O Pagador de Promessas

O Pagador de Promessas Dias Gomes




Resenhas - O Pagador de Promessas


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Tati Trindade 21/11/2010

Leitura dinâmica não é sinônimo de leitura fácil
Como é uma peça, tentava imaginar as cenas na minha cabeça, e o resultado disso foi uma catástrofe, mas mesmo assim, é um livro rápido de ler, li em dois dias, entre uma atitvidade e outra do dia-a-dia.
Não gostei muito, não me dou bem com esse tipo de leitura "teatral". Pra quem curte, é uma boa obra.
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feeeeeeeeee 07/10/2010

Monótomo
Livro curto e ao mesmo tempo cansativo.

Nunca gostei muito de livros que são na verdade peças de teatro, assim como não gostei desse.

A história é interessante em si, mas na leitura se torna muito enjoativa, prefiria ter visto a peça teatral.
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Danielmmz 16/09/2010

do livro de Cludia Regina Silveira
A obra o pagador de promessas pertence ao gênero dramático, ou seja, é um texto escrito para o teatro. A peça apresenta-se dividida em três atos, sendo que nos dois primeiros possuem dois quadros cada um. A história se passa em Salvador, a época é atual e o período de tempo é um dia( começa as quatro e meia da manhã, quando Zé e Rosa chegam á praça e termina a tardinha nesse mesmo dia, quando um tiro é dado e acerta Zé-do-burro). Dias Gomes escreveu esta obra em 1960e, desde então ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, tanto no teatro como no cinema. “o pagador de promessas” também virou minissérie da rede Globo na década de 80, transformando Dias é um dos maiores dramaturgos brasileiros.
A história mostra a ingenuidade de um homem simples. Zé-do-burro, que faz uma promessa a Santa Barbara para que cure seu amigo, o burro Nicolau, que fora atingido por um raio, paralelo a isso, aparece a figura Burocrática da Igreja Católica, através da representação do padre, que não deixa a promessa ser cumprida pelo fato de ela ter sido feita em um terreiro de candomblé.

Zé-do-Burro : entre o ser e o parecer
Zé do burro, que não tinha outro interesse a não ser cumprir sua promessa, vê-se envolvido em uma trama que repercute por toda a cidade. Cada um que passa pela praça vê a cena do homem carregando uma cruz imensa, querendo entrar na igreja toma partido da situação. E assim Zé vira alvo de um jornalista inescrupuloso que, na realidade, quer uma noticia para ganhar dinheiro; dos padres que por saberem que o acontecimento tomara proporções intensas, estão mais preocupados com o social do que com o ato religioso em si; das mães-de-santo que defendem por causa do candomblé; do galanteador Bonitão, que paquera descaradamente sua mulher; e, enfim de todo o povo que parece enxergá-lo como um extraterrestre.
Ao mesmo tempo em que Zé do burro é considerado um Sato q herói, ele é, para a igreja, um herege e, para a polícia, alguém que quer criar desordem. Na verdade, ninguém entende ninguém: Zé não entende o porquê de tanto “barulho” em relação a sua pessoa, pois a única coisa que queria era levar a cruz diante do altar de santa Barbara; a igreja e a polícia não entendem o que Zé realmente queria: os padres suspeitavam de que ele queria se fazer um novo Cristo e arrastar multidões consigo; o povo também não entendiam por que a policia e a igreja estavam fazendo aquilo com o homem que só queria pagar a promessa; aliás, repare que o povo aceita culturalmente as duas religiões- é claro que devemos nos lembrar que em Salvador a incidência do candomblé e imensa, e a religião católica também não fica muito atrás, portanto, há uma aceitação geral das duas religiões, e o povo não vê nada de mais prometer para Iansã ou para Sta. Barbara , que na verdade são a mesma santa, ou em pagar a promessa na igreja ou em um terreiro de candomblé.
Zé-do–burro: entre a roça e a metrópole
O dia vai amanhecendo, e o povo vai acompanhando o drama do pagador de promessas que caminhou sete léguas92 quilômetros!); e Zé e ao mesmo tempo o censura. As pessoas começam a se identificar com esse personagem; ele é o retrato da opressão, da exclusão, da injustiça e passam a depositar nele esperanças e crenças de que os justos vencerão.
Mas, é na figura do repórter, um homem instruído, que Dias Gomes aproveita mais uma vez ára escancarar a mesquinharia humana. Quando Rosa anuncia que repartir o sítio em que moravam também fazia parte da promessa, o jornalista, automaticamente, já pergunta a Zé se ele é favorável a reforma agrária (Zé nem sabia o que era isso), e conclui que sim. O jornalista imagina que Zé queria se candidatar a algum cargo político e pergunta-lhe, ainda, se aquela promessa não seria por acaso”um golpe para impressionar o eleitorado”. O que acontece, porém, é que ele quase não dá chance de Zé responder, ou acaba induzindo o pagador de promessas a dizer o que ele espera. E diante de toda essa pressão Zé se sente tonto, perdido , e o repórter aproveita para tirar varias fotos dele, de Rosa, da cruz, prometendo todo o conforto, um carro aberto, banda de musica; o importante era prender Zé ali até segunda feira, para que ele ganhasse mais tempo, mais audiência e consequentemente mais dinheiro.
Quando sai a matéria no jornal, Zé é acusado de revolucionário: “O novo messias prega a revolução” – é a manchete. E mais, “quem será afinal Zé-do-burro? Um místico ou um agitador?” Zé não entende nada, mas não gosta daquilo.
A revolta toma conta do personagem central que, a cada passo, a cada nova palavra, cada gesto acaba comprometendo ainda mais sua imagem. Assim, Zé chega AA ser acusado de comunista (“E desde quando trabalhar dá dinheiro a alguma coisa? Quem lhe meteu na cabeça essas idéias? Está virando comunista?” – fala de Bonitão) e até de terrorista, quando diz ter vontade de jogar uma bomba na igreja.
Ao final da história, a morte de Zé explicita a intolerância da Igreja e a incompetência das autoridades em resolver situações comuns, mudando para sempre a vida das pessoas inocentes. Interessante também o final dado pelo autor, quando os capoeiristas ignoram a autoridade do padre da policia e levam o corpo de Zé, sobre a cruz, até o altar da igreja, fazendo com que ele cumpra então, a sua promessa depois de morto, e lá fora “uma torvoada tremenda desaba sobre a praça.” Êparrei minha mãe!.
Zooiioo0 07/01/2011minha estante
Minha nossa, isso é uma opinião ou ele escreveu o livro todinho aqui? õÔ (nem li)


@apilhadathay 02/12/2011minha estante
Caramba, excente resenha, Daniel! A gente percebe o seu envolvimento com o livro. Gostei mesmo, parabéns o/




Bell 26/07/2010

Muito bom, fiquei com pena do ZÉ-do-BURRO.... ele não merecia o fim trágico! Gostei como a personagem se mantêm firme em cumprir sua promessa pela cura do burrinho. A mulher dele e o padre é que deveriam ter um fim um pouquinho pior. haha
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Tiago Ribeiro Santos 18/07/2010

Lamento que, antes de iniciar a leitura da peça, sou apresentado à "Nota do Autor" - na Ed. de 1979 da Civilazação Brasileira - onde Dias Gomes desvela à essência de sua obra. Em outras palavras, quero dizer que: o que penso que deveria ser de direito do leitor descobrir por si ao término da leitura, é dado a ele "de bandeja" sem antes tê-la iniciado.

Mas, abstraindo este fato que acredito não se repetir na edição da Bertrand Brasil, é notável a sensibilidade do autor ao abordar o tema da exploração social nos seus mais diversos planos - religioso, profissional, político e econômico - utilizando como eixo central e mobilizador de toda obra a ingenuidade de homem crente em sua fé.

É o tipo de obra que diz não dizendo. Que, em minha opinião, é um dos motivos que fazem por valer a sua leitura.
Rebeca 01/09/2010minha estante
Ler notas de autor é sempre um perigo :)


Mizael 23/02/2014minha estante
Na edição da Bertrand Brasil, acontece a mesma coisa... mas como ja tinha lido outra edição, sem a nota, não me importei muito!


Jorge 07/02/2020minha estante
Fico com a humildade de Zé do Burro ao revés das perspectivas perversas e ardis dos padres, imprensa e sujeitos pobres de espirito como o Bonitão, o Tira, dentre outros. Uma obra prima da dramaturgia brasileira. Quanto aos seus comentários, prezado Tiago, lhe dou os parabéns .


Caio.doido 03/07/2022minha estante
Pior q morbius essa adaptação




Vick 19/06/2010

Um livro interessante...
Embora a história inicie parada, em seu desenrolar ela fica engraçada, criativa e envolvente. Este livro nos faz refletir sobre a sociedade e a maneira como cada pessoa age diante de situaçoes inusitadas como essa.Em sua trama está sempre presente a comparação do homem comum com Cristo, o que nos prende a atenção. O final é bastante criativo e surpreendente, porém eu esperava algo mais tradicional e feliz.
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ariel 05/06/2010

resenha
Este livro,com típicos "causos" nordestinos,focaliza em sua hístoria,uma coisa comum no nordeste:pagamento de promessas.

Zé-do-Burro,cômico fazendeiro, faz sua promessa em um terreiro,na falta de uma igreja, o que gera confusão e desentendimento,junto com traição e divertimento.Recomendo a leitura.
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mari 19/01/2010

Obstinação pra Burro !
Eu li faz um tempo, na escola - como a maioria das pessoas aqui rs - Dá para ler em poucos minutos, o mais legal é que o Zé-do-Burro é muito obsecado por cumprir sua promessa, enfim, ele tem a qualidade necessária para fazer grandes realizações. Ele é um Cabra Obstinado xD
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Lu 21/11/2009

Único livro que me empurraram na escola que eu realmente gostei de ler. Traz uma mensagem sem ser aborrecido. O formato de roteiro é meio chato de se ler, mas não diminiu a força da história. Ela só toma outra dimensão. É um ótimo livro, com personagens marcantes e bem desenvolvidos.
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Nessa Gagliardi 15/10/2009

Apesar de ser escrito em forma de roteiro (o que não me atrai), o livro é bem gostosinho de se ler.
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Edson Nunes 16/07/2009

Sou brasileiro e não desisto nunca.
Descreve a fé e a persistencia que possui o brasileiro da 'massa'.A melhor peça teatral brasileira ja escrita.
Vulcanis 11/12/2009minha estante
Fato, a escrita fácil e descolada do livro também demonstra as características do povo brasileiro. O livro é maravilhoso!


Rebeca 01/09/2010minha estante
O nome da resenha diz tudo AUSAHUSHASUHA




Anica 25/05/2009

O Pagador de Promessas (HQ)
Um fato em qualquer discussão sobre literatura é que aquele “empurrãozinho” inicial que deveria servir para estimular o hábito pela leitura normalmente transforma-se em uma pancada, que acaba afastando os jovens de qualquer livro. São provas mal formuladas sobre obras consagradas, aulas “decorebas” para que o aluno tenha em mente um dado ou outro para o vestibular… Falta (e muito!) mostrar que leitura pode ser um prazer, e não só obrigação.

Levando isso em consideração, chegam propostas como as da editora Agir, que passa para os quadrinhos obras importantes da literatura. O novo lançamento é O Pagador de Promessas, peça de Dias Gomes adaptada para o formato por Eloar Guazzelli. Definitivamente não é a mesma coisa que ler a obra, isso é certo. Mas serve como um aperitivo, e daqueles aperitivos bons que deixam gosto de quero mais na boca. E consequentemente, influencia o jovem a buscar o texto original.

A arte do Guazzelli é impecável, e em alguns momentos você sequer precisa de texto, de tão forte que são os quadros. Como quando por exemplo você vê a cruz como se fosse pupilas dos olhos de Zé-do-Burro. Ajuda muito também a qualidade do material (papel couché 115g), o que justifica o preço da HQ (por volta de 44 reais nas livrarias). A leitura flui de modo fácil e agradável, e em menos de uma hora é possível completá-la.

Ou seja: ideal para quem ainda tem medo de literatura nacional. Ou ainda, uma boa sugestão para quem está querendo iniciar alunos por esses caminhos. Deixando evidente que esse não é o original, e que sempre existem diferenças, acredito que o estudante só tem a ganhar com um trabalho desses em mãos.

Para quem não conhece a história:

Um homem vai do interior da Bahia até Salvador, carregando uma cruz, com um objetivo: agradecer a Santa Bárbara pela recuperação do animal que lhe dá sustento. Ao chegar à cidade grande, Zé-do-Burro fica perdido, mas a obstinação de cumprir a promessa o faz enfrentar os obstáculos. Estrangeiro em seu próprio país, Zé-do-Burro vem de um lugar distante da disputa de poder na qual passa a se ver envolvido.

O livro revela a tragédia de um sujeito que não compreende os códigos e poderes do mundo em que vive e faz uma crítica à opressão do homem.
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Lu 10/06/2010minha estante
Adorei a sua resenha! Eu já li os três primeiros e a série vai ficando melhor a cada livro. A comparação do Dimitri com um personagem de anime é perfeita e me pergunto se a ideia de Mead foi realmente esta.




Amaralina 01/05/2009

O livro que me fez gostar de ler.
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Luisa 06/02/2009

Esse foi outro livro que eu li "obrigada" pelo vestibular. Conta a história de Zé-do-burro que faz uma promessa à Santa Bárbara para que ela salve a vida de seu burro de estimação (que deu a ele esse apelido). Aparecem, então, vários fatores que o impedem de cumprir sua promessa. Também é uma crítica à intolerância religiosa e à política da época.
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KamillaBarcelos 06/02/2009minha estante
Este livro é ótimo, tem uma dinâmica boa para se ler, e sobretudo como você mesma disse é uma crítica à intolerância religiosa, política e social.




Sull 04/02/2009

MUITO bom!
Leitura fácil e de tema interessante.
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