Um chapéu para viagem

Um chapéu para viagem Zélia Gattai




Resenhas - Um chapéu para viagem


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Maria Faria 23/09/2012

Mais uma parte da história de Zélia
“Um chapéu para viagem” começa com a viagem de Zélia para o Rio de Janeiro, para conhecer os sogros e acompanhar Jorge Amado, seu novo amor e termina com a viagem de Zélia para Itália, onde Jorge se esconde do cenário político violento que se instalou no Brasil. A única semelhança entre as duas viagens é o fato de ganhar, de pessoas diferentes, um chapéu para cada viagem. Nos dois casos, o chapéu foi recomendado por representar um símbolo de elegância.
Zélia Gattai não faz cerimônias na hora de contar as histórias boas e ruins que transformara sua família em parte da década de 1940. Ela começa contando sobre a vida agitada cultural e politicamente que levava em São Paulo, onde conheceu Jorge Amado e se apaixonou. Como Jorge Amado foi eleito deputado, o casal foi obrigado a se mudar para o Rio de Janeiro, onde Zélia conheceu e desenvolveu estreita relação com seus sogros, João e Eulália. Eulália, chamada carinhosamente de Lalu, era pessoa autêntica e fomentou grande parte das histórias engraçadas presentes no livro. Foi com muito esforço e paciência que Zélia conquistou a sogra, vindo a ser tratada como filha depois de certo tempo. O livro se desenrola com o início do mandato de Jorge, com a vida política lhe ocupando grande parte do tempo, tirando-lhe até mesmo o tempo para escrever. E mostra Zélia, sempre à espera do marido, envolta com os bichos (patos, galinhas, papagaio etc) que estavam criando em um pequeno sítio no Rio de Janeiro.
Zélia engravidou, esperava o primeiro filho do casal, que acabou sendo registrado como João Jorge. Ao mesmo tempo, o cenário político no país começou a ficar ameaçador, situação agravada após o partido do qual Jorge fazia parte ser declarado ilegal. Jorge acaba tendo que sair do Brasil às pressas para se livrar de uma prisão ou coisa pior. Zélia, apenas consegue ir depois, quando o primeiro filho do casal já estava mais apto à viagem. É com a saída de Zélia do Brasil, indo ao encontro de seu amado, partindo para a terra de onde vieram seus avós, que a autora finaliza este livro com maestria.
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Bete.Nogueira 04/01/2024

Viciante!
Que livro delicioso! Não conseguia largar, tive sonhos baseados nele, não queria falar de outro assunto com quem estava perto de mim. História riquíssima tanto sobre o grande amor entre Zélia e Jorge Amado quanto das suas relações com grandes artistas, toda a aventura ao virem morar em um sítio no Rio, as agruras por conta da cassação do PCB, a relação com a família dela e, principalmente, com a família Amado. A sogra, Lalu, engraçada e de personalidade forte, ganhou voz própria na minha cabeça.
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Bit 28/02/2011

delícia de ler
Neste volume, lançado originalmente em 1982, a autora relata sua longa viagem sentimental como mulher e testemunha fiel do marido célebre, Jorge Amado. Juntos, atravessam os anos do Estado Novo e os perigos da política. Foi em plena militância, em uma reunião do Comitê pela Anistia, que Jorge viu sua futura esposa pela primeira vez.
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