Elenilson Nascimento 13/03/2010
CRÔNICA DE UM AMOR LOUCO
“Perto dessas histórias rudes e ríspidas de hoje dos chamados “vendagens garantidas”, os contos e poemas de outros autores parecem narrativas de colegiais, que nada têm a ver com o mundo desse grande autor que nos envolve e sufoca, mas ao mesmo tempo é lírico e romântico.”
Por Elenilson Nascimento
O livro original foi lançado nos EUA sob o título de “Erections, Ejaculations, Exibitions and general tales of ordinary madness” do genial escritor Charles Bukowski (1920-1994) e chegou ao Brasil, através da L&PM, dividido em dois volumes: “Crônica de um amor louco” (1984) e “Fabulário geral do delírio cotidiano” (1986).
Mas, na verdade, esse livro é uma coletânea de contos dentre os quais destacam-se os clássicos “A mulher mais linda da cidade” e “Política é o mesmo que fuder cu de gato”. A vadiagem transformada em arte. As bebedeiras como poesia. Ridículas brigas em bares. Bukowski fez literatura com tudo o que encontrou na história da sua própria vida: angústias, bobagens, dramas, gafes, drogas e fodas. E acabou tornando-se um escritor único. Escatológico, melodramático, cínico, marginal(izado), antiacadêmico, anti-grupos literários, lírico, alcoólatra, machista, politicamente incorreto, anarquista e um grande escritor. Tudo o que eu admiro e sinto falta nas porras que se dizem acadêmicos e o pior, se dizem autores.
"Cartas na rua", "Mulheres", "Misto Quente", "Hollywood" são apenas alguns dos romances de Bukowski, que também era poeta e trabalhou em diversos empregos medíocres durante a vida inteira até ser consagrado como escritor e ter seu espaço na literatura americana contemporânea. Mas alguns críticos ainda teimam, mesmo nos dias de hoje, em colocá-lo lado a lado com a turma dos beatniks, mas Bukowski nada tem a ver com a turma de Kerouac e/ou Ginsberg.
>>> Clique aqui e leia a resnha na integra no COEMNDO LIVROS: http://comendolivros.blogspot.com/2010/03/cronica-de-um-amor-louco.html