Kamikaze

Kamikaze Rikihei Inoguchi...




Resenhas - Kamikaze


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Allysson Falcon 30/06/2019

Fanatismo e ignorância...
O fanatismo e a ignorância normalmente caminham juntos. Ainda que, para o japonês, exista glória em morrer pela pátria, nós ocidentais temos dificuldade em entender tal desprezo pela vida.

Nós, que vivemos no século XXI, nos acostumamos com extremismos religiosos que levam a atos extremos e insanos, como o terrorismo islâmico e as atrocidades cometidas pelos facínoras do chamado Estado Islâmico.

Em comum com os japoneses, o desprezo pela vida. Mas os muçulmanos tem maior desprezo pela vida alheia. E ainda que alguns árabes se imolem em atentados suicidas, os líderes gostam de ficar bem vivos e usufruir dos prazeres da vida terrena.

A devoção do japonês em se sacrificar pela pátria e pelo Imperador parece ser maior e mais genuína.

Por um outro lado é interessante notar a semelhança da verborragia japonesa com a alemã do III Reich. Os documentos oficiais, relatos de época, cartas de militares para suas famílias estão recheados de expressões como "aniquilar o inimigo", "esmagar o inimigo", "lutar com fanática devoção", "lutar até a morte", "guerra total", dentre outras.

Era um mundo muito diferente. Se os ocidentais da época já não conseguiam compreender o fenômeno kamikaze, para nós de hoje a missão é ainda mais complexa. Um ponto que pode ajudar é o entendimento das religiões orientais e a visão de mundo e de vida distintas. Claro, não se pode perder de vista que para os japoneses o Imperador era uma divindade, como tal deviam obediência cega e fanática.

O aspecto mais perturbador do livro é a busca de justificativas para a adoção da tática kamikaze como arma legítima de guerra. Os autores endossam tal ato desesperado. Militarmente falando os esquadrões de ataques especiais, nome pomposo dado aos suicidas, foi um completo fracasso.

No desespero de evitar uma derrota certa os japoneses se lançavam nos porta-aviões e couraçados norte-americanos, tentando afundá-los para salvar a pátria da humilhação. Foi um tremendo desperdício humano e material.

A mentalidade fanática nipônica os impediu de entender, e aceitar, que estavam derrotados. Um pouco de bom senso e humildade teria feito bem a eles, e poupado milhares de vidas.

No fim, a única coisa que os ataques kamikazes fizeram foi prolongar a guerra e o sofrimento do povo japonês, pois, ante a ferocidade insana com que o soldado japonês lutava, os Aliados bombardearam pesadamente as ilhas nipônicas, incluso no pacote as duas bombas atômicas.

O livro vale muito como documento histórico e um vívido retrato de uma era. Mas como já disse antes, é um tema perturbador para nós ocidentais.
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Rafaella.Silva 26/08/2015

Kamikaze...Fala dos soldados japoneses suicidas
Com fotos e algumas partes detalhadas
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