romalopes 30/08/2009
Escolhe o destino, ama o destino
Resolvi ler esse livro quando uma amiga valou que decidira ler Nietzsche para ver se esse tal de NiÉtie tinha chorado mesmo.
Primeiramente eu não diria que me surpreendi com o livro, mas sim... Eu me surpreendi com o livro. E foram várias vezes. A forma que o autor imagina como teria sido as conversas entre os personagens é algo espantoso. Ele consegue juntar fatos possíveis, mas improváveis de uma forma tão natural que a gente pensa que aconteceu mesmo.
É claro, o Nietzsche demora muito pra chorar, mas vale a pena esperar. Tanto que eu me vi na pele do doutor e dele várias vezes. Vira e mexe eu me via fugindo das minhas Mathildes, geralmente consegui, mas me via também escondendo os meus sentimentos em relação a minha Lou Salomé ou me escondendo da relação com ela. Sim, eu também tenho a minha Lou Salomé. Só espero que, agora, eu consiga exorcizá-la da mesma forma que eles tanto tentaram.
Essa passagem eu vou guardar pra sempre na minha memória.
“Para se relacionar plenamente com outro, você precisa primeiro relacionar-se consigo mesmo. Se não conseguimos abraçar a nossa própria solidão, simplesmente usaremos o outro como um escudo contra o isolamento.
Somente quando consegue viver como a águia, sem absolutamente qualquer público, você consegue se voltar para outra pessoa com amor; somente é capaz de se preocupar com o engrandecimento do outro ser humano.”