A República de Platão

A República de Platão Platão
Platão
Cícero
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Resenhas - A República


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dantefs 15/11/2024

[...] nossa alma está cheia de contradições dessa espécie...

o excerto delineia a inquietação ontológica do homem cuja alma é dotada de propensões filosóficas, enfatizando sua insatisfação com a simples contemplação da esfera inteligível, domínio das ideias ou formas. das várias contradições inerentes à alma humana, que, em sua constituição dialética, oscila entre o tangível e o transcendente, uma dualidade que reflete a complexidade existencial que nos impele a transcender as ilusões fenomênicas e perscrutar a essência do real.

platão ídolo dos cristãos
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Benigno_Lê 08/11/2024

Esse livro é mais fácil de ler e mais divertido do que eu esperava. Mais para o fim ele fica um tanto cansativo, dado que trata de temas como justiça e injustiça, bem e mal, sob uma óptica muito idealista (afinal é o Platão sksksksk). Uma leitura diferente, que mostra as visões de uma pessoa que viveu a cerca de 2400 anos atrás!

Sócrates, o personagem que narra a história, se encontra com amigos e eles discutem sobre a natureza da justiça e do homem justo. Antes disso, Sócrates conversa com um homem mais velho que relata que conforme se envelhece, as pessoas se preocupam com a veracidade das histórias sobre o além-túmulo, sobre o Hades, mas apenas aqueles que acreditam que realizaram atos ruins. É muito interessante ler os personagens dizem trechos como: "Por Zeus!", "um deus", "a deusa", "o Hades", pois para nós, atualmente, são trechos sobre uma mitologia antiga que virou tema de livros de ficção, desde A divina comédia até os livros de Rick Riordan. As frases nos fazem lembrar que essa coletânea de mitos e ideias formavam uma religião importante para a região naquela época.

Os diálogos mostram o método socrático com clareza (que foi explicitamente criticado por um dos personagens, a saber Trasímaco, que disse que Sócrates se limita a fazer perguntas ao interlocutor sobre algo, pois é mais fácil que afirmar e definir conceitos), Sócrates escuta seu interlocutor, parafraseia algumas de suas ideias e concordam juntos com um conjunto de premissas. Em seguida, Sócrates faz diversas indagações para seu interlocutor, que uma vez concordando com elas, segue a linha de raciocínio de Sócrates até chegar em sua conclusão final, que pode, ou não, refutar alguma premissa inicial. Sócrates parece só conseguir discutir através de silogismos, muito interessante. Válido destacar que o método é discursivo, isto é, não investigativo ou científico, portanto as conclusões são obtidas por ideias que são tomadas por verdadeiras, muitas vezes o valor de verdade de tais ideias é assumido quase que por obviedade, mas ainda é um método eficiente de raciocínio lógico, o silogismo é um método dedutivo do qual apenas se pode obter conclusões verdadeiras.

Ao debater sobre a justiça, os personagens misturam conceitos como o belo e o bom, isto é, a discussão é recheada de juízos de valor sobre o que se discute, e não sem motivo, pois, acredito, ao discutir esses temas as visões pessoais são o que dita as definições e ideias correlacionadas. Acho interessante que alguns trechos do livro sobre essas discussões soam muito parecidos com análises e reflexões sobre teoria dos jogos, por exemplo trechos que discutem sobre as vantagens de atos justos e injustos para quem os pratica, sobre ganhos imediatos e ganhos de reputação.

Ainda discutindo sobre justiça, Sócrates propõe debater sobre a criação do Estado para falar, antes da justiça das pessoas, sobre a justiça do Estado. Novamente, a deliberação não é uma análise histórica, mas sim uma discussão idealizada, mas o objetivo das discussões não é científico, mas sim filosófico. É possível dessas análises criar hipóteses sobre o nascimento do Estado das cidades gregas, sobre a organização do trabalho, sobre a vida em sociedade, essa é uma parte importante da construção do conhecimento, mas não é possível afirmar como essas coisas se dão sem uma análise concreta da realidade. Não vou discutir muito sobre isso, pois, afinal, o livro é de milênios atrás e foi escrito pelo símbolo do idealismo: Platão.

Sócrates debate então sobre a educação dos guerreiros (às vezes ele inclui a educação das crianças). As histórias que se deve contar para eles deve retratar os deuses de uma maneira específica e não como eram retratados na literatura e fábulas da época. Por exemplo, Sócrates argumentava que os deuses deveriam ser a imagem em que os guerreiros deveriam se inspirar, portanto eles não poderiam ser tratados como ruins (tirando a humanidade dos deuses gregos), não deveriam ser capazes de mentir ou enganar; vagarosamente Sócrates idealiza ainda mais os deuses a fim de aproximá-los da perfeição e benevolência, e, se perfeitos, imutáveis. Aqui parecem surgir algumas das raízes da filosofia cristã da natureza de deus.

Ainda sobre a educação dos guerreiros, Sócrates defende um tipo de censura para com contos, poemas e outros produtos da cultura. Pois, para a boa educação dos guerreiros, ele argumenta que estes devem ser educados através de histórias com personagens corajosos, sem defeitos, que não demonstrassem nenhuma fraqueza ou dúvida, mas que fossem sensíveis para orar para os deuses, ou ouvir preces. Como a educação, segundo Sócrates, se baseia na música e na ginástica, me parece que uma educa a alma e a outra o corpo, tanto uma quanto a outra deveriam ser ensinadas de forma a promover a temperança nos defensores da sociedade. As músicas deveriam ser estimulantes e energéticas, portanto deveriam ser suprimidas as músicas tristes, deprimentes. De forma semelhante, a educação do corpo deveria promover a temperança, de modo que os guerreiros fossem fortes e tementes mais à escravidão que à morte, mas que não fossem brutos e rudes.

Sócrates debate com colegas sobre a natureza da medicina em vários momentos. Segundo ele, alma é fator determinante para a saúde, portanto alguém com uma má alma não seria capaz de ter um bom corpo, uma boa saúde, de modo que a medicina não deveria tentar tratar os indivíduos de saúde demasiado fraca, pois esses teriam uma alma ruim, portanto deveriam ser eliminados, suprimidos. Desse modo, Sócrates (ou Platão) mostra a sua defesa à eugenia. Válido destacar que pensamentos semelhantes existem até hoje e são perigosíssimos, pois tomam alguma característica arbitrária de alguém como culpa dela, ou simplesmente imutável, de modo que essa pessoa deveria ser desprezada ou eliminada. Quem determina essas características? Como elas são provadas de indicarem algo ruim ou incurável? Por conta desse idealismo preconceituoso desses discursos que eles são tão perigosos, ainda mais quando sua fonte, aquilo que sustenta e valida suas ideias está sempre certo e não pode ser questionado: deus.

Mais adiante, a fim de definir a justiça no âmbito dos indivíduos, Sócrates continua a debater sobre a justiça do Estado. Ele define as três classes do mesmo: governantes, guerreiros e demais pessoas e a essas classes associa qualidades desejadas. Os governantes deveriam ser sábios, os guerreiros corajosos, todos deveriam ter temperança e cumprir seu papel, sem tentar mudá-lo, essa última seria então a justiça. Nessa discussão, percebo duas coisas principais. Primeiro: as ideias das pessoas são moldadas pela sua realidade. Se a sociedade possui tal configuração, divisão social, ao imaginar o Estado ideal, Sócrates (Platão) replica a sociedade que teve contato com algumas diferenças que julga como melhorias. Ao imaginar sua utopia, ele preserva várias propriedades da realidade, pois ela molda sua maneira de ver o mundo. Por exemplo, quando descobrimos as máquinas a vapor, imaginávamos que o universo era uma máquina determinística e bem montada, quando criamos os computadores começamos a cogitar a possibilidade de vivermos em uma simulação, a imaginação gravita em torno da realidade. Segundo: os discursos de Sócrates se baseiam no senso comum para sustentar suas ideias, muitas vezes recorrendo quase que a tautologias, ou argumentos quase circulares, para sustentar suas visões, algo como, se alguém é justo, ele está com a justiça. Se alguém é bom, ele é justo, pois ser justo é bom. Esse tipo de discurso é muito superficial e não discute de fato como funciona a realidade, toma-se apenas ideias que a maioria concordaria, por exemplo: os que governam deveriam ser bons, portanto é bom que eles o sejam. Além de decidir qualidades arbitrárias como propriedades fundamentais do Estado e das pessoas, como justiça e temperança. Novamente, são apenas qualidades que a maioria concordaria que são boas de se ter uma pessoa ou um Estado, de modo que discordar de Sócrates nisso é improvável. Nada impediria de adicionar outras outras qualidades e associar, por exemplo, apenas aos governantes e guerreiros, ou apenas aos demais indivíduos do Estado. (Talvez eu esteja exigindo muito de uma teoria idealista e utópica de mais de dois milênios de idade). Fiquei triste de Platão debater todos esses temas, tangenciando a parábola da biga, que eu estava esperando para poder relembrar do meu ensino médio, em que li sobre isso no livro de filosofia, mas não mencionar. De fato a parábola não se encontra nesse livro.

Platão continua a relatar como deveria ser sua sociedade de guerreiros. Ele argumenta que estes deveriam não ter posses, deveriam conviver em conjunto. Sócrates e seus interlocutores discutem também o papel das mulheres e a contradição que cairiam se, ao afirmar que pessoas de naturezas diferentes deveriam ter funções diferentes, dissessem que as mulheres deveriam de ocupar as mesmas funções que os homens. Para escapar da contradição, Sócrates afirma que, mesmo sendo inferiores (e seu interlocutor confirma sem questionar), não lhes parece que as mulheres possuam alguma dificuldade em realizar qualquer tarefa quando comparadas aos homens, apesar de inclinações para certas tarefas. Apesar disso, se as mulheres possuem as mesmas aptidões para se dedicarem as funções do Estado, em que seriam inferiores? Platão não responde. Na casta de guerreiros, o autor argumenta que aqueles deveriam passar por um processo eugênico de procriação, onde aos melhores guerreiros seriam designadas as melhores guerreiras, e aos piores as piores, mas isso não poderia ser explicitamente dito, aqueles que são piores deveriam acreditar que os melhores têm relações sexuais com os demais melhores por sorte e competência. Além disso, as crianças deveriam ser criadas em conjunto, sem conhecer seus pais, todos deveriam ser vistos como parte da família. Platão também defende que os gregos de diferentes Estados deveriam respeitar seus conterrâneos e tentar reconciliarem-se sempre uns com os outros. Após essas deliberações, Platão discute que o Estado ideal deveria ser regido por filósofos, isto é, amantes do conhecimento, e os demais deveriam apenas seguir as suas ordens. No idealismo platônico, o Estado deveria ser regido por aqueles que buscam a verdade e tentam compreender as coisas. É interessante como o idealismo é suficiente, a utopia é um modelo inatingível que é válido por poder ser descrito, não por poder ser executado; o autor defende esse ideia ao dizer que uma escultura de um corpo ideal não é ruim por mostrar um corpo impossível.

O autor defende também a presença do "verdadeiro" filósofo na governança do Estado. Ele critica a visão das pessoas contra o filósofo, como se aquele que busca a verdade fosse um inútil. A discussão dele é um pouco diferente da discussão atual que está correlacionada com a visão utilitarista (e muito influenciada pelo capitalismo) contemporânea, mas alguns temas se mantiveram. Aquele que de fato ama o conhecimento, segundo Platão, tem poucos desejos mundanos e deve não ser influenciado contra essa natureza; esse amor pelo conhecimento estaria atrelado ao amor ao belo, que está também associado ao justo e ao bom, logo o filósofo verdadeiro teria todas essas qualidades; o filósofo deveria querer buscar a verdade, de modo que seria julgado por outros que exigissem ações imediatas para a resolução de problemas. Além disso, como os filósofos verdadeiros são raros (não se baseiam em opiniões ou se moldam conforme o público que os ouve como os sofistas), o povo não poderia ser majoritariamente filósofo, então, para Platão, a democracia seria um absurdo.

Ele disse! Ele descreveu a alegoria da caverna!!! Platão nessa parte do livro deixa claro o motivo de ser o símbolo do idealismo. Platão faz uma ode à aritmética e geometria por serem artes do ser imutável; para o autor, a lógica bem estruturada da matemática e sua desconexão com a realidade a tornava pura e perfeita, conectando-a às artes que visavam entender aquilo que não muda, como o belo e o bom. É realmente uma síntese de idealismo antigo. Apesar das ideias de Platão se aproximarem de conceitos teológicos, ontológicos a respeito de suas ideias abstratas e desprezarem estudos empíricos, a defesa do aprendizado de temas "inúteis", por falta de aplicação prática imediata, ou até mesmo ausência de qualquer aplicação, me é bastante interessante. O fascínio e curiosidade para com os eventos e fenômenos das coisas, das pessoas, da sociedade, do planeta, do universo existe em todas as crianças, buscar compreender como o mundo ao nosso redor funciona é natural, porém a "vida prática" nos tira o direito de ter essa visão e admiração. Grande culpado é nosso ladrão de tempo, o capitalismo. A visão utilitarista das ações humanas está muito arraigado na visão capitalista do mundo, que deve ser combatida em prol do bem estar das pessoas. Devemos lutar pelo nosso direito de sermos curiosos, de podermos desenvolver nossas paixões e interesses. Aquilo que não gera lucro rápido é visto como inútil; a arte, a ciência de base, as pesquisas e investigações são vistos como inúteis, mas são reflexo das capacidades e interesses humanos de aperfeiçoamento e desejo pessoal, trabalho coletivo. A visão é quase que anti-humana, e é ela que deve ser combatida. É preciso dizer que mesmo pesquisas sérias podem estar cientificamente mal embasadas e serem contraproducentes, mas elas podem muito bem passar pelo escrutínio dos pares e se tornar mais efetiva no entendimento da realidade. Por fim, as pesquisas melhoram as condições de vida das pessoas, desenvolvem a tecnologia da sociedade, ampliam nossos conhecimentos do mundo e, em alguns ramos, são belas expressões de arte.

Na descrição da educação do Estado, Platão descreve as disciplinas que deverão ser ensinadas além da ginástica e música: aritmética, geometria (e geometria espacial, que ele comentar que não se sabia muito sobre na época), astronomia e dialética. Estas disciplinas compõem o Trivium e a dialética é parte do Quadrivium, que eram modelos educacionais da Europa medieval.

Platão descreve os governos de sua época e as transições entre essas formas de governo. Em sua visão, os governos passam da aristocracia para a timocracia, em seguida para a oligarquia, para a democracia e, por fim, para a tirania. Todos os governos e processos de transição são justificados de forma idealista, apenas com a arte do pensar, como o livro todo se baseia. Mas a ideia que está no centro da visão de Platão sobre a sociedade é que ela pode ser descrita em termos dos seus cidadãos, isto é, a oligarquia é formado pelo "homem oligárquico", a democracia é formada pelo "homem democrático", isto é, o governo é um espelho direto de como as pessoas são. É como se Platão tentasse explicar o funcionamento da sociedade através da psicologia. De modo que utiliza algumas visões comuns da época para justificar as ações individuais dos cidadãos que fundamentariam as características e, por fim, levariam à derrocada do sistema governamental.

O autor relata sua visão sobre a arte. Eu lembro de ver esse tema no ensino médio. Por mais que Platão elogiasse o trabalho dos filósofos, ele despreza um tanto o trabalho dos artistas; se o trabalho mais importante é o intelectual voltado para o entendimento da verdade absoluta, do entendimento dos conceitos do mundo das ideias, o artista está o mais longe possível disso, porque o artista gasta seu tempo tentando copiar a realidade, fazendo uma cópia da cópia (objeto, pessoa, ou outra coisa qualquer) da ideia perfeita.

Platão também debate sobre a imortalidade da alma, que ele argumenta ser fácil provar sua imortalidade, pois tudo o que perece o faz por conta de uma doença, um defeito do próprio ser, mas ele não reconhece nenhum defeito na alma, pois, mesmo a injustiça praticada pelos indivíduos não prejudica a vivacidade da alma, justamente porque os injustos não morrem mais cedo, mas sim o contrário. Aqui percebemos como as ideias de Platão influenciaram a filosofia cristã (se não me engano seus trabalhos foram muito importantes para o cristianismo), sua visão da alma perfeita e imortal, sua visão maniqueísta do mundo e a crença na ação dos deuses, em sua visão perfeitos, a favor dos justos e contra os injustos durante a vida e após a morte (queria saber se essa visão era particular de Platão ou se era popular entre os gregos, pois o panteão grego é cheio de deuses quase humanos, com qualidades e defeitos). Interessante o relato descrito ao fim do livro sobre a história de Her, que foi um guerreiro que visitou o Hades, viu as almas serem julgadas, condenadas ou premiadas e voltou a vida para relatar o que vivenciou no além-túmulo. A parte mais interessante é que na história, várias almas escolheram seus destinos para suas reencarnações; algumas escolheram vidas mais simples, outros vidas mais gloriosas, outros escolheram se tornar animais, alguns animais decidiram se tornar gente. Platão, aparentemente, toma o relato como relevante, como se pudesse, de fato, tratar da realidade do Hades.
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Maria 21/10/2024

Filosofia
Melhor jeito de começar filosofia é por esse cara aqui. Não é difícil de entender. Nietzsche é bem mais complexo
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Vitor547 18/10/2024

Complexo demais para dar um título
Achei ele demasiado informativo, ele é ótimo para repertório do enem kkkk. o conteúdo em sim são muitos, ele vai falar do homem justo e injusto, a essência das coisas, até vai propor uma sociedade ideal (mesmo ele sabendo que seria impossível) ele dizia que era o único jeito para atingirmos um nível de harmonia social ou algo parecido.
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Mi_ 13/10/2024

A utopia de Platao: O que e uma sociedade ideal?
Imagine um mundo onde a justiça prevalece, e cada pessoa cumpre seu papel com perfeição. m Em
"República", Platão nos leva a refletir sobre a natureza da justiça, o papel do conhecimento e como construir uma sociedade verdadeiramente justa.

A famosa Alegoria da Caverna mostra como muitos de nós vivemos na escuridão da ignorância, enquanto poucos ousam buscar a luz do conhecimento. Será que estamos prontos para sair dessa caverna?
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J.vitor64 12/10/2024

Excelente
Não recomendo como primeiro livro para entender o pensamento platônico/socrático, mas um excelente livro de aprofundamento. Leia tento em mente que foi escrito na era anterior à nossa, ou seja, antes de Cristo. Por se tratar de um livro de política de tal temporalidade, algumas ideias defendidas são um tanto quanto ultrapassadas e consideradas erradas nos dias de hoje. Enfim, um maravilhoso livro de filosofia política, mesmo que não trate somente desse tema, ele é o mais recorrente na obra, mas que também exprime com excelência a teoria das ideias de Platão, o conceito de justiça e injustiça e alguns outros assuntos. Leiam.
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DudaSall 17/09/2024

"Mais numerosas, portanto, são as desgraças que atingem o homem escravizado por suas paixões [...]"
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Samuel Gallo 06/09/2024

Engana-se quem pensa quem em “A República” Platão tem como objetivo pregar um Estado Ideal. Primeiro, o próprio Platão diz que na filosofia nada deve ser como tomado como princípio e afirmação, mas, antes de tudo, como hipótese. A partir daí, com a dialética, segue-se o confronto das várias hipóteses contrárias. Segundo, é nítido que o principal objetivo de Platão é investigar a alma humana e as suas virtudes. O Estado é apenas uma analogia que Platão faz com a alma para melhor a compreender, visto que em ambos atuam forças contrárias. No Estado, há aqueles que almejam o bem e a justiça e outros querem a injustiça; na alma, há o lado que busca o bem, mas também tem o lado que sempre busca apenas satisfazer seus os prazeres, portanto, acaba se deteriorando e se tornando alguém injusto.
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Dezin0 25/08/2024

Clássico lento, mas não deixa de ser um clássico
O livro "A república", traz diálogos de Sócrates, acerca de assuntos como o que mais vale a pena, ser justo ou injusto? O que uma cidade prescisaria para ser perfeita? Entre outros.

O livro tem muitas frases e conceitos interessantes, tendo inclusive vindo dele a "alegoria da caverna". Com certeza recomendo, para alguns é considerado até uma leitura obrigatória.
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luciensgirl 09/08/2024

FACULDADE RAAAAH
"Mas não se deve honrar um homem acima da verdade, e, pelo contrário, deve-se falar, conforme eu declarei."

Achei um texto autoexplicativo mas ao mesmo tempo bem complexo. Precisei fazer um fichamento para a faculdade sobre ele e gastei boas horas tentando compreender diversas coisas que se passavam entre o diálogo do livro. Talvez, se não o tivesse lido obrigatoriamente gostaria mais.
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Lcardosi 08/08/2024

Um Clássico
O livro é centrado no tema da Justiça. Bem no início da obra, é apresentado o sofisma: "o homem injusto é feliz sobre a terra". Tendo em vista refutá-lo, todo o resto do livro desenvolve o porquê deste argumento estar errado. Apesar de muitas pessoas más receberem benefícios das injustiças que cometeram, Platão compara tais homens com as Quimeras. Um Estado onde seus habitantes se voltam contra si mesmos entra em guerra civil, na qual cada grupo se volta a perseguir os seus próprios objetivos. Dessa forma, se o homem buscar saciar os seus apetites mais baixos, será governado por eles e, por conta disso, viverá dividido contra si mesmo assim como uma Quimera e um Estado em guerra civil. Por outro lado, o homem justo e racional se volta para a busca da verdade e a temperança, de forma que entra em equilíbrio consigo mesmo.

É interessantíssimo como Platão já desenvolve problemáticas que estão sendo debatidas até os dias de hoje como, por exemplo: o valor dos modelos de educação, da boa música, dos tipos de governo, etc...
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Natan.cmps 18/06/2024

Uma obra antiga, mas atual.
Simplesmente uma boa leitura, simples, rápida, porém, achei sócrates um homem um pouco a se desejar, se trata de uma obra antiga, porém se aborda muito temas atuais, já que se trata dos diálogos de como ter uma república perfeita.
Alguns dos temas como censura, modos de governos, bem e mal, leis, e outros sobre virtude são bem abordados.
Se trata de um dialógo de uma boa reflexão, simplesmente bastante atual, sendo uma leitura obrigatória para os clássicos. Super recomendo.
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Natan.cmps 02/06/2024

Um importante clássico.
Um livro de leitura um pouco fácil, um clássico para os pensamentos, principalmente para quem queria entender filoaofia. Muitas ideias e conceitos que recomendo que seja lido, ainda mais vendo um país tão ignorante como o nosso.
Ainda li apenas o volume 1, que contem metade de toda a obra apenas, mas as ideias, a forma como sócrates debate, dá para ver não só a ironia, mas como ele põe o outro a pensar a favor dele. Acho que seja um livro de leitura importante.
Apresentou alguns conceitos sobre como devia ser o governo, alguns do qual concordo, outros do qual discordo, mas é uma leitura muito interessante, e acho que essencial, pelo menos para mim que estou entrando nesse mundo por agr.
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manu 19/05/2024

Finalmente acabei
Primeira leitura da faculdade!!
vc quase morre lendo mas no fim dá tudo certo kkkkk
concordando ou não com que o platão escreve, é realmente impressionante o processo dialético. Como ele consegue simplesmente avançar milênios e igualar homens e mulheres apenas a partir de uma linha de pensamento é muuuuuito incrível.
mto legal ver esses conceitos q vc passa o ensino médio todo estudando, tipo o mito da caverna, e ler de verdade
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samucacn 27/04/2024

A República (em grego: ????????, transl. Politeía) é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O diálogo parte de uma busca acerca de uma definição pelo que consiste a Justiça (de modo característicos dos seus primeiros diálogos), o que leva Platão a especular tanto acerca do seu antônimo (a injustiça) como entre os mais diversos temas, não só éticos, mas também políticos, epistemológicos, metafísicos, psicológicos, entre outros. Em suma, se destaca no texto as divagações do filósofo quanto a filosofia ético-política (ainda que não seja sua única e mais madura obra dedicada ao tema, como exemplo podemos citar seu diálogo da velhice "Leis"), nesse diálogo Platão discorre acerca características dos diferentes regimes políticos e a proposta do próprio Platão de uma cidade ideal, designada como "Kallipólis", que significa "cidade bela". Platão, para avaliar os regimes, desenvolve um paralelo entre o ser humano e a cidade, no primeiro o filósofo elenca três faculdades distintas para alma humana, a saber, apetitiva, irascível e racional, já a segunda o filósofo divide em três classes essenciais, a dos comerciantes, dos guerreiros ? os guardiães ? e dos governantes (os quais Platão elegerá os filósofos), sendo assim Platão argumenta quanto a uma correspondência entre ambas as instâncias (a cidade-estado ? pólis, para os gregos ? é tomada como uma ampliação do ser humano), e que deve haver uma harmonia entre as diferentes faculdades da alma, como também entre as diferentes classes da cidade, essa ordenação se dá quando tanto o indivíduo quanto o estado elegem seus aspectos racionais como orientador de suas ações. Como consequência dessa harmonia, nasce a saúde na alma e na pólis, a qual se reflete também na justiça, questão inicial posta no livro I do diálogo.
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