jota 17/03/2017Hoje é sexta-feira...Clássico dos mais lidos e conhecidos, Robinson Crusoé (1719) merece cinco estrelas. Mas quanto à sua leitura, a experiência de cada leitor com a história do náufrago inglês, são outros quatrocentos (ou quatro estrelas), meu caso.
Achei a narrativa muito longa, às vezes os mesmos fatos são contados duas vezes, nem tudo o que Daniel Defoe (1660-1731) põe no papel pode interessar a fundo o leitor (coisas que o náufrago improvisa, ferramentas, modos de cultivo, domesticação de animais selvagens, fabricação de utensílios etc.) e penso ainda que ele exagerou nas tintas ao tratar de religião (pulei algumas páginas então).
Gostei mais de outro livro de Daniel Defoe que li ano passado, Moll Flandres (1722), que consegue prender a atenção do leitor com mais intensidade do que a história de Crusoé, mesmo que a protagonista não tenha passado por tantos infortúnios e aventuras quanto o marujo.
De todo modo ambos os livros, especialmente Robinson Crusoé, estão inscritos na história da literatura universal para sempre, não importando se os leitores de hoje apreciem ou não essas narrativas de séculos atrás.
Lido entre 08 e 16/03/2017.