Terras do Sem Fim

Terras do Sem Fim Jorge Amado




Resenhas - Terras do Sem Fim


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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Terras do Sem Fim, de Jorge Amado
“Nenhum tempo é melhor que o de escola; tempo em que o sonho é possível.”
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“Os trabalhadores nas roças tinham o visgo do cacau mole preso aos pés, virava uma casca grossa que nenhuma água lavava jamais. E eles todos, trabalhadores, jagunços, coronéis, advogados, médicos, comerciantes e exportadores, tinham o visgo do cacau preso na alma, lá dentro, no mais profundo do coração... Não havia educação, cultura e sentimento que lavassem. Cacau era dinheiro, era poder, era a vida toda, estava dentro deles, não apenas plantando sobre a terra negra e poderosa de seiva. Nascia dentro de cada um, lançava sobre cada coração uma sombra má, apagava os sentimentos bons.”
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Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2008/08/terras-do-sem-fim-jorge-amado.html
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Doug 13/01/2021

A Terra adubada com sangue
Neste épico lançado em 1943 Jorge Amado narra a saga da família Badaró contra a família Silveira na luta pelas terras do Sequeiro Grande para a plantação do cacau, leitura envolvente e fluida, um clássico absoluto vale cada página lida.
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Poleto 27/08/2023

Terra adubada com sangue
Muito legal como a narrativa toda parece uma grande fofoca de acontecimentos que já se passaram, imagino que o Jorge Amado, como ele mesmo deixa claro, melhorou muito a narrativa dessa obra pra sua primeira, por mais que tenha um puta contexto social, ainda sim há diversos personagens interessantes e vivos e com dilemas que no final todos estão presos ao cacau mole de ilhéus.
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Edupscheidt 05/05/2021

Jorge, um clássico
Jorge Amado sempre surpreende, até mesmo quando você espera algo dele já, assim como aconteceu nessa leitura, demorada pelas adversidades da vida, levei mais de 3 meses para concluir, o que me permitiu saborear mais das páginas amargas destas lamúrias contadas sobre a região cacaueira. Sangue, tiros e histórias de amor e ambição presentes em toda a constituição da crueldade humana encontram aqui vozes Baianas e brasileiras. Indico a leitura a todos que tenham o mínimo de curiosidade na essência humana
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Antonio 30/01/2022

Todos presos no fim do mundo pelo visgo do cacau?
O livro conta a história da região do cacau no entorno de Ilhéus, no sul da Bahia, no início do século XX. Narra a permanente chegada de imigrantes e aventureiros, da vida local, dos coronéis e suas disputas e como isso se reflete na vida de todos daquela região e na política local e nacional.
A narrativa é fluida, com personagens marcantes e a história se desenrola num crescimento de tirar o fôlego. Uma obra prima.
Rafael Kerr 30/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.


Antonio 30/01/2022minha estante
Oi, Rafael! Não é muito o meu estilo de livro, mas vou dar uma olhada. Boa sorte com a divulgação!


Rafael Kerr 30/01/2022minha estante
Obrigado


Pedro 03/05/2022minha estante
Que bom que você gostou do livro. Eu estou lendo ele agora. Principalmente, pelo fato de minha familia ser Badaró, então tá sendo interessante saber um pouco mais da história.




Eric 15/03/2023

Terra adubada com sangue
No início do século XX, a corrida pelo cacau movimentou o sul da Bahia, mais precisamente a em torno de Ilhéus, região de mata densa que foi explorada para o plantio dos cacaueiros, posteriormente vendidos no mercado interno e externo. Com isso, a demanda por mão de obra aumentou e o sul da Bahia tornou-se o sinônimo da prosperidade não só para população da baiana, mas também para as pessoas que fugiam das secas de outros Estados.

Neste contexto, Jorge Amado conta a história do nascimento de uma civilização que se passa durante as guerras de posse de terras para cultivo de cacau, especificamente a mata de Sequeiro Grande. Os irmãos Badaró e o coronel Horácio, dois maiores agricultores cacaueiros, travam uma disputa sanguinária pelo poder. A briga movimenta Ilhéus e região, ser jagunço dos coronéis torna-se uma ótima fonte de renda. Pobres e miseráveis encontram a possibilidade de ganhar dinheiro fácil, construir uma pequena roça de cacau e juntar grana suficiente para voltar a sua terra natal, porém isso é apenas uma ilusão, já que como o visgo do cacau, todos que vão em busca da felicidade ficam grudados a terra e os únicos destinos são os trabalhos análogos a escravidão ou ser pistoleiro

Jorge Amado traz uma narrativa intensa de um período importante da nossa história, aqui ele retrata a visão de todos os envolvidos na corrida do cacau: coronéis, pequenos proprietários de terras, prostitutas, advogados recém-formados, médicos, igrejas e também o proletariado em busca de trabalho digno, os que mais sofrem com isso tudo. Isso, porque ao chegar nessas terras, a escravidão moderna é o que move a lucratividade dos coronéis.

Além disso, o romance é uma grande aula de história. Jorge Amado não poupa detalhes para explicar o desenvolvimento de Ilhéus e região, como Arraial de Tabocas, a qual futuramente ganha sua independência e nasce o município de Itabuna. É muito interessante ver como o cacau foi responsável por maior parte do crescimento socioeconômico do sul da Bahia.

Por fim, Terras do Sem Fim já revela traços bem fortes do amadurecimento literário de Jorge Amado que encontramos no belíssimo Gabriela, Cravo e Canela. A forma como o autor cria seus cenários, personagens e envolve ambos é muito bem feito e proporciona uma leitura que flui e cativa. É uma forte indicação para quem gosta de História.
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Gabriela 11/07/2021

Incrível
Toda vez que leio Jorge Amado me surpreendo com o talento desse homem.
Ele tem a habilidade de retratar a época perfeitamente, escrevendo um romance como se fosse uma poesia. Tudo é equilibrado. Cada frase é cuidadosamente colocada onde deveria estar.
Os personagens são maravilhosos. Não tem como não se apaixonar pelo Capitão Magalhães, jogador, o Virgílio, inteligente e apaixonado, ou se envolver nessa briga interminável dos Badarós com o Horácio (eu nunca sabia pra quem torcer). Sem falar da cena final da Ana Badaró... Todo mundo é bom, e todo mundo é mau. Perfeito.
Jorge Amado continua brigando com Machado de Assis pelo título de melhor escritor brasileiro! Não sei escolher.
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D. João Gabriel 30/04/2021

Cacau regado a sangue
Obra-prima da literatura brasileira. Retrata uma parte da nossa história, em Ilhéus/BA e em seus arredores na primeira metade do século XX.

O livro possui um ritmo constante na narrativa, sempre algo interessante acontecendo.
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Taís 08/04/2022

Enredo muito bacana. Apesar dos comentários de outros sobre os diversos personagens, foi tranquilo de acompanhar a trama. Uma tristeza o desmatamento e uma alegria o enlace dos personagens.
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Locimar 05/09/2020

Li esta edição do extinto "Círculo do Livro". Tinha um amigo que fez assinatura, recebia os livros, lia e depois me emprestava. Uma pena que este amigo e eu nos perdemos com o tempo. Muito mais por minha culpa, por minha arrogância, bem verdade. Pagarei um preço por isto ainda. Terras do Sem Fim, fina edição para época, capa dura e todos os personagens bravios de Jorge Amado.
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1650711410 07/09/2023

Muito típico das escritas de Jorge Amado
As histórias meio que se repetem, falam muito dos coronéis do cacau e suas monstruosidades e ganância! As questões políticas, parecem muito atuais, ou as atuais, me parecem iguais as práticas antigas!
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Rodrigo 29/01/2023

Encantamento
Uma história de lutas, conquistas, mortes, injustiças, mas também de amor. Amor pelo dinheiro, por poder.
Eis que no meio disso tudo surge um amor genuíno, impossível de acontecer, mas que acontece.
Jorge Amado em sua melhor forma.
Um dos meus preferidos do autor, sem dúvidas.
Alê | @alexandrejjr 30/01/2023minha estante
Único livro que li até hoje do amado Jorge. Difícil esquecer ele na memória.


Rodrigo 30/01/2023minha estante
Indico a leitura de Tocaia Grande, meu preferido.




Franciely 09/05/2013

Surpresa
Eu nunca havia lido nada de Jorge Amado e esse livro me surpreendeu pelo contexto histórico que tem e por conseguir levar uma narrativa adiante com tantas personagens diferentes, visões diferentes baseadas nas personagens (pois cada um deles ganha seu devido destaque no livro e quando se fala da personagem as coisas são colocadas da maneira que ela vê).
Um livro muito recomendado pra quem gosta de história do Brasil e literatura de qualidade que gere uma reflexão e não somente entretenimento.
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Vitória 22/09/2023

Desde que inventei essa história de ler as obras do Jorge Amado por ordem de publicação que eu esqueci o querido no canto. A última vez que tinha pego um livro dele foi em 2021, quando li O Cavaleiro da Esperança. A sequência de biografias escritas por ele me desanimou um pouco, porque acho que elas estão longe de serem as melhores obra do Jorge. Esse também não chegou nem perto de se tornar um dos meus favoritos, mas vou explicar isso mais pra frente.
Depois de iniciar a leitura eu lembrei que já tinha lido as primeiras páginas de Terras do Sem Fim em algum momento no passado e que, por não ter conseguido mergulhar na história, eu tinha abandonado. Dessa vez eu não abandonei, mas a impressão continuou a mesma. Os trechos no barco são exaustivos demais. A gente conhece trocentos personagens de uma forma bem rasa, e não consegue se apegar a nenhum deles porque a gente simplesmente não sabe onde aquilo tudo vai dar, nem se eles terão importância na narrativa mais pra frente. Mas aí vai um spoiler: eles tem. Depois de ter percebido que essa foi a forma encontrada pelo autor de inserir quase todos os personagens da zona cacaueira, coisa que se tivesse sido feita de outra maneira talvez parecesse artificial, eu achei genial, mas não deixou de ser cansativo.
Tirando Seara Vermelha e Capitães da Areia, todos os meus livros favoritos do Jorge são aqueles nos quais ele acompanha um personagem só e que, ainda que outras tramas sejam apresentadas, no fim das contas é aquele personagem que importa. Aqui, infelizmente, a história não é assim, mas nem por isso deixa de ser maravilhoso. É quase como se estivéssemos acompanhando uma novela, inclusive era muito fácil pra mim imaginar os cenários na minha cabeça. A cada capítulo um novo personagem é apresentado (ou reapresentado, caso seja um dos que estavam no barco), nós conhecemos um pouco do passado dele e a partir dali a narrativa caminha tendo ele como um dos atores. Isso faz com que a leitura flua mais facilmente, afinal sempre vai ter algo acontecendo em algum dos núcleos. Porém, mesmo que o Jorge seja capaz de me fazer ficar apegada com um personagem novo em poucas páginas, eu sempre tinha o meu favorito, e sempre queria saber mais sobre ele.
Dos meus favoritos, Damião com certeza é o maior. Eu me acabei de chorar nos capítulos dele. Achei linda a forma como o Jorge construiu a epifania dele, de como ele faz o cara que é basicamente um assassino de aluguel, que quando não está fazendo tocaia esperando sua próxima vítima, está no terreiro brincando com as crianças, finalmente perceber o que ele faz pra ganhar dinheiro. A humanização desse personagem é muito verdadeira. E os trechos seguintes, sobre o feiticeiro Jeremias, trazem uma visão que eu acho necessária, mas que eu não esperava ver nessa obra devido à época em que ela foi escrita. Nesse ponto já é certo que a mata vai ser derrubada pra se tornar uma plantação de cacau, a gente só não sabe ainda quem vai conseguir fazer isso primeiro, e ver o Jeremias, no momento em que sabe desses fatos, falando que o sangue dos homens e dos animais da mata vão servir de adubo pros cacaueiros e morrendo logo em seguida me arrepiou inteira. O Jorge realmente pensava em tudo.
Temos algumas histórias de amor, mas como em qualquer livro do Jorge elas são mais trágicas que qualquer outra coisa. Acho que o que eu mais gosto dessa obra é justamente o que ele não consegue fazer nos livros com apenas um protagonista: ele debate muitos temas sociais. Num primeiro momento eu pensei que ficaríamos apenas na fazenda, com os latifundiários que são donos de tudo, inclusive das pessoas, dos trabalhadores que lutam de sol a sol pra tentar sobreviver e quem sabe diminuir a dívida deles com a fazenda, da violência que aparece todo dia assim que o sol se põe e da lei do mais forte que dita verdadeiramente com quem aquelas terras irão ficar. Porém, em certo momento, a narrativa se desloca um pouco pra cidade mais próxima, e aí os temas se abrangem ainda mais, falando sobre como os fazendeiros e o dinheiro que eles possuem controlam a política e a justiça do lugar, e de um dos meus temas favoritos abordados pelo Jorge: as prostitutas. Eu não tenho nem espaço pra falar sobre isso tudo aqui, mas fiquei assustada com o quão atual um livro escrito há 80 anos pode ser. Como uma pessoa nascida no interior e militante do movimento de luta pela terra desde que se entende por gente, eu sei que essas mortes por conflitos de terra e a escravidão do campo existem ainda hoje porque eu vi elas acontecerem. Eu sempre falo que gosto mais das obras do Jorge que se passam na cidade, mas as do campo batem em um lugar diferente dentro de mim. Tirei meia estrela só por essa minha neura de querer apenas um protagonista, mas que no fim das contas não faz o livro perder a qualidade. Espero voltar em breve pra falar sobre São Jorge dos Ilhéus, chega de passar dois anos sem ler nada desse homem.
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Daniel.Ribeiro 04/06/2021

Nas marcas de uma trilha, o homem se faz forte...
Nunca tinha feito tanto sinal marcado trilhar as letras sadias do paladar de Jorge Amado. A veracidade do homem valente, em contraste ao desejo de sobreviver traz a narrativa para uma viagem literária inigualável.
Narrado nos tempos de conquistas em um estado da Bahia que estava conhecendo o profundo desejo de novas terras, onde o ouro negro seria o tesouro mais recente descoberto, vemos não só lutas por terras, por territórios, está também descrita a vida de pessoas que estão ali para tentar ganhar a vida, mas que acabam encontrando uma vida de lamúrias.
É neste tempo, com a narrativa descrita no romance, que a realidade se conecta com a fantasia, tratando de expor ao leitor que há possibilidades de vivenciar experiências com o imaginário, onde ele reflete os acontecimentos do romance, trazendo o olhar para a realidade.
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