seria interessante se estes personagens surgissem em ordem cronológica ou tivessem vínculo entre si; mas na verdade muitos destes personagens são desinteressantes e não agregam muito ao livro, sem falar que o autor narra suas memórias dentro do ciclo literário da década de 70, então se o leitor não tem afinidade com os nomes desta década estas passagens tornam-se apenas referencias cansativas de pessoas que não contribuem para o enredo personalístico da história.