O Homem Duplo

O Homem Duplo Philip K. Dick




Resenhas - O Homem Duplo


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Cheile.Silva 28/03/2022

Quem é você?
Esse foi um livro não muito fácil de ler, me peguei voltando páginas e relendo trechos. A história é profunda, confusa como a mente dos usuários da Substância D. A confusão entre ser Fred e Bob é interessantíssima assim como seus colegas. Eu amo PKD e esse livro, como os demais que eu já li, não me decepcionou em nada.
@vidaliterata 18/05/2022minha estante
Oi, moça. Tô super interessado em ler esse livro. Como vc já leu, vc recomenda que comece por ele?


Cheile.Silva 21/05/2022minha estante
Se for começar a ler PKD, recomendo começar com os clássicos, como Blade Runner (Androides sonham com ovelhas elétricas?) ou com o livro de contos Sonhos Elétricos. Achei esse um pouco difícil de ler, e talvez frustre o gosto por PKD.


@vidaliterata 24/05/2022minha estante
Obrigado pelas dicas




baby targaryen 19/04/2023

Divino
Esse livro é com certeza o meu favorito do PKD, é uma viagem psicodélica com pitadas de humor mas também é muito triste. Não é um livro para iniciantes da ficção científica nem iniciantes de obras do PKD.
Algumas partes desse livro mexeram bastante comigo, e saber que o livro tem uma pegada biográfica acho que deixa tudo bem diferente, você enxerga diferente e isso me deixou mais triste. Eu estava bem ansiosa pra ler a nota do autor, a lista que ele fez para os amigos que se foram ou tiveram danos irreversíveis por causa das drogas me pegou muito.
"Uma viagem psicodélica qualquer, selvagem, insondável e horripilante."
Brujo 19/04/2023minha estante
Adorei a análise! Já assistiu a adaptação desse livro para filme , com o Keanu Reeves ? É bem interessante.


baby targaryen 20/04/2023minha estante
Obrigada! Sim!!! eu adoro esse filme por sinal, sou muito fã do Keanu e assisti justamente por ele, não sabia na época que se tratava de um livro do pkd




@bibliotecagrimoria 25/08/2021

O mundo visto através de um espelho
A frase do apóstolo Paulo em 1 coríntios 13:12 é a base da ideia de Philip K. Dick nesse livro.
Como o autor mesmo diz, esse livro é mais uma de suas tentativas de teorizar e questionar a realidade que muitos tem como algo certo e palpável e colocá-la em perspectiva, no sentido de que, ao ser interpretada passando por cada intelecto, tal realidade pode ser vista como só entendida, compreendida, de forma parcial por cada um, e que qualquer tentativa de objetivá-la seria uma infundada necessidade de estabilidade que não passaria de uma ilusão auto imposta.
Trazendo diálogos profundos que envolvem conceitos complexos de ciências psiquiátricas, o livro de P.K. Dick é ainda carregado de sentimentalismo (abordado de forma sombria) ao ser dedicado aos problemas que enfrentam as pessoas viciadas. Problemas que o próprio autor enfrentou durante a vida e que teve sorte de sobreviver; sorte essa que não tiveram alguns de seus amigos, aos quais o livro é dedicado.
Há um frase no livro que resume bem essa situação onde pessoas viciadas não tem ninguém por elas, no máximo outros viciados com quem dividem a sarjeta, a exclusão social: "Os cérebros de todos eles estão derretidos e interagindo mutuamente desse jeito zoado. É gente derretida tomando conta de gente derretida. Bem no caminho certo para a destruição." (pag. 218).
Isso ilustra bem a situação em que vivem aqueles que não conseguem sair do mundo das drogas. Pessoas que, segundo P. K. Dick, pagaram um preço desproporcionalmente alto pela simples vontade que tiveram de se divertir em um mundo tão caótico e cheio de incertezas. Preço alto este que ele também alega ter pagado.
No mais, o livro leva o debate das drogas para além daquele debate que encara o problema dos viciados como um problema de saúde, ou de indisciplina, ou de pura marginalidade. Na medida em que o protagonista Bob/Fred Arctor utiliza a substância D que sequela a sua mente, duplicando sua personalidade e fazendo com que duas consciências (ou semi consciências) dividam o mesmo corpo, o seu corpo (ou corpo deles... Bob e Fred), P. K. Dick nos faz refletir, através de uma gama de situações perturbadoras e um clima sombrio, como é estar na pele do outro cara, na pele de um drogado.
camila 31/08/2021minha estante
Interessante seu ponto de vista a respeito da obra.




Dimitri 15/08/2010

Dos motivos pelos quais me identifiquei com o livro
A alguns meses eu li o livro O Homem Duplo (A Scanner Darkly, no original), de Philip K Dick, famoso autor de ficções científicas, sendo a obra Do Androids Dream Of Eletric Sheep a mais famosa, por ter sido adaptada ao cinema em 1982 como Blade Runner - O Caçador de Andróides, de Ridley Scott, estrelando Harrison Ford e Hutger Hauer.


Em 2006, O Homem Duplo também foi adaptado em filme homônimo, estrelando Keanu Reeves e Robert Downey Jr. À época do lançamento, chamou a atenção pela técnica visual utilizada, uma rotoscopia digital que conferiu um leve aspecto surreal, ainda que calcado na realidade, tornada falsa, intangível. Não poderia ser mais apropriado, levando em conta a trama.

A história se centra no policial Bob Arctor, conhecido pelos seus colegas no departamento apenas como Fred, seu codinome. Ele faz parte de um grupo seleto de policiais da Califórnia que trabalham disfarçados no combate ao narcotráfico, que assola os EUA em um futuro próximo. Ninguém na polícia conhece a sua verdadeira identidade. Os policiais que trabalham neste grupo utilizam publicamente uma espécie de traje que impede a identificação de quem o veste. Sem o traje, Bob trabalha infiltrado em um grupo de usuários da Substância D, a superdroga do futuro, a fim de desmascarar a identidade dos grandes traficantes.

Seus superiores, representados pelo agente Hank, outro policial disfarçado, sabem que um dos membros do círculo que Fred frequenta é um desses perigosos traficantes. Para eles, Bob Arctor também é um dos suspeitos, o maior de todos, inclusive. As coisas começam a piorar quando Bob começa a sofrer os fortes efeitos nocivos da Substância D, que ele consome para manter seu disfarce. Ele passa a sofrer de uma espécie de esquizofrenia que divide a sua identidade em duas. Como Fred, ele passa a investigar Bob. Como Bob, ele começa a desconfiar que um de seus amigos está preparando alguma armadilha para ele.

Quase toda a obra de Dick é permeada pelo questionamento da realidade, levando à reflexões metafísicas e, por vezes, teológicas sobre quais os fatores que definem o mundo em que vivemos como sendo real. Paralelamente, também discute o que é ser humano e o que é identidade. O Homem Duplo está mais alinhado com esta segunda linha, embora não ignore a primeira.

Afinal, quem é mais verdadeiro? Bob ou Fred? Bob abandonou a esposa e suas duas filhas para se infiltrar num círculo de usuários de drogas. Ele se tornou no seu disfarce. Por outro lado, Fred ainda é o mesmo policial que foi antes de ter a sua identidade dividida, apesar da sua existência ser um segredo para seus amigos que são, no final das contas, toda a família que lhe resta. Fred é seguro e não tem dúvidas quanto a seu papel como policial. Bob é atormentado pelas lembranças do seu passado, pela paranóia instaurada e por não entender Donna, sua namorada e traficante, que não permite nenhum toque físico.

O título original A Scanner Darkly refere-se aos scanners instalados na casa de Bob, utilizados por Fred para monitorar as suas atividades e a dos seus amigos, algo como câmeras de vigilância de alta tecnologia. Em certo trecho do livro, Bob reflete sobre a sua situação, sendo vigiado constantemente por Fred, que por sua vez confere mais tarde as gravações feitas pelos scanners. É exatamente esse trecho que me fez querer publicar este post:

What does a scanner see? he asked himself. I mean, really see? Into the head? Down into the heart? Does a passive infrared scanner like they used to use or a cube-type holo-scanner like they use these days, the latest thing, see into me - into us - clearly or darkly? I hope it does, he thought, see clearly, because I can't any longer these days see into myself. I see only murk. Murk outside; murk inside. I hope, for everyone's sake, the scanners do better. Because, he thought, if the scanner sees only darkly, the way I myself do, then we are cursed, cursed again and like we have been continually, and we'll wind up dead this way, knowing very little and getting that little fragment wrong too.


Publicado originalmente em:
http://notasprovisorias.wordpress.com/2010/08/14/o-homem-duplo/
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raulpereira 01/12/2011

Particularmente achei a leitura do livro cansativa, mas a ideia geral da ficção é ótima, o desfecho também, mas acredito que se o excesso de gordura existente fosse retirada, a leitura ficaria mais agradável.
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Freitras 08/06/2011

Talvez a Obra-Prima do Philip Dick (mas ainda não li VALIS)
Um dos meus livros favoritos repleto de momentos dos quais eu costumo me lembrar com certa freqüência. A maneira como PKD escreve impressiona sobretudo por criar cenas facilmente visualizáveis, cenas que ficam na sua memória por anos; não é a toa que seus livros frequentemente geram adaptações para o cinema.

Um dos meus momentos favoritos em O HOMEM DUPLO envolve um pressentimento de discussão e a súbita necessidade de cair fora, de "sair dali", em que um dos personagens, após sentir um clima estranho entre seus amigos, entra em seu carro e volta para sua casa ao som de "All Is Loneliness" da Janis Joplin, pensando em como as coisas estão diferentes do que costumavam ser. Não é um momento significante para o desenvolvimento da trama, se me recordo bem, mas é um momento especial (sobretudo para quem já teve a mesma sensação do personagem em questão).

O HOMEM DUPLO é um livro com humor e por vezes melancólico que usufrui da ficção científica para contar a história de um momento específico de uma geração, o momento em que Philip K. Dick viu diversos de seus amigos serem punidos (pela polícia, pela loucura, pela fragilidade da saúde humana etc.) por terem abusado do uso de drogas.
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Pedro Almada 26/08/2011

Sensação ambígua
Sinceramente, não sei se gostei ou se me desagradou. Pensei em dar três estrelas, mas não consegui. De alguma forma, não conseguiria dar menos de quatro estrelas a esse livro.
A história de um homem que vive sua vida dupla. Num momento é um oficial da justiça. No momento seguinte é um drogado com amigos sequelados com um mundo dominado pelas drogas. O desenrolar de sua história é confuso, mas, de uma forma estranha, consegue prender o leitor.
Assim como o nome, a sensação também é dual. Gostei ou não? Talvez tenha gostado, ou não me daria ao trabalho de ler. Tudo o que garanto é que o final ganhou toda a história, na minha opinião.
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Xsavier 10/06/2014

"Êxtase" de livro.
Genial.
Ah, tem "aquele" filme (o homem duplo, Keanu Reeeves), que na minha opinião nao chega nem aos pés desse livro mas que serve pra termos uma idéia de como seria o traje misturador. De resto o filme em si é muito bosta, parece um resumo mal feito da história, mas deixem isso de lado e leia o livro que é uma obra prima.
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Gabriel 05/12/2015

livro excelente
talvez " O homem Duplo" seja meu livro favorito ( não só das obras de PKD), apesar de ter um desenrolar arrastado, é possível captar a angústia e a paranóia genuína do autor nessa obra. Os personagens e as situações funcionam o suficiente para contar uma história trágica sobre uma sociedade estranhamente distante e próxima da nossa.
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Zanchettin95 24/10/2024

Problema na expectativa, não no livro
Devo começar dizendo que comecei o homem duplo pouco tempo depois de ler outra obra do autor (Fluam minhas lágrimas, disse o policial) que simplesmente adorei.
Creio não ter gostado muito desse por criar expectativas que foram irreais. Dick quis escrever sua visão final sobre o uso e vício em drogas, sobre a sociedade, tempo e para isso usou passagens autobiográficas.
É um grande desabafo sobre o fim dos usuários e o preço que se paga por uma vida livre e desimpedida. Mesmo não me agradando tanto é uma leitura que recomendaria.
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joaopedroou 15/06/2016

Gente, esse livros é um dos melhores da vida, sério!

Conta a história de um agente duplo da polícia chamado Robert Arctor que investiga consumidores de drogas. Bob acaba se tornando mais um consumidor de droga e acaba tendo que se auto-investigar a mando de Hank, seu chefe. Assim, instalam scanners na casa de Robert e então ele começa a visualizar a sua vida de fora e a história se desenrola assim, ora Robert vivendo sua vida ora ele observando sua casa.

O livro discute temas muito densos, descreve o mundo pelos olhos dos drogados. Então, não se chateie quando o livro simplesmente começar a misturar as ondas dos personagens chapados com a história real. Os elementos fantásticos dessa história nada mais são do que ondas de várias drogas.

No final do livro, há uma reviravolta surpreendente e eu simplesmente fiquei apaixonado com essa história. É simplesmente maravilhoso!!!!
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Marcos 14/10/2016

Robert Arctor, vulgo Bob Arctor, é um agente da polícia especializado em investigar casos envolvendo viciados em drogas. Ele trabalha como agente duplo, ou seja, trabalha para a polícia e também se infiltra no meio dos viciados para realizar sua investigação mais de perto, nesse caso usando o nome de Fred. Porém, é nessa situação que Bob/Fred acaba se viciando em substância D, a droga do momento na cidade, que atua em partes do cérebro causando danos neurológicos sérios. É nesses dois pólos que vive o protagonista e, de certa forma, toda a sociedade em que ele está inserido agora.

Um Reflexo na Escuridão foi o meu primeiro contato com o autor, cuja obra sempre me despertou certa curiosidade. Comecei com pé direito, com uma história incrível e uma leitura sensacional. A principal qualidade da obra está em aproximar o leitor da mente de um usuário de drogas. Dick faz isso de uma forma incrível, com descrições detalhadas de todos os efeitos que uma substância pode causar na mente de um viciado.

A escrita de K. Dick é viciante, faz com que o leitor se mantenha ávido para saber como tudo se desenrolará e como acontecerá o final. Ele sabe dosar bem os momentos de ação com os de suspense ou de apenas desenvolvimento da história em si, colocando os pontos de clímax de forma equilibrada e correta. Outro ponto forte é a crítica social que o autor traz, camuflada pelas alegorias que traz nas relações entre os personagens. Esse é um excelente exemplo de livro que demonstra como a ficção científica não é um gênero meramente de entretimento, mas sim que traz também tópicos de discussão e reflexão.

O final do livro é sensacional! Há um plot twist que modifica e dá sentido a toda a história. Não vou revelar muitos detalhes, para não dar spoilers, mas aviso aos leitores que prestem bastante atenção aos capítulos finais para captar o que acontece.


Excelente livro tanto para quem está começando a ler o gênero ou para quem já o lê. Recomendo muito a leitura.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2016/10/resenha-um-reflexo-na-escuridao-de.html
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Gilberto 05/06/2020

Uma verdadeira viagem de ácido!

Segundo livro do K. Dick e mais uma vez termino com aquela sensação de que jogou elementos mas não teve uma finalização adequada.

Mas, se pararmos pra pensar, o que é a vida, senão apenas a gente vivendo a nossa versão dos fatos, muitas vezes sem saber o desfecho das coisas?
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Rodolpho.Gonzalez 10/08/2020

Não é o melhor trabalho de PKD
Alguns pontos do livro são sensacionais - o próprio leitor fica sem saber sobre a identidade do personagem. Só penso que isso podia ser explorado melhor no livro, com menos paranóia e mais disso.

No geral, livro legal.
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Eliana 05/10/2020

Fascinante
É um livro difícil de ler, mas que mostra muitos pensamentos e uma vida vista pelo lado de um viciado, deveras interessante
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