Luiza 17/12/2021
Imensa riqueza em Mitos e Arquétipos
O livro é fabuloso ? traz uma coletânea riquíssima de mitos e arquétipos que povoam o imaginário do ser humano desde tempos remotos.
Acabei lendo o livro depressa demais, e como ele é riquíssimo de informação, deveria ser lido com mais cautela? pretendo reler!
A única ressalva que faço: às vezes me perdi, já que o autor faz, do começo ao fim, um paralelo com a poesia brasileira mais antiga: os arcadismo, parnasianismo, romantismo, simbolismo etc. E eu estou longe de dominar esse assunto! ?
Enfim, vou reler a obra, que é absolutamente fascinante, tem uma linguagem belíssima, poética até? e merece ser fruída com mais lentidão e cuidado.
Segue o índice para que os interessados percebam a riqueza de assuntos desenvolvidos pelo autor.
? A mulher de cor e o canibalismo erótico na sociedade escravocrata
. Da mulher para ser vista à mulher para ser comida
. A mulata apetitosa na culinária amorosa .
. O discurso da sedução: a crioula e o feitor
. Brejeirice e faceirice como elementos de troca: a mulata cordial
. Castro Alves e a denúncia do social através do sexual
? Da mulher-esfinge como estátua devoradora ao striptease na alcova.
. Vênus e Maria: o desejo e a interdição numa só estátua
. A devoração voyeurista e o véu da interdição
. O Édipo poeta e a esfinge devoradora
. A mulher-estátua e a alquimia erótica do corpo entre a pedra e a água
. A taça, o vaso e a concha como conteúdos e formas do desejo
. A mulher-sereia, a mulher-serpente e a sedutora Cleópatra
. Salomé, Laís e outras dançarinas e o striptease da estátua nas festas e alcovas.
? Do canibalismo melancólico sobre o corpo da amada morta à eroticidade de Lúcifer
. O amor entre o luto e a melancolia
. O canibal melancólico
. O canibalismo erótico-cirúrgico
. A fome erótica do verme
. O sapo, a escada e a Lua no paradoxo ascensional
. Ofélia e o cisne no espelho líquido da morte
. O ?lyrio? e o cenário vegetal da morte
. A Bela Adormecida e o conflito de Psique e Alma
. O amor sonâmbulo no castelo do desejo
. Monjas e santas: o sequestro místico do desejo
. Da monja enclausurada ao poeta emparedado
. Lúcifer: o poeta assume o luminoso mal
? Manuel Bandeira: do amor místico e perverso pela santa e a prostituta à família mítica permissiva e incestuosa
. A santa e a prostituta nas margens do desejo
. A hierogamia e a prostituta sagrada
. A vulgívaga e o súcubo contagiando de morte a alma dos santos
. Do Pã violador ao Arlequim sedutor
. A androginia perversa e mística
. Dom Juan e a espada fálica entre a carne e o espírito
. Pasárgada: a família permissiva no reino do prazer
. O jogo ambíguo do menino com a sereia-prostituta
. A prostituta e sua metamorfose em estrela e flor
. O poeta sórdido: tuberculose e prostituição, a cicatriz do verso e a morte
? Vinicius de Moraes: a fragmentação dionisíaca e órfica da carne entre o amor da mulher única e o amor por todas as mulheres
. O ego cindido entre o bem e o mal na tela do imaginário
. A grande mãe boa e má e seu filho-amante
. Narciso cego e o rito unificador de Orfeu
. Dionísio e a fragmentação erótica da carne
. O regime lunar e o regime solar no cromatismo do desejo
. A mulher fálica e os aspectos teriomórficos da angústia noturna
. O macho castrador reage ante a mulher ameaçadora
. O desejo líquido e incerto ante o seio bom e o seio mau
. Imagens líquidas do leite, do sangue, do mênstruo, do sêmen e da urina no jorro da poesia.