Rangel 04/02/2013
Vinte anos de amor platônico
A obra de Alvares de de Azevedo se divide, resumidamente, assim:
1. Sonhando: a donzela doente que se pede pena para ela nã dormir.
2. O poeta: pergunta a Deus por que não morreu de ilusão do sonho, com coração iludido, apesar das esperanças.
3. AT: o corpo vibra de desejo pela mulher que sente sua cintura, seus lábios e a idealiza com alma infantil, querendo morrer no seio dela.
4. C : um será do outro pela paixão, pede beijo à amante.
5. Adeus, meus sonhos: deseja a morte sem saudade, a vida se consome na mocidade.
6. Saudades: mocidade envelhecida por causa do sonho de amor, vinte anos não é viver, é o momento que passa a esperança, o sonho adormece, o amor é febril, que faz lembrar a saudade nos três anos de sofrer.
7. Virgem morta: a beleza morta da floresta virgem que se veste de noiva, ela dorme com o amor morto, o amor é tarde e fica a mágoa no peito.
8. Lembrança de morrer: não derrar lágriams pela sua morte, pois deixa a vida um tédio.
9. Ideias íntimas: a mulher formosa como um sonho e amante que dorme, de amor lascivo, vinte anos sem gozar uma visão.
10. É ela: a fada aérea e pura, o poeta a vê suspirar de amor.
11. Spleen e charutos: a solidão é a carapuça, quando a vagabunda nua vem e a alma entristece, mas não o deixa solteiro na noite; os seios macios so anjos a faz formosa e ele a vê nos sonhos; beijo dela é luz do paraíso, leviano e belo.
12. Vagabundo: dorme e vive como cigano, pobre e mendigo, mas vive de amor pela moça que namora e desconfia, a preguiça é a mulher a quem se suspira para não ir à missa; a largatixa vive de sol dos olhos da amada, assim como é largatixa do verão; o luar do verão bebe a lua do abondono para o sono; o poeta moribundo é o cadáver de vida de amor esperançoso, que vai morrendo entre os hinos de amor, que pode descer ao inferno para lindas senhoras.
13. Namoro a cavalo: Dulcinéia, namorada que aluga o cavalo de trote com verso furtado e trêmulo, comédia para casamento foi ver a namorada suja e ela irritada.
14. Minha desgraça: é o dinheiro.
15. Meu sonho: cavaleiro assombrado, o fantasma e o delírio que mata tua donzela para ser poeta, daí a lira do cantar.
16. Malva: a maçã, que é o seio talismã, sua alma luz, seu sonho.
17. Oh, não maldigam: a paixão se gastou dormindo, a solidão do crime é amulher sem brio, ela se ama.
18. À minha mãe: a alma divina Madonna é que deixa a criança; o beijo da mãe e´como o incenso do Senhor Anjo.
19. Teresa: exala o amor inocente, voz da litera interna, um delírio.
20. Pedro Ivo: perdoa-se o luar o guerreiro de Deus.
21. Sonetos: o poeta perde perdão pela dor no coração, pressente a falta doença no sonho e que morrerá sozinho.