A Sociedade do Espetáculo

A Sociedade do Espetáculo Guy Debord




Resenhas - A Sociedade do Espetáculo


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Thay 18/07/2020

"A unidade irreal que o espetáculo proclama é a máscara da divisão de classe sobre a qual repousa a unidade real do modo de produção capitalista. O que obriga os produtores a participar na edificação do mundo é também o que disso os afasta."

"As duas únicas classes que correspondem efetivamente à teoria de Marx, as duas classes puras às quais leva toda a análise no Capital, a burguesia e o proletariado, são igualmente as duas únicas classes revolucionárias da história, mas a títulos diferentes: a revolução burguesa está feita; a revolução proletária é um projeto, nascido na base da precedente revolução, mas dela diferindo qualitativamente."

"A burguesia veio ao poder porque é a classe da economia em desenvolvimento. O proletariado não pode ele próprio ser o poder, senão tornando-se a classe da consciência."

"O trabalho tornou-se com a burguesia, trabalho que transforma as condições históricas. A burguesia é a primeira classe dominante para quem o trabalho é um valor. E a burguesia que suprime todo o privilégio, que não reconhece nenhum valor que não derive da exploração do trabalho, identificou, justamente ao trabalho, o seu próprio valor como classe dominante e faz do progresso do trabalho o seu próprio progresso."
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Fernandho7 12/06/2020

Somos quando postamos
Espetacular...as coisas não são oque parecem ser, mas são quando apresentadas por meio de imagens, o controle é feito por não sabemos quem, mas é certo que é feito por meio do espetáculo e por ele tudo é feito.
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Zkymicx 12/06/2020

Isto não é contato
Toda resenha é uma piada. Parafraseando Debord, o Skoob está destituído tanto da leitura, quanto da vida. Isto aqui (o Skoob) é uma farsa infeliz do que poderia ter sido um clube de leitura ou um encontro da moda de rebeldes universitários num bar ou numa biblioteca, algo como uma falsa e pretensa nostalgia da luta de esquerda dos anos de chumbo, se ainda houvesse espaço em nossa sociedade pós-espetacular para tanto. Vivemos no mais-além da sociedade espetáculo-mercantil do final da década de 60. Em todo o mundo virtual se cria uma ilusão chula de proximidade, onde o que vale é o presente-atual que ignora todos os tempos, inclusive os da lembrança, da memória e dos planos. Nossos sentidos escapam como lepra. Há quem discorde da distância inexpugnável dos bits, esses se juntam às fileiras da resistência de memes politizados e de práticas da teoria da desinformação propagada. Se está de acordo, não me diga e não me siga.
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Mr. Matos 04/06/2020

Uma teoria crítica da sociedade contemporânea
Fundamental.Todo aquele que se interessa por uma abordagem crítica da sociedade de massas deveria ter contato com esse livro, a imprensa alienante a decadência das industria cultural e a crítica a política espetacular que mascara o Estado em sua política de guerra civil contra a população e a exposição dessa mesma violência também transformada em espetáculo. Nada escapou à crítica de Debord, em uma abordagem que mesmo depois de mais de 50 anos ainda permanece válida.
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eilozi 15/04/2020

Esse livro foi palco de algumas aulas de sociologia sobre Indústria Cultural. Meu professor que me emprestou e a leitura é bem densa, é necessário ter conhecimento de vários conceitos e acontecimentos, coisa que ainda não possuo. Pra mim foi confuso mas vale a pena
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Lista de Livros 06/08/2017

Lista de livros: A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord
Parte I:

“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.
O espetáculo não pode ser compreendido como o abuso de um mundo da visão, o produto das técnicas de difusão massiva de imagens. Ele é bem mais uma Weltanschauung (cosmovisão) tornada efetiva, materialmente traduzida. É uma visão do mundo que se objetivou.
O espetáculo, compreendido na sua totalidade, é ao mesmo tempo o resultado e o projeto do modo de produção existente. Ele não é um suplemento ao mundo real, a sua decoração readicionada. É o coração da irrealidade da sociedade real. Sob todas as suas formas particulares, informação ou propaganda, publicidade ou consumo direto de divertimentos, o espetáculo constitui o modelo presente da vida socialmente dominante. Ele é a afirmação onipresente da escolha já feita na produção, e o seu corolário, o consumo. Forma e conteúdo do espetáculo são, identicamente, a justificação total das condições e dos fins do sistema existente. O espetáculo é também a presença permanente desta justificação, enquanto ocupação da parte principal do tempo vivido fora da produção moderna.”
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“No mundo realmente reinvertido, o verdadeiro é um momento do falso.
Considerado segundo os seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda a vida humana, isto é, social, como simples aparência. Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo descobre-o como a negação visível da vida; como uma negação da vida que se tornou visível.”
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“O espetáculo apresenta-se como uma enorme positividade indiscutível e inacessível. Ele nada mais diz senão que “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. A atitude que ele exige por princípio é esta aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve pela sua maneira de aparecer sem réplica, pelo seu monopólio da aparência.
O caráter fundamentalmente tautológico do espetáculo decorre do simples fato de os seus meios serem ao mesmo tempo a sua finalidade. Ele é o sol que não tem poente, no império da passividade moderna. Recobre toda a superfície do mundo e banha-se indefinidamente na sua própria glória.
A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espetacular, ela é fundamentalmente espetaculosa. No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espetáculo não quer chegar a outra coisa senão a si próprio.
Enquanto indispensável adorno dos objetos hoje produzidos, enquanto exposição geral da racionalidade do sistema, e enquanto setor econômico avançado que modela diretamente uma multidão crescente de imagens-objetos, o espetáculo é a principal produção da sociedade atual.
O espetáculo submete a si os homens vivos, na medida em que a economia já os submeteu totalmente. Ele não é nada mais do que a economia se desenvolvendo para si própria. É o reflexo fiel da produção das coisas, e a objetivação infiel dos produtores.
A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social levou, na definição de toda a realização humana, a uma evidente degradação do ser em ter. A fase presente da ocupação total da vida social pelos resultados acumulados da economia conduz a um deslizar generalizado do ter em parecer, de que todo o “ter” efetivo deve tirar o seu prestígio imediato e a sua função última. Ao mesmo tempo, toda a realidade individual se tornou social, diretamente dependente do poderio social, por ele moldada. Somente nisto em que ela não é, lhe é permitido aparecer.”
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Mais do blog Lista de Livros em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2017/07/a-sociedade-do-espetaculo-parte-i-guy_7.html


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Parte II:

“O raciocínio sobre a história é inseparavelmente raciocínio sobre o poder.”
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“O espetáculo é a ideologia por excelência, porque expõe e manifesta na sua plenitude a essência de qualquer sistema ideológico: o empobrecimento, a submissão e a negação da vida real. O espetáculo é, materialmente, “a expressão da separação e do afastamento entre o homem e o homem”. O “novo poderio do embuste” que se concentrou aí tem a sua base nesta produção pela qual “com a massa dos objetos cresce (...) o novo domínio dos seres estranhos aos quais o homem está submetido”. É o estádio supremo duma expansão que virou a necessidade contra a vida. “A necessidade de dinheiro é portanto a verdadeira necessidade produzida pela economia política, e a única necessidade que ela produz” (Manuscritos econômico-filosóficos). O espetáculo alarga a toda a vida social o princípio que Hegel, na Realphilosophie de Iena, concebe como o do dinheiro; é “a vida do que está morto movendo-se em si própria”.”
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“A primeira intenção da dominação espetacular era fazer desaparecer o conhecimento histórico em geral; e em primeiro lugar quase todas as informações e todos os comentários razoáveis sobre o mais recente passado. Uma evidência tão flagrante não necessita ser explicada. O espetáculo organiza com mestria a ignorância do que acontece e, logo em seguida, o esquecimento daquilo que pôde apesar de tudo tornar-se conhecido. O mais importante é o mais escondido. Vinte anos depois, nada foi mais recoberto de tantas mentiras comandadas como a história de Maio de 1968. Contudo, lições úteis foram tiradas de alguns estudos desmitificados sobre essas jornadas e as suas origens, mas são segredo de Estado.
Na Franca, há já uma dezena de anos, um Presidente da República, esquecido em seguida, mas flutuando, então, à superfície do espetáculo, exprimia inocentemente a alegria que ressentia, “sabendo que viveremos a partir de agora num mundo sem memória, onde, como na superfície da água, a imagem afasta indefinidamente a imagem”. É efetivamente cômodo para quem está nos negócios; e sabe manter-se neles. O fim da história é um agradável repouso para todo o poder presente. Garante-lhe absolutamente o êxito do conjunto das suas iniciativas, ou pelo menos o ruído do êxito.
Um poder absoluto suprime tanto mais radicalmente a história, quanto tem de ocupar-se dos interesses ou das obrigações mais imperiosas, e principalmente conforme encontrou mais ou menos grandes facilidades práticas de execução. Ts’in Che Hoang Ti mandou queimar os livros, mas não conseguiu fazê-los desaparecer todos. Stalin levava mais longe a realização de um projeto semelhante no nosso século, mas, apesar das cumplicidades de toda a espécie que encontrou fora das fronteiras do seu império, ficava uma vasta zona do mundo inacessível à sua polícia, onde se riam das suas imposturas. O espetacular integrado fez melhor, com novíssimos métodos, e operando desta vez mundialmente. A inépcia faz-se respeitar por todo o lado, já não é permitido rir dela; em todo o caso, tornou-se impossível fazer saber que se riem dela.
O domínio da história era o memorável, a totalidade dos acontecimentos cujas consequências se manifestariam durante muito tempo. Era inseparavelmente o conhecimento que deveria durar e ajudaria a compreender, pelo menos parcialmente, aquilo que aconteceria de novo: “uma aquisição para sempre”, diz Tucídides. Por isso, a história era a medida duma novidade verdadeira; e quem vende a novidade tem todo o interesse em fazer desaparecer o meio de a medir. Quando o importante se faz socialmente reconhecer como aquilo que é instantâneo, e vai sê-lo no instante seguinte, e no outro e noutro ainda, e que substituirá sempre uma outra importância instantânea, pode também dizer-se que o meio utilizado garante uma espécie de eternidade desta não-importância, que fala tão alto.
A preciosa vantagem que o espetáculo retirou deste pôr fora-da-lei da história, de ter já condenado toda a história recente a passar à clandestinidade, e de ter conseguido fazer esquecer muito frequentemente o espírito histórico na sociedade, é antes de tudo cobrir a sua própria história: o próprio movimento da sua recente conquista do mundo. O seu poder aparece já familiar, como se tivesse estado lá desde sempre. Todos os usurpadores quiseram fazer esquecer que acabam de chegar.”
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Parte III:

“Jamais a censura foi tão perfeita. Jamais a opinião daqueles a quem se faz crer ainda, em certos países, que são cidadãos livres, foi tão pouco autorizada a tornar-se conhecida, cada vez que se trata duma escolha que afetará a sua vida real. Jamais foi permitido mentir-lhes com uma tão perfeita ausência de consequência. O espectador é suposto ignorar tudo, não merecer nada. Quem olha sempre, para saber a continuação, jamais agirá: e tal deve ser o espectador. Tudo aquilo que nunca é sancionado é verdadeiramente permitido. É pois arcaico falar de escândalo. Atribui-se a um homem de Estado italiano de primeiro plano, tendo exercido funções simultaneamente no ministério e no governo paralelo chamado P.2, Potere due, uma divisa que resume profundamente o período em que entrou o mundo inteiro, um pouco depois da Itália e dos Estados Unidos: “Havia escândalos, mas já não há”.”
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“Em Janeiro de 1988, a Máfia colombiana da droga publicava um comunicado destinado a retificar a opinião pública sobre a sua pretendida existência. A maior exigência duma Máfia, onde quer que possa estar constituída, é naturalmente estabelecer que não existe, ou que foi vítima de calúnias pouco científicas; esta é a primeira semelhança com o capitalismo. Mas na circunstância, esta Máfia irritada por ser a única posta em evidência chegou a evocar os outros agrupamentos que queriam fazer-se esquecer, tornando-a abusivamente por bode expiatório. Declarava: “Nós não pertencemos à Máfia burocrática e política, nem à dos banqueiros e financeiros, nem à dos milionários, nem à Máfia dos grandes contratos fraudulentos, à dos monopólios ou à do petróleo, nem à dos grandes meios de comunicação.”
Pode seguramente considerar-se que os autores desta declaração, como os outros, têm interesse em verter as suas práticas no vasto rio de águas turvas da criminalidade e das ilegalidades banais, que inunda em toda a sua extensão a sociedade atual; mas também é justo reconhecer que se trata de pessoas que, por profissão, sabem melhor que ninguém do que falam.”
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“O espetáculo é uma miséria, mais que uma conspiração. E os que escrevem nos jornais do nosso tempo não nos escondem nada da sua inteligência.”
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Diego 30/06/2016

"O que aparece é bom; o que é bom aparece".
Já na primeira de suas teses, Debord nos coloca a essência do livro:

"Toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta como uma intensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação". (Ed. de 1997, pela Contraponto, pag. 13).

A vida como representação do real e não como vida real; eis o cerne da questão apresentada por Debord (evidentemente numa síntese grosseira de minha parte, mas isso é apenas uma resenha). ;)

Debord coloca a evolução da sociedade capitalista burguesa como um caminho inexorável que percorreu o SER > TER > PARECER, sendo esta última etapa o ESPETÁCULO; etapa em que capital tornou-se maior que tudo. A mercadoria é a razão e também o modo de vida.

Leitura complexa e desafiadora. E por isso mesmo vale muito ser feita.

Confesso que fiz associações imediatas com "1984" e "Matrix"... Mas aí já é coisa de geminiano louco. =)

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Malice 19/07/2015

Absolutamente brilhante!
Como a resenha principal diz, o livro de Debord antecipa muito mais o século XXI do que os acontecimentos e consequências imediatas pós 1968 em todo o mundo. Realmente um dos mais importantes que li, e que coloca de forma inequívoca como a sociedade atual é um verdadeiro "espetáculo", vivendo em função das imagens como referência de tudo e para tudo.
Em que pese o que chamo de "a primeira parte" - escrita no final da década de 60 do século XX - ser muito hermética - tenho que relê-la algumas vezes antes de entender toda sua complexidade - Debord surpreende em sua "segunda parte", escrita em 1988, muito menos complicada que a primeira. Imperdível para quem quer compreender minimamente o mundo em que estamos agora...
Regiana.Nepomuceno 16/10/2017minha estante
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Marcos Faria 01/01/2013

“A sociedade do espetáculo”, com os “Comentários sobre a sociedade do espetáculo” (Contraponto, 1997) era uma leitura atrasada. Não apenas porque o texto original já tinha 45 anos, mas também porque eu deveria ter lido quando ia tentar o mestrado na ECO, ali por 2003. De qualquer forma, o texto de Guy Debord permanece atual não apenas como crítica da mídia mas principalmente como análise da economia pós-industrial. Alguns parágrafos parecem ter sido escritos hoje, em reação às explosões de consumo e à euforia diante do lançamento de um novo aparelhinho. Mais do que em 67, quando foi escrito, ou em 88, quando nasceram os Comentários, é possível ver a sociedade do espetáculo se manifestando em cada atividade da vida social. Só é preciso filtrar o tom de autoelogio, necessário num texto que é muito mais político (e militante) do que acadêmico.


Publicado originalmente no Almanaque (http://almanaque.wordpress.com/2013/01/01/meninos-eu-li-30/)
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Teca 22/02/2011

O livro de Debord traz proposições e análises datadas, com a marca de 68. No entanto, isso não retira a atualidade, cada vez maior, do tema da centralidade do espetáculo na síntese social. Debord alerta para o processo de subordinação ao mercado, que anula a vida vivida (e, por consequência, a cultura) e leva a sociedade a consumir a experiência de segunda mão, o “espetáculo”.
Escrito na forma de comentários, o livro permite tanto uma leitura ligeira quanto acadêmica. De uma forma ou de outra é leitura obrigatória para pensar os tempos midiáticos em que vivemos. Não se trata de negar o espetáculo, mas de questionar o seu primado. Passamos do tempo em que a dominação sobre o trabalhador se dava nas fábricas; hoje ela ocorre nas suas horas de lazer, em frente à TV.
Baixando 11/03/2013minha estante
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Cabelo 27/04/2010

Por que ler "A sociedade do espetáculo"
Em tempos de tantos programas que filmam “teóricas” situações reais, o livro de 1967, A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO do filósofo francês Guy Debord se faz ainda muito atual e pertinente. Após 14 anos da morte do autor e 41 anos da primeira edição, os “reality shows” são o maior exemplo de espetacularização da vida e, por conseguinte, da sociedade e fazem com que as reflexões sobre a mídia e as relações sociais necessariamente se remetam ao pensamento de Guy Debord.



O livro vale principalmente para se pensar os meios de comunicação e o que é veiculado por eles: de que modo são selecionados os assuntos, a programação nos audio-visuais, as reportagens de destaque, entre outras questões envolvidas sobretudo na produção jornalística.


http://literaturacotidiana.com.br/?p=520


Baixando 11/03/2013minha estante
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pulinhoooogostoso 12/04/2022minha estante
lindo




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