spoiler visualizarescritaseleituras 17/08/2024
A Dama das Camélias
A Dama das Camélias é o livro da minha vida. É, de longe, o romance que mais amo.
Sempre que leio desperta as mesmas emoções como se estivesse lendo pela primeira vez.
Conheci o livro através da obra "Lucíola" de José de Alencar. Fiquei curiosa pela forma que os personagens falaram sobre o romance e, na primeira oportunidade, encomendei.
A Dama das Camélias é um romance de Alexandre Dumas Filho, no qual ele narra parte de sua vida ao lado da cortesã
Marie Duplessis.
Armand Duval apaixona-se por Marguerite
Gautier, famosa cortesã francesa. Tendo a cortesã correspondido aos sentimentos do jovem rapaz, muitas transformações ocorrem na vida dos dois e os amantes precisam superar diversos obstáculos: os ciúmes, a ganância, os costumes da época e, até mesmo, a própria vida de Marguerite.
Tudo no livro me encanta! E o fato da personagem ter existido contribuiu tanto para minha curiosidade quanto para o sentimento crescente de empatia que senti por ela ao ler cada página.
A forma de descrever os momentos nos transporta para aquele tempo, sentimos quando a personagem está nervosa, feliz, cheia de expectativas ou decepcionada. Sentimos as dores e amores dos protagonistas.
O autor descreve com intensidade os sentimentos que o acometeram durante sua experiência de vida ao lado da cortesã, suas desconfianças, ciúmes, possessividade, sempre com muita intensidade emocional. Também, podemos entender os próprios pensamentos de "Marguerite", sua visão sobre sua própria vida e condição, sua percepção sobre o que representa para as outras pessoas, amigos, amantes, seus sonhos de se sentir purificada de tudo o que viveu.
É um livro sobre ela. Conhecemos mais sobre Marguerite do que sobre Armand, pois através de suas cartas entendemos suas motivações. Somos levados a conhecer o mundo de Marguerite pelos olhos de seu amor e por seus próprios olhos.
É um romance no melhor conceito da palavra. Amor romântico cheio de obstáculos morais da época e com sacrifícios de ambos os amantes.
"Adeus, cara Marguerite. Não sou nem rico o suficiente para amá-la como eu gostaria, nem pobre o suficiente para amá-la como você gostaria. Esqueçamos, então: você, um nome que lhe deve ser quase indiferente; eu, uma felicidade que me é impossível."