Eicross 05/04/2016
Do uso
Stella Carr foi uma escritora brasileira de 1932 que viveu até 2008, publicou três livros de poesia e um deles lhe rendeu o prêmio Jabuti de melhor poesia. Foi o primeiro livro da autora que li e demorei para notar que era um livro de que tinha falado mal na infância por causa da linguagem casual, mas esse foi um dos principais atrativos que achei no livro - especialmente por causa do Forguete!
"Quando o cara vai agradecer, ele fica muito sem jeito e fala logo "Forguete, forguete. Num foi nada, amizade.""
O livro começa contando o desaparecimento de dois jovens após irem buscar emprego em um clube de tiro ao pompo e parte para uma história paralela em que um garoto passa mal na escola, entrando em coma. As histórias começam a se juntar no meio do livro e nos fazem pensar como não pensamos naquilo antes. É uma trama bem organizada, de modo que só li o início do livro duas vezes para ver quem eram os personagens (não sou bom com nomes).
O tema é revelado na sinopse do livro, mas, se não fosse, não seria difícil imaginar e isso não danificou a apreciação. O final é previsível, feliz e a autora bem que poderia ter deixado um espaço para imaginarmos o que aconteceria após a trama e, quem sabe?, uma nova trama.