Toda poesia

Toda poesia Paulo Leminski




Resenhas - Toda Poesia


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Gabms 09/02/2022

Toda Poesia
Essa edição reúne todas as obras publicadas pelo poeta curitibano Paulo Leminski. Acho que é um livro interessante para pessoas que, assim como eu, nunca leram Leminski, justamente porque reúne todas as obras, então não é necessário pesquisar horas a fio qual o melhor livro para quem quer começar a ler a poesia de Leminski.

Confesso que poesia não é o meu forte. Gosto, mas nem sempre entendo. Foi o segundo livro de poesia que consegui ler até o final. Devo dizer que gostei muito da leitura, achei alguns poemas muito interessantes e me identifiquei com alguns. Vou deixar dois dos poemas que mais gostei aqui na resenha, só para dar um gostinho do que esse livro tem!

"tem vezes que tenho vontade
de que nada mude
vou ver
mudar é tudo o que pude."

"isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gentente é
ainda vai
nos levar além."

Deixo, também, a recomendação de outro livro de poesia igualmente bom: Tamanho de flor - Lucas Lujan
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nat 12/02/2022

Não foi feito para mim
Esse livro é tão aclamado por amantes de poesia que resolvi ler, mas que baita decepção. Com toda certeza esse não é o tipo de poesia que gosto (ainda que algumas delas fizeram sentido para mim e me fizeram gostar), o que tornou a leitura chata, enfadonha e demorada.

Mas repito: ele apenas não faz o meu gosto, então o problema não está nem no livro nem em mim, mas sim na compatibilidade entre nós dois. Não rolou. Não fluiu. E tá tudo bem. Pode ser que seja uma leitura fantástica para você, assim como pra outras tantas pessoas.
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Viquituhpm 22/02/2022

Leminski, eu te amo, Leminski!
Mano, fod*-se eu amo leminski, não tem como!
Este livro flerta com o humor, a mágoa e o cotidiano com a dicção única do autor, que dá todo o tom para as poesias que estão nele. Sua linguagem é leve e inteligente, o que me fez morrer de rir em VÁRIOS momentos e chorar quando eu menos esperava.
Não sou o maior fã de haicais, mas os dele deixam o meu coração quentinho (mesmo que nem sempre eu entenda 100% do que ele quer passar, mas acredito que essa abertura na escrita seja um charme!).
Como disse Leyla Perrone-Moisés: "Leminski é samurai em seus caprichos e malandro em seus relaxos", ele constrói com excelência e inteligência. Este é um livro ótimo para conhecer uma escrita diferente e esparramar seus pensamentos e reflexões nas sacadas solenes. Recomendo pra caralh*!!! Estou completamente rendido!
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Karen Costa 04/03/2022

Foi uma boa leitura, tirei ótimos poemas deste livro, mas acho realmente que esses tipos de poemas do livro não são pra mim
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Reccanello 15/03/2022

Haja hoje para tanto ontem!
Poeta, escritor, biógrafo, crítico literário, tradutor de vários idiomas (era fluente em latim, grego, inglês, francês, japonês, espanhol, dentre outras línguas que, se não as dominava, nelas era versado), professor, judoca faixa preta, letrista e parceiro de vários cantores... Autointitulado “a Besta dos Pinheirais” (curitibano orgulhoso, dizia que, assim como uma araucária, ele também não podia sair de onde nascera), Leminski era um erudito zen-budista, um moleque latinista, um livre-pensador rebelde e cosmopolita que sabia, ao mesmo tempo, ser sutil como um beija-flor e intenso como um vendaval.
===
Reeditada em 2013 nesta edição linda da Companhia das Letras, e subitamente redescoberta por um público mais amplo, a obra completa de Paulo Leminski virou verdadeira febre, liderando os rankings de Mais Vendidos. E não é para menos: sua Antologia Poética, cotidiana e acessível, fisgou não apenas o leitor mais habituado ao lírico como, também, encantou pessoas que nunca antes se viram como fãs de versos. Conciliando a rígida construção formal com o mais espontâneo coloquialismo, Leminski brincava - e às vezes zombava - com os leitores e os críticos: embora sua erudição lhe permitisse produzir poesias de altíssima qualidade - tanto aos moldes ocidentais como orientais (era um fã assumido e inveterado dos Haikais e de Matsuo Basho) -, comprazia-se em mostrar um estilo que beirava o improviso, revirando a mente dos mais conservadores.
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Abrangendo desde sua estreia na poesia, em 1976, até sua morte em 1989, a obra percorre a trajetória poética completa do curitibano Leminski, permitindo ao público a leitura de obras há muito já fora de catálogo. Do haikai à poesia concreta, do poema-piada oswaldiano ao slogan e à canção, nada escapou ao "samurai malandro", ao "bandido que falava latim".
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Apresentado por sua companheira de vinte anos (a poeta Alice Ruiz), com posfácio do crítico e compositor José Miguel Wisnik, e com um apêndice reunindo textos de Caetano Veloso, Haroldo de Campos e Leyla Perrone-Moisés, a leitura de Toda Poesia é uma aventura para a inteligência e a sensibilidade, da qual ninguém sai incólume.

site: https://www.instagram.com/p/CWMbye8AUlg/
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Le Vieira 16/03/2022

Morno
Vim ler esse livro cheia de expectativas por conta de trechos e poemas soltos que chegavam até mim.
Mas acabei me decepcionando.
Eu esperava, no mínimo, conseguir criar um laço com o autor através da sua escrita, o que não aconteceu.
Apesar de tratar de temas diversos, amor, decepção, cotidiano, não fui capaz de me conectar aos textos, os quais muitas vezes me pareciam apenas palavras jogadas.

É um bom livro, mas não para mim.
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Lore.dossn 22/03/2022

Os livros sabem de cor
milhares de poemas.
Que memória!
Lembrar, assim, vale a pena.

-última leitura para o PAS-UEM???
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Rafinha.B 22/03/2022

MARAVILHOSO
Eu demorei muito para ler, pois achei que seria uma leitura difícil, mas assim que comecei, fiquei apaixonada.
Um livro que tinha por objetivo apenas me tirar de uma ressaca literária, se transformou em um livro que me fez sorrir, pensar, e acima de tudo, fazer com que outras pessoas lêem também, porque ele é uma obra de arte!

Um dos dos poemas que mais gostei:

"Além alma

meu coração lá de longe
faz sinal que quer voltar
já no peito trago em bronze:
NÃO TEM VAGA NEM LUGAR
pra que me serve um negócio
que não cessa de bater?
mas me parece um relogio
que acaba de enlouquecer.
pra que que eu quero quem chora,
se eu estou tão bem assim
e o vazio que vai lá fora
cai macio dentro de mim?"
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Ju 25/03/2022

Muito bom
Não sou muito fã de poemas, mas alguns de Leminski me encantaram. Creio que foi um ótimo primeiro contato com o gênero nessa nova fase da minha vida, podendo refletir sobre os temas tratados e o sentimento implícito.
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Lucas 31/03/2022

Na real...
Serei super sincero, é uma coletânea completíssima e uma editoração bem feita.

Mas...

Como tudo aquilo que contém "tudo", tem ali espaço pro belo, legal, divertido, reflexivo como também dentro desse "tudo"
tem espaço pro chato, moroso, feio e estranho.

Se você se permitir nesse livro, garanto que
vai encontrar de tudo. Caso encontre "tudo" como genial e Belo penso duas opções pro leitor: ou é puxa saco ou é mentiroso
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bella 19/04/2022

tem muitos poemas muito bons!
amei a maneira que o Leminski consegue brincar com as palavras em certos poemas.
podemos ver muito dele em seus poemas e gostei de vários.

alguns que gostei:

"o silêncio
se mete a maltratar
me ditando
abreviaturas de mim
e,
quem sabe,
a mim mesmo me dilatando"

"eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está dentro
ou está fora

quem está fora
não segura
um olhar que demora

de dentro do meu centro
este poema me olha"

"não sou o silêncio
que quer dizer palavras
ou bater palmas
pras performances do acaso

sou um rio de palavras
peço um minuto de silêncios
pausas valsas calmas penadas
e um pouco de esquecimento

apenas um e eu posso deixar o espaço
e estrelar este teatro
que se chama tempo"

"meu coração de polaco voltou
coração que meu avô
trouxe de longe pra mim
um coração esmagado
um coração pisoteado
coração de poeta"
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elisax.epub 06/05/2022

Nem sei
Esse livro, pra mim, foi se identificar com não mais que uns 10 poemas e me irritar com coisas tipo ?SEGUE O SOL? (???). Nem sei, achei meio revoltante ele ficar tentando ser conceitual escrevendo coisas que só ele vai entender. Basicamente, uma palavra, um sentimento: Que???
Enfim, é isso. Paz
E.
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lu!za 21/05/2022

Toda Poesia
"bem no fundo

no fundo, no fundo
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas tem família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas"
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anapachecoeumsm 25/05/2022

A poesia porosa e plural de Paulo
Leminski era mais do que um escritor, era muitos dentro de si mesmo. Era judoca, amante de futebol, autodidata, professor, curitibano, carioca, paulista, escritor, marido, pai, amante da vida, observador, e conhecedor dos clássicos.

Antes de tudo estudante, poliglota paroquiano cósmico (segundo Haroldo de Campos), formalista e claro, nas palavras de Leyla Perrone, que configura a multi criatividade de Paulo, era samurai e malandro dentro de suas obras, além da união de visões; ora malandro-samurai, ora samurai-malandro.

Paulo usava das normas clássicas, conhecimentos helenísticos e padrões linguísticos e literários de forma criativa. A língua não era só um conjunto de fonemas pra poesia, mas sim uma brincadeira de dicção, uma arte de jogar bem com as palavras, a "quase" música letrada nas obras dele, que se tornou música cantada por Caetano Veloso, ícone do MPB que reverencia a poesia de Leminski.

Da poesia que apetece o jovem da época, lutando por direitos políticos, contra a crise, com a noção de um mundo em guerra, a poesia era também palatável para crianças menores (eu mesma comecei a lê-lo no fundamental por acaso na biblioteca da escola e muito do meu amor por poesia e querer ser escritora e poeta vem disso) como no clássico "A Lua foi ao cinema" ou seus poemas gráficos imagéticos "o inseto no papel insiste".

Para os mais velhos, que pouco querem/conseguem ler, Paulo é um acalento. É fácil a uma primeira vista cansada, mas carrega histórias que essas pessoas também viveram e gostam de ouvir.

Para os amantes da arte clássica, Paulo se utiliza dos termos como ponto de encontro entre o eu(-lírico) sagaz e o erudito e se encontra, não provinciano como diz, mas eternamente brasileiro, o que talvez cause espanto a ele mesmo num momento mais consciente de si, onde se vê plural, integrado de forma orgânica ao nosso dia a dia e cultura e "ex-estranho" a si mesmo. Livro póstumo que carrega muita vida.

No mais, Toda Poesia é uma obra completa não pelo conjunto de obras recolhidas, mas por toda a poesia presente na vivência do Paulo que transportou em cada escolha de palavras até nós. Quem dera pudéssemos ter tido mais obras, mais livros, mais anos, mais vida, no entanto, temos isso e basta a toda poesia.

"VAI VIR O DIA
EM QUE TUDO QUE EU DIGA
SEJA POESIA"

E veio. Foi e ficou.
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JAlia 27/05/2022

Subjetividade
Adorei o livro como um todo, mas confesso que alguns poemas me deixaram mais encantada do que outros
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