Poly 21/01/2015Finalmente a história de Lori Sullivan, a Mazinha. Confesso que a cada livro eu ficava mais e mais curiosa a respeito da “gêmea má” e por qual motivo ela tinha esse apelido. Então, por motivos óbvios, ultrapassei todos os livros na fila de leitura para poder conhecer a história de Lori.
Confesso que fiquei um pouco decepcionada. Esperava uma personagem com mais personalidade e menos fragilizada, mas Mazinha não é tão má quanto esperei e em alguns momentos parecia apenas uma criança teimosa e mimada. Em outros, ela era uma adorável jovem, carismática, divertida e atenciosa com todos. Não fez jus ao nome em nenhum momento, uma pena, pois queria ver uma personagem mais forte.
A questão era que, pela primeira vez em muito tempo, Lori sentiu uma agitação de entusiasmo. De ansiedade.
P. 15
Apesar disso, o livro é ótimo. Bella Andre continua seguindo a mesma linha dos outros livros. Narrativa em terceira pessoa, cenas bem detalhadas, muito romance, bastante tensão sexual e uma pitada de sexo selvagem para apimentar a história. Só achei que os diálogos dessa vez foram um pouco suprimidos. Teve capítulos em que li duas páginas seguidas de narração sem diálogo. Não atrapalhou a história e no final das contas não fez tanta falta assim, mas foi uma diferença que eu encontrei em relação aos demais livros da série Os Sullivans.
A história gira ao redor de Lori Sullivan. A moça é uma talentosa bailarina que abandona um espetáculo pela metade em Chicago e vai para uma cidadezinha na Califórnia tentar esquecer dos problemas. Lori pegou seu namorado na cama com uma dançarina que ela contratou para a peça e precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar.
Em Pescadero, California, ela encontra um anúncio para trabalhar em uma fazenda e decide que esse tipo de trabalho é o que ela precisa para aliviar a tensão. Lori começa a trabalhar na fazenda de Grayson Tyler, um caubói muito gostoso, mas também muito casca dura.
A chegada de Lori muda a vida dele de cabeça para baixo e apesar de preferir o silêncio e a distância das pessoas, Grayson começa a se afeiçoar pela moça mais do que quer admitir. Os dois teimosos começam a trabalhar juntos e aprendem a lidar com suas diferenças para que a convivência deles não se torne insuportável.
Ele não fazia ideia do que, ou quem, havia magoado Lori Sullivan. Mas, dada a força que ela provou ter o dia todo, ele sabia que tinha que ser algo muito ruim para levá-la a um ponto em que não conseguia controlar o choro.
P. 53
Achei nesse estilo grosso de Grayson e nessa teimosia de Lori uma enorme semelhança com Petruchi e Catarina, de A Megera Domada de Shakespeare.
Até mesmo o tom de comédia em algumas partes me lembravam um pouco a obra shakesperiana.
Achei que o romance estava muito mais forte nesse livro que nos anteriores. Havia sim uma tensão sexual, mas ela não era constante como nas demais histórias. Em alguns momentos essa tensão sumia e dava lugar a outros sentimentos. Até as cenas de sexo foram um pouco mais contidas. Não há tantas como nos outros livros, mas as que têm são detalhadas e narradas no mesmo padrão de qualidade Bella Andre.
Quando ele atiçou o cavalo para iniciar o trote, não foi o movimento súbito que tirou o ar dos pulmões de Lori. Foi o calor de Grayson, sua força, seu cheiro deliciosamente masculino… e a imediata onda de desejo que ela não tinha a menor intenção de ignorar.
P. 99
A autora continua citando os outros irmãos Sullivan e contando mais da vida deles, mas alguns irmãos apareceram menos que os outros. Chase e Chloe, por exemplo quase não foram citados e a pequena Emma parecia não existir. Talvez Mazinha não tivesse tanta afinidade assim com Chase para falar da vida dele, mas achei que ficou faltando um pouquinho de divisão de atenção entre os irmãos.
- O amor é muito duro – ela disse entre soluços. – Sou muito fraca para o amor. – Ela balançou a cabela no peito dele. – Nunca mais vou amar coisa alguma novamente. Nunca. Jamais. Nem nada nem ninguém.
P. 215
Mas no final, eu amei o livro, como amei cada um dos livros da Bella já lançados. Ainda acho que Só tenho olhos para você (Sophie) e Não posso me apaixonar (Gabe) são os melhores, mas todos devem ser lidos e apreciados de igual forma.
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