BJekyll0 22/01/2022
Atingi, creio, a plenitude do emprego da razão. E é por isso
... que me vou matar.
Só "existe" uma aparição do Barão de Teive, o motivo: "Não me arrependo de ter queimado o esboço todo das minhas obras. Não tenho mais a legar ao mundo que isto."
Esse manuscrito, deixado em uma cômoda, vai além de um manuscrito, uma carta aberta de suicídio.
Álvaro Coelho de Athayde, 14° Barão de Teive. Pessoa transferiu toda sua lucidez para o Aristocrata, que não pôde suportá-la. Barão de Teive nasceu para morrer. Tudo nesta obra é simbólico (assim como praticamente toda obra do Pessoa), a exemplo a mutilação que é sentida na carne pelo Barão, uma dolorosa experiência estoica que por opção foi feita sem anestesia. Enquanto em outras obras de Pessoa, observa-se essa mutilação na personalidade. Existe um paralelo entre Bernardo Soares e o Barão de Teive. Educação Sentimental /Educação no Estoico. O Barão precisou morrer para que Bernardo "nascesse".
Sem mais delongas, a mensagem que Teive nos deixa é qur a razão não pode tudo.