spoiler visualizarLaryssa.Oliveira 25/06/2021
Bom porém precisa de um olhar crítico
O livro é muito bom para entender a história do feminismo, biografia de algumas feministas e ver como o pensamento feminista mudou e foi se moldando durante as épocas. Porém, achei muitos pontos problemáticos nesse livro, o que não me surpreendeu, pois, esse tipo de confusão lógica e manipulação de fatos acontece muito até hoje, não por desonestidade mas por confusão mesmo. Não vou conseguir me aprofundar em todos os temas, mas quero fazer um breve comentário sobre alguns que escolhi em especial:
Logo no inicio a autora conta sobre a tragédia na fabrica de tecidos que originou a história do dia as mulheres, e logo relaciona isso com o feminismo, como se as mulheres que morreram na tragédia fossem feministas ou algo do tipo.
A autora diz que as mulheres hoje enfrentam a dupla jornada (trabalho e filhos) por culpa do patriarcado mas esquece de mencionar que as principais pensadoras da teoria feminista, Simone de Beauvoir e Kollontai, por exemplo, incentivavam em suas obras que as mulheres trabalhassem e largassem seus filhos em casa, existe uma famosa frase onde Simone diz que nenhuma mulher deveria ser autorizada a ficar em casa e cuidar dos filhos. Se as mulheres hoje se queixam de ter que dividir espaço entre família e trabalho devem essa queixa exclusivamente ao feminismo.
A autora passa uma informação incorreta sobre o que é sexismo e como a palavra machismo surgiu e ao longo do tempo foi deturpada até que significasse algo ruim .
A autora trata do tema principal do protofeminismo até que muito bem, só se esquece de que acesso a educação não era privilégio só masculino, mas sim de qualquer um (incluindo mulheres) que tinham condições financeiras. A ideia e crítica da protofeminista Mary W. era promover a educação mista e exaltar de como as mulheres do campo eram admiráveis enquanto as burguesas eram privilegiadas e NÃO QUERIAM estudar. A autora diz que as primeiras feministas (as burguesas) eram oprimidas, se realmente eram, o por que dá critica intensiva de Mary sobre elas?
A autora passa uma informação incorreta sobre o que é sexismo e como a palavra machismo surgiu e ao longo do tempo foi deturpada até que significasse algo ruim .
A autora trata do tema principal do protofeminismo até que muito bem, só se esquece de que acesso a educação não era privilégio só masculino, mas sim de qualquer um (incluindo mulheres) que tinham condições financeiras. A ideia e crítica da protofeminista Mary W. era promover a educação mista e exaltar de como as mulheres do campo eram admiráveis enquanto as burguesas eram privilegiadas e NÃO QUERIAM estudar. A autora diz que as primeiras feministas (as burguesas) eram oprimidas, se realmente eram, o por que dá critica intensiva de Mary sobre elas?
A autora diz que as mulheres só podiam ficar em casa reclusas até mesmo da igreja, o que além de ser mentira é totalmente impossível já que uma das primeiras vozes do feminismo surgiu dentro de uma igreja, dentre muitas outros afazeres que as mulheres tinham na época.
A autora menciona sobre como os bens e heranças eram só dos homens fazendo com que as mulheres dependessem deles para sua autonomia financeira. Porém essa questão dos bens não deve ser associada a uma maquina social contra a mulher, em 1880 por exemplo haviam homens que criavam fundos em nome de sua mulher ou filhas para se proteger de credores e falência, existiam na época inúmeras estratégias para proteger o dinheiro para mulheres, criando até leis que eximiam as mulheres pelas dividas dos maridos, enquanto universalmente os homens eram responsáveis pelas dividas das mulheres, até quando a mulher se tornava viúva era dever de outro homem da família sustentá-la. Sem contar que a maioria esmagadora das mulheres preferiam não trabalhar pois os meios de trabalho eram muito perigosos e precários.
No mais a pesquisa sobre as origens do feminismo e a primeira onda são realmente muito boas e a biografia das mulheres é impecável, eu acrescentaria um pouco mais de informações mas ai não seria uma breve historia do feminismo .
A maioria das ideias foram aceitas pelo esposo de Lucretia além de que muitas mulheres não se interessavam pela esfera política na época, existindo até o movimento anti-sufragista com mais de 42 mil mulheres. Até que por uma pequena margem as mulheres obtiveram vitória, recebendo o privilégio de votar sem ter que servir seu Estado. Já que os homens obteram seu direito de votar em uma guerra sanguinária de uma década de duração
O feminismo não conquistou o direito da mulher trabalhar, elas foram forçadas e incentivadas a irem para o trabalho (que na época era precário para todos), Kollontai não queria o bem das mulheres a incentivarem elas a trabalhar mas sim reforçar o pensamento Marxista e a destruição da família tradicional, o que já desmente também o pensamento de Mill que apoiava que o se o homem e mulher cumprissem o mesmo papel dentro do casamento seriam mais felizes, porém na prática só ocasionou em mais divórcios.
A autora faz constantes confusões sobre as ondas do feminismo, como associar Simone a terceira onda sendo que ela é da segunda onda.
Está análise sobre o livro já está ficando gigante e não daria para mencionar todos os pontos que desejo fortemente ressaltar, em especial sobre a segunda onda gostaria de citar o passado pedófilo e nazista de Simone de Beauvoir e Sartre, que podem ser provadas pela obra de Bianca L. e como existem pensamentos tenebrosos nos livros de Simone.
Sobre como a segunda onda reforçou a revolução sexual e promiscuidade, e sobre como a criação da primeira clinica de aborto foi sobre uma ideia eugenista e que até hoje a mesma clínica lucra milhões com vendas de tecidos ilegais. E sobre como a legalização do aborto nos EUA foi pautada sobre uma mentira (Wade x Roe)
Betty Friedan em sua principal obra usa de sua vivencia pessoal (casamento frustrado e não gostar da maternidade) para ditar que esse era o problema de todas as mulheres. Essas feministas que apoiam avidamente a vida das mulheres fora do lar é para que elas parem de precisar dos homens e passem a precisar do Estado e quanto mais precisarem do Estado mais apoiaram políticas de esquerda.
Eu poderia citar os diversos benefícios do casamento e citar diversas fontes que demonstram o real caráter e intenção das feministas de segunda onda, que por si só se importam mais com suas ideologias do que com o bem estar das mulheres, feminismo não foi um movimento bonzinho e ingênuo .
E por último a autora cita a China, onde abortam fetos do sexo feminino única e exclusivamente por serem do sexo feminino, mas esquece que o próprio movimento e linha ideológica que ela apoia foi quem causou tudo isso.
Não irei me dispor a falar sobre de fato terceira onda que a autora pulou, ou outras consequencias do feminismo, pois está é uma critica a obra e não ao feminismo em si.
O livro é bom, tem muitas informações importantes e provavelmente pra quem se declara feminista ou nunca leu uma obra ou artigo que contestasse , criticasse ou mostrasse algum malefício no movimento, irá gostar da obra. Mesmo eu não concordando em muitas partes com o movimento e apresentando uma visão diferente, eu recomendaria a obra para as pessoas . Contanto quis me atentar a esses pontos.