Resenhas - O Pagador de Promessas

Larissa 17/09/2012

A determinação de um fiel
Trata-se de um texto escrito para o teatro, que conta a estória de Zé-do-burro. Um homem ingênuo e simples que anda sete léguas carregando uma cruz até a igreja de Santa Bárbara em Salvador. Ele tem um único objetivo, pagar a promessa que fez pela cura do seu burro Nicolau.
Todo o problema que envolve o livro está no fato de que ele fez a promessa em um terreiro de Yansã. Então, Zé enfrenta a intolerância religiosa, a traição da mulher, o sensacionalismo da mídia e a má conduta da policia.
É um livro fácil de ler e ser entendido. Possui uma temática interessante e ainda atual na sociedade.
A obra de Dias Gomes levanta questões socio-culturais da vida brasileira, e nos faz refletir sobre o sincretismo religioso existente no Brasil e na nossa natureza humana.
Em várias partes, confesso que ficava aguniada pelo modo com que Zé do burro era tratado pelas autoridades e pelos jornais. Jornais estes que utilizaram de um sensacionalismo estrondoso.
É incrivel a proporção que o acontecimento toma. Zé só quer entrar com sua cruz na igreja, é tão dificil deles entenderem isso? Lendo o livro você perceberá o que há por trás dessa dificuldade.
Recomendo, e até o momento não encontrei nada de que eu posso criticá-lo negativamente. É um livro simples que levanta temáticas muito boas e importantes.
Gostei muitíssimo!

Nathy Soares 05/08/2012

Até que ponto a fé é saudável?
No livro ''O pagador de promessas'' o protagonista anda mais de 7 léguas o equivalente á 360 quilômetros,ele percorre este trajeto com uma cruz igual a de Cristo com aproxima1amente o mesmo peço,para leva-lá até a uma igreja de Santa Barbará,porém ao chegar lá é proibido de adentra-lá já que é confundido com um blasfemador tentando imitar á Jesus...Após muita discussão a policia acaba chegando,então ocorre um tiroteio e Zé o protagonista acaba indo a óbito,o que é mais chocante na peça é o amor aos animais,pois tudo isso seria para pagar uma promessa para que seu burro melhorasse.

Marina 20/07/2012

Esse livro é simplesmente fantástico! Tanto é que o li 3 vezes.. rsrsrs
Ele é triste?
Sim! e cômico.
Estranho não? Só uma pessoa com um "nome sobrenome" pode fazer isso!

markos 17/07/2012

A narrativa conta a história de Zé-do-Burro e a tentativa de cumprir uma promessa realizada pela cura de seu querido amigo burro. Para tanto, andou sessenta léguas acompanhado da esposa Rosa e carregando uma cruz até a igreja de Santa Barbara, afim de colocá-la no altar.
Diante da igreja, conhecem Bonitão, que se interessa por Rosa e, falsamente tentando ajuntar, convida ambos para dormir num hotel, sabendo que Zé não largaria a cruz, mas não privaria a esposa do descanso.
Finalmente, Zé consegue falar com o Padre, que ao saber que a promessa foi realizada no terreiro de Iansã, proíbe que ele e a cruz entrem na igreja.
A história de Zé chama muito a a tenção dos transeuntes e para complicar ainda mais a situação, um repórter aparece oferecendo capa de jornal, fama e candidatura política ao personagem principal.
Rosa, que era uma mulher simples, se ilude com as promessas de Bonitão e fica dividida entre a fidelidade a Zé e o desejo de uma vida nova. Com a intenção de livrar-se de Zé e tomar Rosa pra si, Bonitão incita o Secreta a prender Zé por “agitação social”, que mais tarde volta com o Delegado e policiais afim de prendê-lo. Zé resiste e os policiais vão pra cima dele e os capoeiristas vão defendê-lo. No meio da confusão, Zé-do-burro é atingido por um tiro e morre tragicamente. Por fim, após sua morte, a promessa é cumprida, pois os capoeiristas estendem seu cadáver sobre a cruz e o levam ao altar de Santa Bárbara.
A temática principal da obra é o sincretismo, ou seja, mistura de crenças, presente no estado da Bahia e em todo o nosso país. Isso é evidenciado no fato de Zé acreditar que poderia cumprir a promessa feita no terreiro de Iansã levando uma cruz ao altar de Santa Bárbara, tendo em sua fé que as duas figuras representavam só uma. Também é abordado o preconceito entre crenças, representado pelas falas do Padre, onde ele condena e ataca o Candomblé.
Esta obra, apesar de ter sido criada a mais de 50 anos, como podemos verificar, continua muito atual, tendo em vista que aborda temas que são constantes na nossa sociedade.

Darina 06/05/2012

Pobre "pecador"
Não me canso de ler este livro, já perdi a conta de quantas vezes já li e o reli. Um personagem tão nobre, tão simplório, que cativa a todos com a sua personalidade tão pura. Quantas vezes chorei por nada poder fazer para impedir tamanha injustiça contra este ser tão inocente que é mais uma das vítimas do nosso sistema sujo e da religião que muitas vezes peca tanto quanto quem eles julgam os pecadores.

Canafístula 08/04/2012

O Pagador de Promessas, de Dias Gomes
E aí pessoal, tudo certinho? Dessa vez não demorei tanto, porque o livro é consideravelmente bem menor (li a edição de 80 páginas, foi a única que consegui, dei sorte porque não é resumida) e também porque não é uma leitura difícil, muito pelo contrário: creio que esse seja o livro que mais gostei das Leituras Obrigatórias da UFRGS até agora!

Quando notei que “O Pagador de Promessas” era uma peça teatral, fiquei bem desanimada, porque não estou acostumada a ler livros escritos em forma de peça. Portanto não tinha expectativa nenhuma. Mas pra minha sorte estava enganada. O livro é muito legal! O autor usou uma fábula muito bem escrita e criativa como um tipo de “reclame social” para chamar a atenção de todos nós para o preconceito e a intolerância, como ele mesmo diz na nota que antecede o começo da peça.

Mesmo sendo uma peça relativamente curta (varia de cada edição; há algumas com 80 e outras até 180 páginas) o livro consegue prender a atenção do leitor, que acompanha o desenrolar dos acontecimentos em busca do que afinal acontecerá ao desafortunado Zé-do-Burro. E note que a história começa às 5h da manhã e acaba no final da tarde, começo da noite. Chega a ser incrível a quantidade de coisas que acontecem em menos de um dia!

Este é mais um livro que deve ser lido de qualquer maneira, mesmo sendo leitura obrigatória ou não. Não é uma leitura complicada e dá pra ser lido em uma tarde. Nos mostra, por trás de seus personagens, diversos traços da personalidade humana, que esconde maldades e perversidades por trás de um sorriso.

Apenas uma dica: só leia a nota do autor quando concluir a leitura. Porque naquela nota, já de cara, o autor já entrega o final da trama. E ler um livro já sabendo o final não dá, né? Sorte minha que outra pessoa já tinha me alertado sobre isso, então só li a nota no final também. Assim que concluir a leitura, leia a nota e veja a conclusão do autor sobre sua obra e porque ele a escreveu, que propósito e que imagem ele queria passar ao leitor. É muito interessante!

Espero que minha resenha agrade a todos e auxilie da melhor maneira possível os vestibulandos como eu!

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/

Julia G 19/03/2012

O Pagador de Promessas - Dias Gomes
Publicado originalmente no blog: http://conjuntodaobra.blogspot.com

Após um acidente que deixa Nicolau (o burro) à beira da morte, sem saber mais ao que recorrer, Zé do Burro promete, dentro de um terreiro de Iansã - "santa" do candomblé que corresponde à Santa Bárbara -, que caso seu burro se curasse, daria parte de suas terras aos que precisavam e caminharia até a Igreja de Santa Bárbara mais próxima carregando uma cruz de madeira, para colocá-la no altar no dia da santa.

Pouco tempo depois de o burro ter se recuperado, Zé sai, acompanhado de sua esposa Rosa, carregando a cruz, e anda léguas e léguas até a igreja. Após esperar algumas horas, Zé tenta explicar ao padre o que quer fazer e o motivo pelo qual fez a promessa. O padre, entretanto, achando um absurdo a promessa ter sido feita em um terreiro e para um burro, além de achar descabido que Zé tenha se comparado a Jesus ao carregar uma cruz, não o deixa entrar.

Sem conseguir cumprir aquilo que tinha proposto à santa por impedimento do padre, Zé do Burro não se dispõe a considerar a promessa cumprida, e resolve esperar em frente à igreja até que sua entrada seja autorizada. Sua estada lá, entretanto, traz mais atenção do que poderia esperar e toma proporções exageradas e catastróficas.

Considerado um clássico da literatura brasileira, O Pagador de Promessas traz consigo críticas sociais de 1959 que continuam atuais, e tem uma história tão simples quanto bela. Escrito em forma de peça de teatro, Dias Gomes insere no livro as misturas do Brasil, da cultura, das raças, da religião, e mostra, de forma sutil mas cabal, as consequências negativas que o não entendimento ou o preconceito infundado podem trazer.

Zé do Burro, um homem simples e ingênuo, tem sua fé tão arraigada que não vê maldade nos outros homens. Mas essa ingenuidade traz muitos problemas para ele: ele, que dividiu suas terras apenas para fazer o bem é visto como alguém político por uns e como uma fonte de renda e ibope por outros, entre outras coisas, mas que traz para seu entorno, por isso, pessoas interesseiras que, por mais inocentes que pareçam, levam ao colapso do fim da peça.

Traído por sua mulher, tem de enfrentar a ignorância de uma sociedade cheia de razão e a intolerância daqueles que, de uma forma ou de outra, detinham o poder, todos influenciados por idéias sem o menor cabimento e que pareciam ver nas palavras honestas daquele homem uma ameaça aos seus "reinados".

O Pagador de Promessas é uma das obras mais "comuns" que já li, que não contém algum detalhe especial ou atraente, mas a mensagem intrínseca na obra é forte como não vi em nenhum outro texto literário. É uma mensagem de cidadania, de humanidade, de honestidade, ou de como a falta dessas características está tão aceita em nosso cotidiano que nem nos damos conta disso, e de como isso pode nos influenciar negativamente. Um livro que, definitivamente, vale a pena ser lido.

Ariane 24/12/2011

O verdadeiro Jó da literatura brasileira
O tão premiado Pagador de Promessas faz jus a toda a fama que o envolve. Mesmo sabendo o enredo e o final, fiquei empolgada ao tê-lo em minhas mãos. A obra narra a fé pura e inocente dos sertanejos, bem como a maldade, a descrença, o sacrilégio e a maledicência que envolvem o coração das pessoas.´

Um homem puro e inocente promete que levaria uma cruz nas costas até a igreja de Santa Bárbara em troca da cura do seu melhor amigo Nicolau, seu bom e fiel burro. O problema é que esta promessa foi feita no terreiro de Yansã, conhecida pelos católicos como Santa Bárbara.

Ao chegar ao lugar de destino, é proibido de entrar na igreja pelo padre, que acredita que seu ato seja fruto de heresia. Neste meio tempo Zé é jogado em um redemoinho de tramas, mentiras e ofensas. ONde se mantém fiel até o fim a suas promessas e convicções.

Seu final é apoteótico, uma verdadeira redenção aos puros e humildes de coração.

Abelhinha 04/12/2011

Se vc quiser ler pela mensagem que ele passa, vá em frente. Agora se o que vc procura é distração...

Luhhh ^___^ 29/05/2011

Aparre minha mãe! *som de trovão* *é a Santa Bárbara lendo a resenha, ou melhor mero comentário*
O Zé do Burro não tinha nem identidade ou qualquer documento que provasse a sua existência, fiquei com dó dele nessa parte. Ficou todo perdido.

O protagonista da história, mostra a confusão que acontece com a ignorância e a burrice. No meu ponto de vista, a ignorância é cometer um erro sem saber o que está errado, o fato é, cometeu algum engano por não ter o conhecimento sobre o assunto. Já a burrice, é cometer o erro tendo consciência que o está fazendo ñ é legal.

O Zé era um ignorante, não uma pessoa burra! Era inocente em tudo que fazia e dizia. Queria cumprir a promessa, era uma pessoa pura do campo e não tinha a consciência da maldade de algumas pessoas da cidade.

Primeiro foi a confusão com sua promessa. Bah que confusão! Envolveu, imprensa,igreja, polícia e as pessoas da cidade, foi um bate boca que deixou o Zé irritado, não é para menos. Ninguém o escutava, ou melhor não queriam compreender as suas sinceras palavras, só estavam interessados em seus propósitos. A imprensa queria ganhar dinheiro em cima da confusão, com a frase "novo messias que carrega uma cruz tão pesada como a de Cristo", é algo bem sensacionalista que o povão curte.
Além disso, o padre confundindo a promessa do Zé com uma conspiração do Diabo ¬¬
O sincretismo religioso é bem forte na obra de Dias Gomes.
Ainda para aumentar o problema tem a polícia que [spoiler] deturpa os motivos do Zé repartir o terreno de sua fazenda com os lavradores pobres com o comunismo. Eu confesso que ñ sabia q o comunismo era mal visto ainda nessa época??? o.o'
Por dar até cadeia, bem curioso :think:
Tadinho do Zé, és um homem de azar. Nem sua mulher o apoia, ganha até um chifre XD[/spoiler]

Uma coisa que me deixou confusa. :gira:
Como Zé fez a promessa no terreiro de candomblé,apesar de falar q iria levar a cruz até a Igreja de Santa Barbará, ele bem que poderia ter levado a cruz até a Iansã no outro candomblé que tinha a estátua dela. Afinal, é tudo a mesma coisa neh? Mas, ele tb é daqueles homem bem teimosos!

A única coisa que ñ deveria ter lido antes é a Nota do Autor, pq ele já conta TUDO que vai acontecer, ou seja, baita spoiler e pede um pouco a graça da peça.

Quando eu tiver a oportunidade de ir assistir a peça de teatro vou com certeza :joy:

lai 20/04/2011

cheio de ensinamentos
Este livro me ajudou a entender que uma promessa tem que ser cumprida independente dos obstáculos existentes para que a pessoa que fez na promessa a cumpra, mesmo que para a promessa ser cumprida ocorra confusões sem ao menos ter motivos.Mas apesar de ter gostado do livro, eu me irritei muito com o final do livro, pois o personagem principal do livro acabou morrendo por uma besteira. Mas num todo eu gostei e aprendir muito com o livro!

.: Harine :. 13/04/2011

Nunca fui muito chegada aos "clássicos da literatura". A minha opinião sobre os livros que eu tive que ler para a Fuvest mostra exatamente isso.

"O pagador de promessas" se encaixa perfeitamente nessa descrição. Um livro parado, sem graça, sem um pingo de emoção... O livro mostra com clareza como as pessoas são hipócritas, mesquinhas e adoram passar os outros pra trás.

Pobre Zé-do-Burro... sua inocência cravou sua sentença.

Bea 13/01/2011

O Pagador de Promessas caiu na minha mesa com um alto índice de rejeição. Fichas de Leitura não tendem a lerem legais, principalmente as do terceirão.
Como em Capitães da Areia e Ana Terra, mordi a língua.
Difícil eu dizer que alguma das minhas fichas de leitura superou a obra de Jorge Amado, mas confesso que O Pagador de Promessas ficou muito próximo.
A leitura é fácil. Qualquer pessoa, mesmo os que não são acostumados e ler, compreenderiam tranquilamente a história, principalmente porque é em forma de teatro.
Me diverti muito com o Zé e sua cruz. Amei e odiei Rosa, sua esposa, mas isso faz parte do show.
Recomendado =)

Malu 09/01/2011

Um teatro premiado e hilário
Um livrinho pequeno dividido em cenas pois na verdade é um teatro.
Recebeu muitos prêmios.
É super divertido acompanhar a história de Zé-do-Burro. O li em 1 hora pois o livro é pequeno, de leitura rápida, simples, e muito engraçado.
Recomendo demais ;)

Malu Mello
Estudante de Ciências Contábeis - UFBA
Salvador- Bahia