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Resenhas - Corinthians - Eterna Paixão


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Laércio Becker 25/07/2022

Reedição atualizada há dez anos
“Corinthians eterna paixão”, de 2012, é uma reedição alterada de “Corinthians 100 anos de paixão”, de 2010. Para que você não gaste dinheiro comprando os dois, mas apenas o que pode-lhe ser mais útil, vou resumir aqui as semelhanças e diferenças, que os autores anunciam de forma muito sucinta (e até enigmática...) na p. 9:

“Muito do que estava presente nas edições anteriores do livro se mantém. Alguns textos, fotos e celebridades, porém, foram substituídos. Qual um jogo, regras [?] precisaram ser cumpridas.” [Oi?]

Ambas as edições da editora Magma são dos mesmos autores, Marco Piovan e Newton Cesar, com a participação de Celso Unzelte (“leitura técnica”) e João Bosco Tureta (“leitura crítica”). A capa de uma é a contracapa da outra.

Em linhas gerais, as duas edições se parecem. Tanto graficamente quanto pelo conteúdo. A primeira tem dimensões ligeiramente maiores (32,5 x 24,5) do que a segunda (31,0 x 23,5), além de mais páginas (336 p. contra 320 p.). Ou seja, não espere uma reedição “ampliada”.

Descontando os enormes espaços em branco - e preto - ou com letras gigantes, eu diria que os textos correspondem a uns 60% do conteúdo em relação às fotos. E não encontrei novidades em relação a livros menos ilustrados, porém fruto de pesquisa histórica mais verticalizada. Ao contrário das fotos, em boa parte inéditas - que têm um apelo mais artístico do que histórico. Desse modo, pelo tamanho, tipo do papel e alta qualidade da reprodução das fotos, é quase um "livro de mesa" ("coffee table book"). Muito bonito, mas pesquisadores têm opções melhores, como os livros do próprio Unzelte, do Orlando Duarte com o Tureta etc.

Após os salamaleques introdutórios de praxe, a primeira parte de ambos é intitulada “A história”. Aqui, além de algumas inversões de ordem de publicação e atualização dos capítulos “Técnicos do Timão” e “Os presidentes do clube”, a novidade é o capítulo “A nova casa do Corinthians” (duas páginas) sobre o projeto da Arena.

A segunda parte dos dois livros chama-se “Os ídolos”. Aqui, as novidades foram o corte do capítulo sobre o goleiro “Felipe: de vilão a herói” (de volta a vilão?) e a escalação de dois jogadores que participaram da conquista da Libertadores: Emerson Sheik e Jorge Henrique.

A terceira parte de ambas as edições é “Jogos memoráveis”. Nela, fora a atualização, nota-se o corte do capítulo “Lances memoráveis”.

Em seguida, a edição de 2012 apresenta um novo capítulo, “A conquista da América”, com duas dezenas de páginas. Essa é sua maior vantagem em relação à de 2010.

Por fim, ambos os livros terminam com capítulos sobre assuntos variados. Observa-se que, além de algumas alterações na ordem de publicação deles, foi cortado o capítulo “Os torcedores” (que continha causos contados por eles). E o capítulo “Torcedores famosos” (de fotos e crônicas) mudou de título para “Corinthianos como nós”, onde deram cartão vermelho para os textos de Nirlando Beirão, Juca Kfouri, Carlos Brickmann, Benjamin Back, Flávio Adauto e André Martinez, além dos próprios Unzelte e Tureta. Nesse mesmo quesito, aliás, não entendo a importância que ambas as edições conferiram a Washington Olivetto, com direito à sua crônica ser publicada em destaque no início do livro, além de foto nesse capítulo dos famosos. Os autores dizem (p. 17) que é porque a história dele é bastante representativa da relação de todos os corintianos com o seu clube. Bem, como pontepretano, não posso opinar...

Sendo essas as semelhanças e diferenças básicas, eu diria que qualquer uma das duas edições pode ser igualmente útil. Quem tem uma não precisa procurar a outra. Para quem ainda vai comprar, a edição mais apropriada depende do perfil do leitor. Para quem não quer perder os causos e crônicas cortados, recomendo a edição “Corinthians 100 anos de paixão”. Para quem prioriza as atualizações, as que foram feitas em “Corinthians eterna paixão” já envelheceram nesses dez anos. A Libertadores de 2012 ganhou livros próprios de Juliano Barreto. E a Arena também, de Tadeo Sánchez Oler e Bruno Teixeira Rolo, que somam mais de 600 páginas, muito mais que as duas páginas a ela dedicada aqui. Contudo, pode ser que haja alguma revisão de erro da edição de 2010. Não percebi nem foi anunciado pelos autores, mas...

Em resumo, dou três estrelas porque priorizo textos. Mas para quem gosta de fotos, seria no mínimo quatro estrelas.
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