Mansfield Park

Mansfield Park Jane Austen




Resenhas - Mansfield Park


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Cristiane.Rocumback 24/04/2023

Bom
Mais uma leitura de Jane Austen concluída e mais uma vez a percepção dos mesmos pontos críticos nos personagens da autora.
Vários personagens regidos pelo interesse e posição social. Uma mocinha julgada inferior por seu berço simples, mas acolhida por "misericordiosos" parentes. O tempo revela as verdades, qualidades, defeitos e quem se sobressai por ter um espírito mais empático e bom... Jornada um tanto longa e sofrida para a mocinha Fanny. Gostei da história.
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Ritinh@ 22/04/2023

Fanny é uma princesa ?
Sei que tem gente que não gosta da Fanny, mas gente, EU AMO ELA!!

Ela é tão meiga e fofa, fiquei apaixonada por ela. Claro que ela sempre se anulava na frente dos outros, mas eu entendia os motivos dela. Ela não queria ser um peso pra ninguém.

Só não gostei do Edmund. Ele é um pamonha de marca maior!!

Enfim, gostei acho que esse livro é meu terceiro favorito da Jane.
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Pietra Galutty 21/04/2023

My Dearest Fanny Price...
Jane Austen (1775-1817), em seu terceiro livro publicado Mansfield Park (1814) já com traços da maturidade na escrita da autora - um tom mais contido, se comparado à Orgulho & Preconceito (1813) e Razão & Sensibilidade (1811).

"Porém, na verdade, não existem no mundo tantos homens ricos quanto belas mulheres para merecê-los". (pg. 9)

Na obra, acompanhamos a história de Fanny Price, uma menina frágil e tímida que nasceu em uma casa pobre e sem recursos. No entanto, Fanny conta com o fato de ser sobrinha de um baronete de uma família rica e aristocrática - a família Bertram. Fanny é filha de uma das irmãs que fez um casamento por amor, porém altamente desvantajoso. Sendo a prima pobre de uma família bastante abastada, Fanny é adotada com apenas dez anos e passa a viver em Mansfield Park com seus primos, sua Tia Bertram, Sir Thomas Bertram e a nauseante Tia Norris.

Fanny, apesar de ser sobrinha legítima de um baronete, não é considerada efetivamente parte da família Bertram. Este traço é muito bem delineado na obra: Fanny não é uma igual naquele ambiente, nunca devendo ser tratada como tal. A diferença de tratamento entre Fanny e suas primas, Maria e Julia Bertram (bem nascidas e afortunadas), é encorajada desde o início. A Tia Norris faz boa parte do trabalho sujo: Fanny é apenas uma ação de caridade, não pode ser igual aos demais em seu convívio. Os papéis sociais e a divisão de classes são muito bem delineados nesta sociedade.

"Porém, mesmo assim, elas não podem ser iguais. A linhagem, a fortuna, os direitos e as expectativas serão sempre diferentes". (pg. 16)

"(...) Porque as pessoas nunca são respeitadas quando ultrapassam os limites do seu meio. (...) Eu lhe suplico e imploro que não se exiba, conversando e dando opinião como se fosse uma das suas primas, como se fosse a querida sra. Rushworth ou Julia. Isso não dará certo, acredite. Lembre-se, onde quer que esteja, você deve ser a mais inferior e a última". (pg. 207).

Fanny Price é uma heroína austeniana que vai pela linha transversa das demais: ela não é aventureira, imprudente, audaciosa. Não. Fanny é o oposto disso. Tendo em vista o ambiente de subserviência em que cresceu, ela desenvolveu uma submissão completa - uma criação abusiva, em que ela é obrigada a sempre reconhecer como os tios são benevolentes por criá-la, como tem sorte por ter a vida que tem. Ela não odiava ninguém: era sensível, tímida e prestativa com todos. Fanny aprendeu que quanto mais invisível ela for, melhor para sua sobrevivência.

"E, embora Fanny as vezes se mortificasse pelo tratamento recebido, menosprezava tanto os próprios direitos que nem se magoava". (pg. 24)

Nesse cenário, apenas Edmund Bertram, o primo mais novo de Fanny, é seu conforto diário. Naquele ambiente de indiferença, e até mesmo de preconceito contra essa menina 'sem cultura', apenas Edmund, destinado a ser clérigo, era bondoso e a consolava. O menino desde pequeno ajuda Fanny a superar sua timidez e a se sentir confortável naquele lar, tratando-a com respeito e consideração. Com o tempo, Fanny desenvolve um grande sentimento pelo primo, sabendo desde o início que o amor dos dois é impossível.

"Sem exibir que fazia mais do que os outros, sem temer fazer demais, Edmund era sempre fiel aos interesses de Fanny, atento aos seus sentimentos, tentando fazer com que as suas boas qualidades fossem percebidas e vencer a timidez que as impedia de serem mais aparentes, dando-lhe conselhos, consolo e incentivo". (pg. 25).


Com o passar dos anos, Fanny Price se torna uma moça bela e passa a despertar a atenção de todos, e é nesse cenário que o convívio de Mansfield Park nunca mais será o mesmo: a chegada de um casal de irmãos, Mary e Henry Crawford, de passagem nos arredores de MP, muda a configuração de tudo. Henry é um jovem rico e muito astuto, algo mais próximo a um cafajeste para os padrões de Jane Austen. O Mr. Crawford fará de seu deleite pessoal conquistar Fanny Price, não com as melhores intenções do mundo.

"Ele é o namorado mais difícil que se possa imaginar. Se essas suas srtas. Bertram não gostam de ter os corações despedaçados, diga-lhes que evitem Henry". (pg. 44).

"(...) Não, o meu plano é fazer Fanny se apaixonar por mim. (...) Mas eu não consigo me contentar sem Fanny Price, sem fazer um pequeno buraco no coração de Fanny Price". (pg. 214).

"Só quero que ela me veja com bondade, me dê sorrisos e enrubesça, guarde uma cadeira para mim ao seu lado, onde quer que estejamos, mostre-se muito animada quando eu me sentar ao seu lado para conversar; que pense como eu, se interesse pelos meus bens e pelos meus prazeres, tente me manter por mais tempo em Mansfield e, quando eu for embora, sinta que nunca mais voltará a ser feliz. Só quero isso". (pg. 216).


Fanny Price, ainda que seja uma as protagonistas austenianas criticadas por sua apatia, se impõe na hora em que é testada, mostrando grande força de caráter ao negar um casamento altamente recomendado, especialmente em razão da fortuna que ela adquiriria. Fanny é a grande protagonista que demonstra a importância da resiliência e a força que pode vir através do silêncio, paciência e perseverança.

"Você só vê metade da situação. Vê o mal, mas não vê o lado consolador. Sempre haverá pequenos atritos e decepções por toda parte, e todos nós vivemos esperando demais. Porém, se um esquema de felicidade falha, a natureza humana busca outro". (pg. 48).

"Refletia sobre o passado, o presente e o futuro, numa agitação nervosa que lhe turvava o raciocínio, deixando claras apenas duas coisas: a convicção de que, independentemente das circunstâncias, seria incapaz de amar o sr. Crawford, e a felicidade de ter uma lareira acesa, junto à qual podia se sentar e meditar". (pg. 304).

"Toda mulher deve sentir a possibilidade de um homem não ser aprovado, não ser amado por alguém do sexo feminino, ainda que ele seja agradável. Mesmo que ele tenha todas as perfeições do mundo, creio que não se deve dar como certo que esse homem necessariamente seja aceito por qualquer mulher de quem ele venha a gostar". (pg. 327).


Mansfield Park, diferentemente dos livros anteriores de Jane Austen, tem uma preocupação maior em retratar a realidade social da época (Inglaterra do começo do séc. XIX), do que propriamente contar uma história de amor de tirar o fôlego. A obra em si possui um conteúdo moralizante, comentários sobre educação, papéis de gênero, papéis social e pretende passar um conteúdo moralizante.

"Todo esse questionamento dependia de uma única pergunta: será que ela o amava o suficiente para renunciar ao que considerava pontos essenciais; ela o amava o suficiente para deixarem de ser essenciais? E essa pergunta, que ele repetia muitas vezes para si mesmo, embora fosse respondida mais frequentemente com um "sim", algumas vezes tinha como resposta um "não"." (pg. 238).

Outro ponto forte da obra, é mostrar como o mercado de casamentos é totalmente hipócrita naquela sociedade. O livro em si é bastante ousado para os padrões de Austen, tratando de temas tabus como adultério e divórcio. Ler Jane Austen é sempre um exercício para o raciocínio, que aguça a nossa inteligência. A autora é genial com seus comentários irônicos e observações muito acertadas sobre a realidade social de sua época, observações que ecoam ainda em nossa realidade de 200 anos depois.

"Neste ponto, propositalmente me abstenho de datas, para que todos tenham a liberdade de fixar as suas, cientes de que a cura de paixões inconquistáveis e a transferência de afetos imutáveis variam muito quanto ao tempo em diferentes pessoas". (pg. 436).

"(...) Haveria algo mais natural do que a mudança? (...) O que mais poderia se acrescentar a tudo isso agora, senão que ele devesse aprender a preferir olhos claros e suaves a olhos escuros e brilhantes?" (pg. 437).
Hadassa.Santana 17/01/2024minha estante
Nossa, que resenha incrível. Amei!




Igor 18/04/2023

Não me conquistou
De todos os livros de Jane Austen que li até agora, esse é sem dúvidas o mais "fraco", senti falta dos personagens e história cativante que a autora apresentou em outras obras. Só não abandonei por ser um livro de Jane Austen.
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Jéssika 17/04/2023

Resenha
Resenha Mansfield Park

Nessa obra conheci Fanny Price, que é a personagem central do romance, uma menina frágil e tímida que nasceu numa casa muito pobre, mas que acabou sendo adotada e indo morar com seus tios ricos em Mansfield Park.
Porém, nem tudo são flores na abastada mansão e Fanny é inferiorizada e humilhada inúmeras vezes, principalmente por sua tia Norris.
Lá ela convive com vários familiares, no entanto, tem uma maior aproximação com seu primo Edmund por quem Fanny cultivará um grande sentimento.
Com a chegada dos irmãos Henry e Mary Crawford nas redondezas, a história se agita.
Fanny é duramente testada e tem a oportunidade de mostrar o quão forte e decidida ela é, do tipo que não se dobra à vontade dos outros, nem aceita a alternativa mais fácil. Sua firmeza de caráter e sua resiliência a diferem das outras jovens da história e faz com que finalmente reconheçam, principalmente o tio que a criou.
É um livro bastante ousado para a época, trazendo temas tabus como adultério e divórcio.
De todos os livros de Jane Austen, foi o que eu menos gostei. Achei que o desfecho foi corrido, tendo ficado todas as respostas para o final e apesar da solução da autora ter sido bastante criativa, não me convenceu. O fato de deixar o tempo de ?desenrolo? do romance a critério de cada leitor, foi inovador, mas eu não curti.
No mais, a leitura é cativante como em todos os outros livros.
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Bruna1897 16/04/2023

Um bom livro, às vezes meio pacato mas bom. Ainda prefiro orgulho e preconceito. Já quero ler mais um da Jane Austen.
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Beca 07/04/2023

E agora, que faço eu da vida sem você Jane Austen?
Agora que encerrei este, fica aqui meu ranking de predileção dos livros da Jane Austen
1° Orgulho e Preconceito
2° Persuasão
3° Razão e Sensibilidade
4° Emma
5° Mansfield Park
6° A Abadia de Northanger
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Grazi 07/04/2023

Ranço da Sra Norris
Esperava pouco desse livro, por não ter gostado muito da minha primeira leitura de Jane Austen (li Persuasão), mas esse me surpreendeu para o bem.
Tirando meu ranço pela tia/sra. Norris, a história é muito boa, mostra diversos temperamentos e não nos surpreende tanto a atitude de alguns. Austen ta entrando de mansinho na minha estante de romances de épica, foi uma leitura leve, daquelas que você fica querendo saber o que vem a seguir.
Recomendo Mansfield Park à quem quiser uma leitura leve e que quer ter uma raivinha de alguns personagens.
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nali.taylors 02/04/2023

Foi uma leitura bem tediosa por mais que goste bastante desses livros, uma protagonista que n me inspira, mt pelo contrário eu ia contra a maioria de suas ações e opiniões
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lestatdelioncourt 30/03/2023

o temido mansfield park
de longe, esse é o romance mais mal-afamado da jane austen, conhecia pouco sobre a história, então as expectativas estavam lá embaixo

após concluir a leitura, fico na dúvida em que pensar, decerto, não é tão ruim como ouvi falar, mas também não é maravilhoso, é um livro comum, com coisas comuns acontecendo

achei interessante essa premissa, a heroína tímida e pobre que foi escolhida para viver com seus tios mais afortunados e ter melhores condições de vida, poderia render uma história sensacional, mais certeira, só que infelizmente não saiu da mesmice

mesmo tendo recebido esse ato de caridade, fanny sofre demais, é humilhada por suas primas e sua tia, os outros tios parecem meio negligentes, o único que a trata com o devido respeito é seu primo: edmund, um dos poucos personagens que não são detestáveis, o tanto de gente ruim que tem nesse livro

no início, a própria fanny é um tanto deixada de lado por ser reservada, ao longo dos eventos ela vai se mostrando um pouco mais

a real é que não acontece muita coisa, poderia ter menos páginas, é penoso de ler em alguns momentos, ou por ser triste ou por ser chato, tinha medo de que encerraria de forma ruim, o final é apressado, mas até que gostei dos desfechos dos personagens
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lotrings 26/03/2023

Esse foi o primeiro livro da jane austen que leio acabou sendo maçante pra mim em alguns momentos, mas não foi apenas isso o final tbm me incomodou parece que meio que jogaram a relação de irmandade que os dois tinham e do nada viraram casais?? enfim achei estranho
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