coisinhaliteraria 22/02/2021
Quem é bom já nasce feito?
Quem é mau já nasce pronto?
Filho de monstro é monstrinho?
Só se ele quiser. É o que nos mostra esta história que trada de problemas seríssimos de maneira muito, muito engraçada! Imagine um monstrinho horrendo, escamoso, dentuço e barrigudo querendo ser bonzinho! Será que ele consegue?
Escrito por Mário Lago na década de 80, esse livro se encaixa totalmente na realidade que vivemos hoje, tanto nas questões ambientais, quanto nas questões da violência, da falta de empatia, da carência em preservar a infância e mil outros problemas que enfrentamos. Essa história é atemporal! Escrito de forma leve e engraçada para as crianças, traz para os adultos entendedores das entrelinhas um choque de realidade, deve ser lido com muita atenção, com muito amor e sempre se colocando no lugar do outro, da perspectiva de Medonhento e da sociedade que o rodeia.
Medonhento nasceu em Monstrolândia, filho de seu Monstro Terrível e dona Monstra Perigosa, carregava o peso de grandes expectativas acerca de seu futuro, pois, sendo filho do rei dos monstros, deveria ser ainda pior, destruir tudo que via pela frente e principalmente destruir as florestas e aldeias dos humanos. Entretanto, Medonhento não queria ser mau, tinha uma sensibilidade incrível e muitas curiosidades sobre o comportamento dos humanos e a principal pergunta que fez que mudou sua vida foi: “O que é amor?”
O início do livro assusta, a forma como Medonhento é tratado principalmente pelo pai é terrível, porém não tanto diferente da realidade de algumas crianças hoje em dia, aquelas que acompanhamos nos noticiários e que nos deixam indignados. O pré-julgamento que ele sofre pelos humanos por sua aparência é pior ainda, Medonhento sofre muito, mas também nos ensina grandes lições.
Recomendamos esse livro para toda família, amigos e educadores citando a dedicatória do próprio autor “Para meus netos e todos os netos do mundo com amor e preocupação. Para os homens na esperança de que entendam”.
Mário Lago diz “Pretendi escrever uma história que divertisse a meninada e que fosse, ao mesmo tempo, um grito de protesto contra as maldades que estão sendo feitas com a natureza. As crianças precisam de jardins, precisam aprender a segurar uma flor, a cuidar de uma planta”
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