Natália C. 02/05/2009
Um filósofo alemão, um amigo, uma mulher, uma doença, um médico, um romance e uma grande história. Esses são elementos essenciais que fizeram de Quando Nietzsche Chorou, livro de Irvin D. Yalom, um best-seller. Escrita em 1992, trata-se de uma obra de ficção com personagens reais e de um encontro que, na verdade, nunca aconteceu: o do médico Josef Breuer e Fiederich Nietzsche juntos.
É difícil falar de um livro que promete tratar a psicanálise de forma séria e profunda quando, na verdade, sou um leigo no assunto. A leitura é muito simples (com relação ao tema abordado) e o autor soube como entreter os leitores utilizando a fórmula básica de triângulos amorosos, decepções e desejos. Não tem como ler só um capítulo.
Na abertura do romance, a misteriosa Lou Salomé pede ajuda à Breuer. Informa que seu amigo Nietzsche está doente, com desejos suicidas e requer o tratamento desenvolvido pelo médico: a inovadora terapia por conversa.
É nesse ponto que o enredo começa a se desenrolar e se tornar interessante. Breuer esconde o fato de ter sido procurado pela dama de Nietzsche e esse, depois de ter confiado sua vida ao médico, se sente traído ao descobrir o fato. Esse ponto é o clímax da obra e o momento tanto esperado, que faria jus ao título, acontece. Até Freud tem uma pontinha interessante na história…
A leitura, lógico, sempre vale a pena.