O CANIBALISMO AMOROSO

O CANIBALISMO AMOROSO Affonso Romano de Sant'Anna




Resenhas - O canibalismo amoroso


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Luiza 17/12/2021

Imensa riqueza em Mitos e Arquétipos
O livro é fabuloso ? traz uma coletânea riquíssima de mitos e arquétipos que povoam o imaginário do ser humano desde tempos remotos.

Acabei lendo o livro depressa demais, e como ele é riquíssimo de informação, deveria ser lido com mais  cautela? pretendo reler!

A única ressalva que faço: às vezes me perdi, já que o autor faz, do começo ao fim, um paralelo com a poesia brasileira mais antiga: os arcadismo, parnasianismo, romantismo, simbolismo etc. E eu estou longe de dominar esse assunto! ?

Enfim, vou reler a obra, que é absolutamente fascinante, tem uma linguagem belíssima, poética até? e merece ser fruída com mais lentidão e cuidado.


Segue o índice para que os interessados percebam a riqueza de assuntos desenvolvidos pelo autor. 


? A mulher de cor e o canibalismo erótico na sociedade escravocrata

. Da mulher para ser vista à mulher para ser comida

. A mulata apetitosa na culinária amorosa .

. O discurso da sedução: a crioula e o feitor

. Brejeirice e faceirice como elementos de troca: a mulata cordial

. Castro Alves e a denúncia do social através do sexual


? Da mulher-esfinge como estátua devoradora ao striptease na alcova.

. Vênus e Maria: o desejo e a interdição numa só estátua

. A devoração voyeurista e o véu da interdição 

. O Édipo poeta e a esfinge devoradora 

. A mulher-estátua e a alquimia erótica do corpo entre a pedra e a água 

. A taça, o vaso e a concha como conteúdos e formas do desejo 

. A mulher-sereia, a mulher-serpente e a sedutora Cleópatra 

. Salomé, Laís e outras dançarinas e o striptease da estátua nas festas e alcovas.


? Do canibalismo melancólico sobre o corpo da amada morta à eroticidade de Lúcifer

. O amor entre o luto e a melancolia 

. O canibal melancólico 

. O canibalismo erótico-cirúrgico 

. A fome erótica do verme 

. O sapo, a escada e a Lua no paradoxo ascensional 

. Ofélia e o cisne no espelho líquido da morte 

. O ?lyrio? e o cenário vegetal da morte 

. A Bela Adormecida e o conflito de Psique e Alma 

. O amor sonâmbulo no castelo do desejo 

. Monjas e santas: o sequestro místico do desejo 

. Da monja enclausurada ao poeta emparedado

. Lúcifer: o poeta assume o luminoso mal


? Manuel Bandeira: do amor místico e perverso pela santa e a prostituta à família mítica permissiva e incestuosa

. A santa e a prostituta nas margens do desejo 

. A hierogamia e a prostituta sagrada 

. A vulgívaga e o súcubo contagiando de morte a alma dos santos 

. Do Pã violador ao Arlequim sedutor 

. A androginia perversa e mística 

. Dom Juan e a espada fálica entre a carne e o espírito 

. Pasárgada: a família permissiva no reino do prazer

. O jogo ambíguo do menino com a sereia-prostituta

. A prostituta e sua metamorfose em estrela e flor 

. O poeta sórdido: tuberculose e prostituição, a cicatriz do verso e a morte


? Vinicius de Moraes: a fragmentação dionisíaca e órfica da carne entre o amor da mulher única e o amor por todas as mulheres

. O ego cindido entre o bem e o mal na tela do imaginário 

. A grande mãe boa e má e seu filho-amante 

. Narciso cego e o rito unificador de Orfeu 

. Dionísio e a fragmentação erótica da carne 

. O regime lunar e o regime solar no cromatismo do desejo 

. A mulher fálica e os aspectos teriomórficos da angústia noturna 

. O macho castrador reage ante a mulher ameaçadora 

. O desejo líquido e incerto ante o seio bom e o seio mau 

. Imagens líquidas do leite, do sangue, do mênstruo, do sêmen e da urina no jorro da poesia.
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