Slytheus 11/09/2024Não é o melhor do KingMais um livro do mestre King lido. Joyland foge um pouco do que estamos acostumados a falar do autor, não é um livro de terror, apesar de ter uns traços bem pequenos de sobrenatural na trama.
Começamos com o nosso protagonista falando sobre sua namorada, da qual logo de cara, já sabemos que não gosta dele, como ele gosta dela. Após ela partir, o nosso herói, procura um emprego na joyland, um parque de diversão.
Nesse parque, acompanharemos Devin, fazendo amizades, esquecendo de sua ex namorada e salvando vidas. Praticamente, se torna um livro de ver a rotina do personagem. Lá ele conhece seus melhores amigos Erin e Tom, que também conseguiram emprego no parque.
Assim, como todo bom clichê, aqui também temos uma vidente de circo, que o protagonista, assim com o leitor, fica se questionando se ela realmente tem poder da vidência ou se só joga as coisas ao vento e espera acertar. Eis que, ela acerta algumas visões sobre Devin.
E também, assim como todo clichê, é óbvio que alguma coisa teria que ter na parte de horror do circo: um assassinato foi cometido ali anos atrás, e especulações de que a garota que foi morta ali, perambula em forma de fantasma no brinquedo. Fantasma esse que precisa ser "liberado" e que o protagonista vai investigar quem pode ser o assassino.
O livro tem duas camadas distintas, a primeira, é a vida rotineira do protagonista, e a segunda, são as últimas 50 páginas do livro, que começa a desenrolar tudo o que não foi até então desenrolado.
Avaliando como um todo, King construiu sua narrativa, de forma que, pudesse fazer o leitor se apegar aos personagens, e criou um climax que talvez valesse a pena ter encarado a leitura e a monotonia dela.
Apesar de ser um livro curto do autor, não é o livro pelo qual eu recomendaria alguém começar a ler a obra dele. A trama é interessante, apenas, não é uma obra prima com outros livros do Stephen King.
Algumas coisas para mim, não se encaixaram bem, como do nada, o protagonista querer investigar o acontecido de anos antes.
Não foi o melhor livro do King que eu já li, talvez, entre os quais eu li até agora, esse seja o mais fraco. É uma leitura para quem já tenha o hábito e gosta de livros do escritor, então, é bom para sair de uma leitura mais densa e mais demorada do qual todos nós já sabemos que podemos esperar do Stephen, porém, não é uma porta de entrada para a escrita dele.