Deborah 15/03/2019
ZzZzzzZz
Esse é o primeiro contato que tive com o Stephen King e tava bem animada com a leitura e os primeiros capítulos, achando a história ótima e bem escrita, mas depois comecei a ficar extremamente entediada e só não abandonei porque meio que me impediram de fazer isso.
Senti um pouquinho de medo só em duas cenas, mas nada além disso. Praticamente nada de suspense. A rotina do Devin Jones em Joyland é extremamente chata e mundana. Aliás, o maior suspense da trama é o assassinato de Linda Gray, que por sinal achei bem mal desenvolvido. Linda Gray foi assassinada no Horror House (sua garganta foi cortada), um trem fantasma do parque de diversões Joyland em que Devin começa a trabalhar. Honestamente, esperei mais cenas em que se passam nesse brinquedo (já que é cenário pro maior mistério da história), mas pouquíssimas se passaram ali. Na verdade, nem tive muito interesse em saber quem a matou, já que durante o maior tempo da leitura eu tava morrendo de tédio. E nada de muita surpresa quando soube quem foi o assassino. Bem no início da história a personagem que também trabalha no parque Madame Fortuna faz uma "previsão" e diz que duas crianças iriam aparecer na vida de Devin, e de fato elas aparecem, mas uma delas não tem praticamente nada de significante na história.
O final é emocionante e faz pensar, até dei uma viajada nos pensamentos de Devin sobre a vida, sua tentativa de superar o coração partido por causa da ex namorada e em alguns momentos me senti uma jovem de 1973 (ano em que se passa a história). A amizade do protagonista com a Erin e o Tom (pessoas que conhece parque) também é bem bonita, mas fora isso... não tive empatia por praticamente nenhum personagem. Outra coisa é que o protagonista é meio que escritor, e fala bastante sobre... fico me perguntando se isso não seria meio que um retrato autobiográfico do King.
"Quando se tem vinte e um anos, a vida é um mapa rodoviário. Só quando se chega aos vinte e cinco, mais ou menos, é que se começa a desconfiar que estávamos olhando para o mapa de cabeça para baixo, e apenas aos quarenta temos certeza absoluta disso. Quando se chega aos sessenta, vai por mim, já se está completamente perdido."