juline 29/04/2023
Quanto um ser humano precisa para viver e ser feliz?
Esse livro me pegou muito. Tu acha que vai ler uma aventura clássica, e do nada começa a parar a leitura no meio pra ficar pensando kkkk esse livro dá muito pano pra manga, mas ao meu ver dá pra separar em 3 aspectos
O primeiro é a questão do propósito. Robson não se contenta em viver uma vida boa e tranquila que lhe era oferecida por seus pais. Ele queria viver aventuras, desbravar o mundo, deixar um legado - o caminho que ele encontra quando decide fugir de casa para ir para o mar.
O segundo é a sobrevivência. Sabemos nos sustentar estando completamente sozinhos, dependendo exclusivamente de si próprio? Essa questão, as tentativas e erros (e sorte) de Robson Crusoé, tomam boa parte da narrativa, e pra mim - que gosto e me interesso super por sobrevivência, natureza e aventura - foi um prato cheio de entretenimento e divagações hsush não só pelo tema, mas por ser muito sistemático tbm em todo processo. Cada parte que o livro avançava, Crusoé conquistava mais um suporte (e conforto) para a vida.
O terceiro é gradativo, e tem seu auge mais pro meio e final do livro, que é a questão do pertencimento. Do que adianta viver se não tem ninguém para compartilhar? Seja a vida, ou o trabalho, "não é bom que o homem esteja só". E dentro disso, Defoe introduz a religião e o relacionamento com Deus, e sua previdência divina. Um dos tesouros que Crusoé regata do barco naufragado, é uma bíblia, que quando começa a ler, perceber os sinais e alertas que recebeu de seus pais e de amigos (que por sinal, são bastante hsush) e assim, começa a se relacionar com o divino
Enfim, gostei demais e me surpreendi muito com a história! Não foi nada do que eu estava esperando haha só não dou 5 estrelas porque não há separação de capítulos, mas isso é só um capricho literário, porque realmente tem sentido o livro ser assim, ainda mais um do século XVIII